Capítulo 6

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Ainda andando em uma rua escura e calçada de pedras, olhou ao seu redor, eram prédios de construção antiga sendo a maioria de três a quatro andares, sendo cada de uma cor e grudados uns aos outros, com um vento frio cortando o rosto e olhos embaçados de lágrimas, avistou um taxi, correu para o meio da rua e começou a acenar, o taxi parou, ela entrou no banco de trás.

- Buona notte!

- Miss va dove?

- Airport... Aeropuerto. – Respondeu em um fio de voz.

Rebecca respondeu, colocou as pernas em cima do banco, e abraçou-as de uma forma que os joelhos colavam no queixo, chorou baixinho, dizendo pra si mesma.

- Tom! E agora? O que vou fazer sem você? Porque você morreu? Não acredito nisto... Não... Não... – repetiu varias vezes.

Abriu a janela do carro, pois a cabeça para fora e vomitou.

- Tutto bene com te? – perguntou o taxista, olhando para trás.

Não entendendo o que ele falara, mas tudo indicava que deveria tem uma resposta negativa ou positiva, balançou a cabeça que sim, ele estendeu a mão para trás oferecendo chicletes, ela aceitou, pegou uns três para tirar o gosto de vômito da boca.

Estava mais calma agora, mas por obrigação, pois sua vida dependia somente dela agora, abriu a maleta, tirou o envelope que Tom tinha deixado pra ela, abriu-o, tinha um maço de notas em euros e outro em dólares, colocou em cima do banco, tirou um passaporte inglês com nome de Nicole Owen, e tinha um pequeno envelope lacrado escrito à mão "Abra-o quando precisar de ajuda, somente no ultimo caso, Tom" ela tirou de sua maleta um vestido preto e bota preta, colocou em cima do banco também, precisava trocar de roupa, pois o pessoal procuraria uma mulher de Jeans e tênis, começou a tirar o tênis deixou-o de lado, começou a tirar a calça, notou que o taxista estava olhando-a pelo retrovisor, ele procurou disfarçar na hora que viu-a olhando pra ele, ela procurou não se importar, pois não poderia ser tímida e nem vergonhosa, era a vida dela que corria risco, tirou a blusa, ficou somente de calcinha e sutiã, o taxista agora quase bateu o taxi em outro carro que vinha em sentido contrário, escutou uma buzina e um grande palavrão em italiano, ele tirou bruscamente da contra-mão, o velho só não morreu de infarto, porque não era pra morrer, ver uma mulher linda no banco traseiro sem roupas e logo depois quase bater de frente com outro carro, ela ignorou novamente, colocou o vestido colado, teve que deitar no banco para terminar de ajeitar no corpo. Acabou sua mamata, velho! Pensou Rebecca, colocou a bota, passou seu perfume 212, o velho novamente olhou pelo retrovisor, e ela o viu respirando profundamente para sentir o aroma do perfume. Mas que velho pervertido! Rebecca estava inconformada com a atitude dele, terminou de arrumar suas coisas na maleta, dinheiro, suas roupas, tênis e os dois passaportes, deixando o com o nome de Nicole no jeito de pega-lo, limpou suas digitais da arma, abriu a janela, e jogou para fora, estavam passando em cima de uma ponte, e esta foi cair no rio, abriu novamente a maleta e pegou uma peruca loura, Ray estaria procurando uma morena, e ela agora era loura, colou na cabeça, terminou de ajeitar. Lembrou-se do micro SD que estava no bolso da calça Jeans, pegou e colocou-o no minúsculo bolso que tinha no bojo do sutiã. Estava pronta agora, o velho ainda olhava pelo retrovisor, se fosse a uma situação diferente, ela iria dar uma boa risada, pois a noite de hoje ficaria marcada para o velho. Ainda pensando sobre o acontecimento de hoje. Escutou o velho dizer alguma coisa, mas demorou um pouco para ela entender, olhou para fora e viu que tinham chegado ao aeroporto.

- Ecco l'aeroporto. – Disse ele virando-se para trás.

- Ci sono 40 euros.

Ela entendeu a palavra euros, estendeu 100 euros para ele, não esperou o troco, pois não tinha entendido quanto tinha ficado a viagem, abriu a porta para sair, ele estendeu 60 euros de troco e disse.

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