Continuação da história da Série Crossfire da autora Sylvia Day.
Para quem não se deu por satisfeito com o final dos personagens em "Todo Seu" e quer uma continuação para a trama.
Essa história também pode ser encontrada no Facebook. Confiram!
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CAPÍTULO 48
São nove horas da noite e nada do meu marido chegar. Cada dia que passa ele chega mais e mais tarde e há meses ele mal fala com nosso filho. Já não sei que desculpa dar para ele. Para falar a verdade eu não sei nem o que dizer para mim mesma… Sei que o trabalho dele é muito importante não só para ele, mas para muitos. Sei também que há milhões e milhões de dólares envolvidos. Mas nada paga ter uma família e abandoná-la. Porque é isso o que Geoffrey está fazendo. Ouço a porta da frente e corro até lá.
“Geoffrey, isso são horas de chegar? Por onde andou?!”, paro de frente para ele de braços cruzados.
“Não, comece, Elizabeth! Estou cansado e com dor de cabeça.”
Ele passa por mim rapidamente e sobe as escadas. Vou atrás dele.
“Que maneira é essa de falar comigo? O que está acontecendo. Acho que mereço saber.”
Paramos no corredor. Ele olha para os lados. Parece que é para verificar se tem alguém por perto.
“Está certo. Desculpe, meu amor. Só estou mal humorado e com uma enxaqueca enorme.”
“Tudo bem. Vou buscar um chá e uns analgésicos para você. Tome um banho que já volto para te fazer companhia.”
Dou um beijo de leve em seus lábios e sigo na direção oposta a ele. Desço as escadas, fervo água para o chá e pego uns remédios para dor de cabeça. Preparo a bandeja bem caprichosamente e caminho em direção ao quarto. Quando estou para entrar, ouço meu filho chamar da porta de seu quarto.
“Mamãe…”
“Ainda está acordado, Gideon?”
“Eu ouvi barulho. Papai chegou?”
“Sim, chegou.”, vou até ele entramos juntos em seu quarto. “Agora trate de dormir. Está tarde e amanhã cedo você tem aula.”
“Está bem, mamãe.”
Dou um beijo em sua testa e o cubro. Fico ao seu lado por mais alguns instantes, até que ele pegue no sono. Saio do quarto dele e vou para o meu. Ao entrar, observo Geoffrey dormindo com a roupa que chegou da rua. Sento-me na poltrona perto da janela e bebo o chá que havia feito.
“Não sei mais o que fazer. Não sei se posso aguentar isso tudo… Ah, Geoffrey… Está acabando conosco. E quem mais vai sofrer é nosso filho.”
Ouço o som do motor de um carro. Forço-me a sair de minhas lembranças. Levanto do banco em que estou sentada na varanda lateral, fecho meu casaco e vou olhar quem chegou, apesar de saber quem é.
“Boa noite, minha linda e querida amiga Elizabeth!”, ela vem em minha direção e me abraça.
“Oi.”, reviro os olhos.
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