Continuo a andar ate a cozinha e penso no que vou fazer, se vou no supermercado ou peço uma pizza, estou indecisa. Fico escorada na pia pensando quando levo um susto enorme.
- Boa noite Cecy. - Diz Christopher com o cabelo molhado, pingando em sua blusa.
- Oque voce esta fazendo aqui menino? - Eu falo com a mão no coração tentando me recuperar do susto que levei.
- Como assim? Eu vim fazer o trabalho, se esqueceu, não vai me dizer que voce tem amnesia. - Ele me olha com cara de preocupado.
- Eu sei que veio fazer o trabalho, eu não tenho amnesia.
- Então porque perguntou oque estou fazendo aqui? Sua estranha.
- É porque eu pensei que voce ja tinha ido embora, eu fui la em cima pegar uma coisa e quando voltei voce nao estava mais deitado no sofa, entao presumi que voce ja tinha ido.
- Entendi, mais pra sua alegria eu ainda estou aqui, so fui lavar o rosto pra tirar minha cara de bebado e molhar o cabelo, estava nojento eu devo ter derrubado alguma bebida nele. - Ele diz colocando sua mao direita em seu cabelo deixando alguns pingos cair no chao e sua mao molhada.
- Feliz claro, é assim que estou me sentindo agora. - Ate parece - Mas so pra avisar, os olhos vermelhos ainda continua. - Eu fui chegando mais perto e olhando em seus olhos. Não sei porque mas eu queria olha-los mais de perto.
- Serio? Droga, eu preciso voltar ao normal ou to ferrado. - Parecia que estava ficando desesperando.
- Pra mim voce ja esta ferrado de qualquer jeito, voce viu o estado da sua casa?! Nem adianta voce se arrumar e sua casa estar toda bagunçda daquele jeito. - Eu disse a ele.
- Com minha casa eu não me preocupo, os meninos sempre arruma ela depois de uma festa. Agora eu, não tem como eles arrumar.
- E sua mãe onde ela esta? - Digo pensando onde a Dona Carmelia poderia estar.
- Ela foi na casa da minha vó em Paradise so volta semana que vem.
- Sua vó esta bem ? - Ja pergunto preocupada. Me lembro que quando era mais nova e ainda andava com Christopher, fui com ele e sua familia em Paradise visitar sua avó, me lembro que ela é uma senhora muito boazinha, ficaria muito triste se acontecesse algo de ruim com ela.
- Então, oque vamos ter para a janta? - Pergunta Christopher.
- Como? Acho que nao ouvi direito, voce disse " oque VAMOS ter para a janta? " - Nao acreditei nesse " vamos " no plural que ele teve a capacidade de falar.
- Sim, eu to com fome, ja sao quase 9:00 da noite e ainda não comi nada. - Ele me diz como se eu fosse culpada.
- E dai, eu tenho culpa por acaso? Voce tem a sua casa, que nao é muito longe daqui.
- Nossa Cecy voce vai me deixar com fome a essa hora? - Ele diz me olhando com carinha de cão sem dono e fazendo biquinho. Uma coisa que eu não acreditava ver ele fazer.
- Eu ja disse que sua casa não é muito longe daqui, então se voce quiser eu te acompanho ate a porta da sala, seria um prazer. - Falei apontando meu braço em direção a sala.
- Na minha casa não tem comida so bebida e por enquanto não quero mais beber. - Ele diz chegando mais perto de mim a ponto de poder me beijar, coisa que eu achei que ira acontecer porque ele continuava a se aproximar.
Ja estava sem saber oque fazer, se ele me beijasse não saberia como iria reagir. E cada vez mais ele chegava perto de mim, colocando uma de suas maos na minha cintura e quando eu achei que ele ira me beijar ele vira o resto em direção a minha orelha direita.
- Por favor Cecy, eu to com fome. - Ele sussurra bem pertinho do meu ouvido trazendo um vento quente de sua boca que acaba me fazendo arrepiar.
- Sai garoto, ta achando que aqui é pensão? Vai logo pra sua casa e arruma comida pra você. - Ja o afasto de mim e gesticulo minha mão novamente para ele sair.
- Credo Cecy, não seja malvada, assim voce nunca vai fazer amigos. - Ele faz de novo a mesma cara de cachorro sem dono. Ja estava me irritando.
- Amizades como a sua eu não preciso, vou ficar melhor sozinha.
- Nossa voce ta com a linguinha bem afiada em mocinha, ta precisando aprender o jeito certo de falar.
- E quem é você? Minha mãe por acaso? - Eu o olhei brava com as maos na cintura.
- Ainda bem que não sou, se não voce levaria muitas palmadas no bumbum. - Ele estava com um sorriso safado, percebi na hora oque ele quiz dizer.
- Tchau Christopher, obrigado por ter vindo ajudar no trabalho agora pode ir. - Eu disse ja empurando-o ate a sala em direção a porta.
- Calma Cecy. Espera, por favor, eu to com fome, vamos pelo menos comprar alguma coisa pra comer, eu pago. - Ele diz juntando as mao como suplica pra que pudesse ficar e jantar.
- Tabom, ja que voce vai paga entao vamos comprar algo pra comer. - Falo sorrindo. Que bom, eu não preciso gastar o meu dinheiro ja que é ele quem vai pagar.
- Vamos pedir oque? - Eu pergunto a ele.
- Não sei, tanto faz, a minha fome esta tão grande que como qualquer coisa.
- Serio? Eu tenho brocólis, se voce quiser. - Eu o olho com o olhar brincalhao, ja sabia oque ele ia dizer, ele odeia brocólis, eu me lembro disso.
- Ta maluca? Não quero esse negocio verde, odeio isso. - Ele diz com cara de nojo.
- Não fala assim do brocólis, ele é uma delícia, você não sabe oque esta perdendo. - Eu digo apontando meu dedo na cara dele.
- Esse negocio não é nada bom. O delícia aqui sou eu, você não acha Cecy? - Ele pergunta com aquele olhar de convencido e sorriso safado.
- Acho melhor darmos um fim nesse assunto, antes que vá para o caminho errado. - Eu digo.
- Que caminho errado é esse? Eu queria saber, Cecy. - Ele me olha de cima a baixo e para olhando pra minha boca. Agora que percebi que so tem nois dois na casa, me deu medo de pensar no que poderia acontecer, e eu me arrepender depois.
- Então Christopher, oque vai querer comer? Comida mexicana, japonesa, um lanche ou uma pizza? - Eu pergunto na intenção de mudarmos de assunto.
Ele me olha por um tempo sem dizer nada, como se estivesse me avaliando.
- Acho que comida japonesa pra mim esta bom, estou afim de comer sushi hoje. - Ele diz se virando e sentando no sofa.
- Tabom vou pedir yakissoba pra mim. - Fui em direção ao telefone sem fio e depois parei na frente de Christopher que estava assistindo TV.
- Oque foi? Voce não pode sair da frente da Tv? Eu estou assistindo os Simpson. - Ele me diz se mexendo para tentar assistir Tv.
- Toma o tefelone e aqui esta o numero. - Eu digo entregando o telefone e o papel do restaurante japones para ele, que olhava pra mim e logo em seguida pro telefone e o papel.
- Como assim? Você quer que eu ligue pra pedir a comida? Sem chance, liga você. - Ele tenta me devolver o telefone e o papel, mas me recuso.
- Sim você vai ligar, você quem quer comer aqui, então você liga.
- Nossa mais eu sou o convidado, você nao deveria me tratar assim. - Ele diz emburrado.
- Minha casa, minhas regras, não foi isso que você disse pra mim quando estavamos fazendo o trabalho? - Eu perguntei a ele que parecia não se lembrar. - Então trate de ligar, ou não vai ter comida e você vai ter que ir embora.
- Eu não me lembro de ter dito isso a você, mas tudo bem, eu ligo sem problemas, não vou morrer por causa disso mesmo. - Se ele diz que não vai morrer so pra ligar, entao por que ele fez todo aquele drama?.
Enquanto isso eu voltei pra cozinha e fiz um pouco de salada de brocólis, eu disse que isso não iria me sustentar hoje mas não significa que não posso comer enquanto a comida não chegava, vamos dizer que essa é a entrada.
- Ei Cecy. Coca ou guaraná ? - Ele pergunta gritando da sala.
- Guaraná, logico. - Eu grito de volta da cozinha. - Odeio coca.
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A Garota Cecilly
Roman pour AdolescentsA vida de Cecilly Frency Porthar não é nada facil. Na escola (High Eschool Las Middleton) ela sempre tem que aturar a Katherine e suas duas cãezinhas com pedigree, Allexandra e Chasity. Sem falar da sua maldita eleição. Também tem Christopher, que a...