Capítulo 29

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Rebecca olhou para o mar, enquanto o pequeno helicóptero levantava voo, com um começo de ataque de pânico, passou pela sua cabeça que eles iriam sobrevoar o oceano e joga-los para virarem comida de peixes, olhou para Roger, este com certeza pensava a mesma coisa, pois estava pálido, ele olhou para ela, com um meio sorriso, como se este sorriso fosse trazer esperança para Rebecca, mas ele não era um bom ator, este gesto comprovou que ele estava desesperado também.

O aparelho voava paralelo com a costa brasileira, não muito alto, dava para ver a claridade da cidade desaparecendo do campo de visão.

Roger pegou em sua mão, segurando-a firme, a mão dele estava bem úmida devido ao suor, ninguém falava nada, era um silêncio aterrorizador. Olhou novamente para baixo, só água, sentiu um calafrio percorrer a espinha, gravou as unhas nas costas da mão de Roger.

O helicóptero não era muito rápido, voou por cerca de trinta minutos. Ao mesmo tempo em que estes minutos pareciam uma eternidade, também pareciam que passou na velocidade da luz, olhou na escuridão afora, notou que estavam bem baixos, já avistava a vegetação escura se aproximando de seu campo de visão, viu que estavam próximos a um penhasco de pedras que dava direto para o mar, as ondas batiam com forças na parede rochosa logo abaixo, notou também que tinha uma grande floresta logo acima do penhasco, o helicóptero estava exatamente em cima das arvores agora, e não estava nem a vinte metros de altura, não aprofundou muito adentro na floresta, logo ela viu um descampado no meio daquela floresta de árvores, e alguém fazia sinal com luzes abaixo.

O helicóptero diminuiu bastante a velocidade e sobrevoou em circulo a clareira, e começou a descida para o pouso.

Quando terminou de pousar, ela notou um pequeno vulto cinza do lado direito do helicóptero, demorou um pouco pra saber o que era aquela mancha cinza, quando os olhos acostumaram com a escuridão perceber que era uma cabana ou uma casa velha no meio daquele mato, e tinha uma pequena estrada que parecia uma trilha, adentrava na floresta.

Meu Deus! Eles vão nos torturar...

Mas uma vez correu um arrepio na espinha, agora com mais força, o medo era tanto que percebeu que seus joelhos batiam um no outro, sua barriga parecia que ia desandar e aquela sensação que urinou na calça era grande, pelo menos algumas gotinhas de urina molharam sua calcinha.

Ray, o piloto e Jacob, desceram, Jacob abriu a porta do helicóptero, puxou Rebecca para fora pelo braço, e fez sinal para Roger descer.

Os dois desceram, Ray foi à frente com o homem que já os aguardava, em direção da cabana, Jacob tirou a algema dela deixando somente Roger algemado, começou a empurrar Rebecca em direção à cabana, e o piloto empurrou Roger com tanta força que este quase caiu.

Rebecca começou a chorar, e tentou voltar para outro lado, mas Jacob segurou a tempo e esbofeteou-a com tanta força que ela caiu no chão de terra em prantos de choro.

Foi o suficiente para ferver o sangue de Roger, escapou do piloto que segurava seu braço, e correu em direção a Jacob, foi como um lutador de vale tudo no meio do corpo de Jacob para derruba-lo no chão.

- Corre Rebecca! Vai! Vai!– Gritou Roger enquanto corria em direção de Jacob.

Os dois foram ao chão, rolaram na poeira, Roger acertou duas sequencias de socos com as duas mão fechadas, no rosto de Jacob, ao redor deles o estava uma confusão, pois Rebecca levantou-se e começou a correr em direção do mato, o piloto não sabia se corria atrás de Rebecca ou socorria Jacob.

Antes de chegar perto da cabana Ray notou a confusão e gritou para o piloto e o outro homem que sinalizou o pouso.

- Martin, William atrás dela! Rápido.

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