Capítulo 9

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Samantha estava impaciente em sua cama, não conseguira dormir a noite inteira, ficou com os olhos pregados no rádio relógio vendo os minutos passarem, até que despertou às cinco da manhã, levantou-se de um salto, para tomar um banho, debaixo do chuveiro ela pensava que as coisas não estavam indo bem, ela sabia as sérias conseqüências de se envolver em jogos de espiões.

Brandon disse que ela estava paranóica, lembrando-se da conversa de ontem que tiveram os dois.

­Samantha, não se preocupe, vai dar tudo certo! Olha bem! Logo o pessoal pega a Rebecca e recupera a gravação e estará tudo resolvido, ela não sabe lidar com fuga e perseguições, ela caiu de pára-quedas no assunto.

Não, Brandon, estou na CIA há muito tempo que isto não esta cheirando bem!

Pare de ser paranóica, este tipo de serviço para o pessoal de Ray é moleza!

Saiu do banho, já decidida o que iria fazer, não iria trabalhar hoje, iria para um lugar onde ficaria escondida até ter uma boa notícia, não queria correr o risco.

Fez a mala, deixou o celular em cima da cama, para evitar ser rastreada, entrou no carro, abriu o portão da garagem, olhou pra fora esperando alguém sair do lado da árvore e atirar nela, mas nada aconteceu, saiu para rua, ainda estava escuro, olhou no retrovisor para ver se alguém a seguia, ninguém.

Seguiu em frente. Foi sentido a estrada que saia de Washington, andou por duas horas, o dia já tinha clareado parou em um restaurante no meio da estrada, para tomar um café, aguardou sentada no carro, olhando sempre no retrovisor, conferindo caso houvesse algo suspeito.

Nada suspeito... Pensou soltando um suspiro de alívio, saiu do carro, entrou no restaurante, sentou perto da janela, ficou em uma posição em que via o estacionamento do restaurante e a porta da entrada.

- O que vai querer? – Disse uma garçonete, com pouco interesse no cliente.

- Ah!... Traga-me um café, ovos mexidos e pão.

A garçonete anotou a caneta em um bloco de papel e saiu fazendo um.

- Hã, Hã.

Samantha esperou sempre atenta ao movimento lá fora. Depois de alguns minutos apareceu a garçonete com o pedido, que quase despejou em cima da mesa, de tanta má vontade, que a moça estava.

Saiu do restaurante após uns quarenta minutos, pegou novamente a estrada, com algumas horas de estrada parou para abastecer, na hora que estava saindo do posto de gasolina, viu no acostamento uma camionete preta com a tampa do motor aberta, e um homem mexendo em alguma coisa.

O primeiro sinal de pânico apareceu percorrendo sua espinha, pois trinta anos de CIA, a ensinara-lhe a ser paranóica, aquele carro estava no mesmo restaurante que ela parou para tomar café de manhã.

Será coincidência? De qualquer maneira vou ficar preparada!

Quase que instantaneamente, pisou fundo no acelerador, rodou na auto-estrada por quase uma hora, sempre olhando através do retrovisor. Nada, pode ser coisa da minha cabeça...

Ela viu uma placa indicando uma cidade, diminuiu para entrar na bifurcação, tomou a direção das montanhas, estava um pouco aliviada, abriu o vidro do carro deixou o vento da estrada entrar no carro, respirou fundo para sentir aquele ar diferente.

Na hora que terminou de fazer uma curva, começou uma pequena descida, até então sempre subindo com muitas curvas, foi nesta hora que a estrada ficou um pouco mais comprida em linha reta, que olhou no retrovisor de seu carro, e viu para seu desespero uma camionete preta em seu campo de visão, tinha pouco movimento na estrada, teve certeza agora que estava sendo seguida, respirou fundo, para seu cérebro absorver um pouco mais de oxigênio, para ver se pensava melhor e ver se o pânico saia dentro dela, mas não ajudou muito, o carro estava agora em alta velocidade.

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