Dragonjin *Reescrevendo*

Cap.1 - Pior dia da minha vida.(reescrito)

Olá, eu me chamo Talia. Tenho quatorze anos e um metro e sessenta de altura. As pessoas dizem que eu sou artificial por causa da minha aparência, que consiste em longos cabelos brancos e olhos negros como a noite. O cabelo branco é genético por parte da minha mãe, mas os olhos negros eu não sei de onde vem, afinal, não há ninguém na minha família com os olhos dessa cor. Por causa disso, meu pai, por muitos anos, pensou que eu não era filha dele mesmo eu me parecendo com ele. Tipo meu nariz e forma do rosto.

Bom... Eu sou a estranha da cidade. E o motivo é simples, eu vivo em uma antiga casa de madeira no campo na entrada da floresta, eu sempre ando floresta adentro, observando os animais em suas rotinas naturais, ouvindo o vento balançando as árvores. Fico deitada na grama olhando o céu e adivinhando as formas que as nuvens assumem, gosto de fazer isso, me lembro de minha infância. Quando eu saio, sou recebida por alguns animais da floresta, principalmente por um lobo que eu crio desde que o mesmo era um filhotinho. Eu sempre tive um dom para lidar com os animais.

Eu vivo sozinha apesar da minha pouca idade, a floresta me dá os recursos necessários. As vezes, uso o cartão de crédito que minha tia deixa comigo para comprar comida. Faz anos desde que meus pais morreram em um acidente, deixaram a casa para mim e a minha guarda para minha tia.

Agora estou fazendo a faxina da casa.Sim. Eu faço faxina, nem sei porque, eu não sujo nada, acho que já virou costume fazer isso só pra me ocupar mesmo.

Eu: amém. Acabei. - digo guardando a última panela no armário da cozinha, o fechando em seguida.

Então, segui para o quarto antigo dos meus pais e tirei a roupa para entrar na banheira após a mesma está cheia de água morna. Eu entrei e fiquei coberta até os ombros com a água e a espuma, apenas relaxando depois das três horas de faxina.

Fiquei um tempo deitada ali, aproveitando a água,, meu corpo estava dormente. Então, antes de acabar dormindo ali, eu sai e me enxuguei, vestindo a minha camisola wm seguida. Tirei a tampa do ralo fazendo a água ir por cano abaixo e fui pro meu quarto descansar. Mas bem na hora que eu fui dormir houve um uivo.

Eu: ah não Wolfy.. Agora nao. - me levantei e abri a janela, me apoiando nela e olhando para baixo, vendo um grande lobo marrom. - Wolfy, agora não tá bom? Eu estou com sono. Amanhã a gente brinca.

Ele ficou lá, sentado me olhando fixamente com aquela cauda felpuda balançando de um lado para o outro. Eu continuava a dizer para ele ir embora, então ele começou a chorar e uivar e se deitou com a cabeça por cima das patas dianteiras, seus olhos me olhando de forma fofa.
Eu volto pra cama e me deito quando ele para de chorar, deixo uma risada breve escapar e finalmente fecho os olhos para dormir.

Eu sinceramente não entendo. É como se eu tivesse o dom de fazer os animais selvagens virarem meus amigos, sou melhor me dando com eles do que com as pessoas. As pessoas são muito difíceis de se entender.

{...}

Eu acordei com a luz do sol em meu rosto, olhei as horas e vi que era 13:54. Nossa... eu dormi muito MESMO! Wolfy deve estar agoniado na fora.

Eu me levantei e tomei um banho bem frio pra despertar e pra aliviar o calor, que está demais. Visto a roupa que eu uso pra caçar, escondo uma faca de cozinha na cintura e um canivete na bota, vou para o andar debaixo e começo a fazer um misto quente com Nescau frio, depois de comer eu lavei tudo e sai de casa a trancando. Fui andando pela floresta até que escuto passos entre os arbustos e paro, ao me virar eu vi o Wolfy farejando o ar a minha frente.

Eu: oi Wolfy. - ele ergue as orelhas e me olha. - Vem cá rapaz.

Ele veio até mim e começou a me farejar. Ele foi farejando minha cintura mas eu fui recuando de leve para não cair, aí ele me deu um empurrão me fazendo cair de costas no chão e colocou uma de suas patas em cima da minha barriga e começou a lamber meu rosto enquanto sua cauda ia de um lado a outro em animação.