Thomas P.O.V
Acordei com o despertador apitando na cabeceira. Abri os olhos e a primeira coisa que lembrei foi dela: Jess.
Havia sido assim nos últimos onze dias, onde fiquei rezando literalmente pela sua recuperação. As últimas notícias que havia recebido dela não eram boas: Jess estava inconsciente e seu estado era estável. Para piorar, os médicos não sabiam dar uma posição sobre quando e se ela acordaria.
Eu não havia pisado mais no hospital a pedido dos pais de Jess. Se eu sei sobre o seu estado agora, devo agradecer a tia Lety, que me dava todas as informações. E isso me deixava surpreso pois não imaginava que ela agiria assim.
O telefone tocou e eu o peguei, vendo no visor o nome da tia da Jess. Gracas a Deus! Mais informações!
- Alô? - falei sem ânimo.
- THOMAS! ELA ACORDOU! NOSSA MENINA ACORDOU!
Pulei da cama e fiquei em pé nela. Eu estava recebendo uma das melhores frases que poderia escutar! Não estava acreditando!
- Posso ir vê-la? - perguntei.
- Não, calma... você sabe que precisa de permissão. Não é porque ela acordou que eles esqueceram do ocorrido. - suspirei - Vou ver o que eles irão falar, ok?
- Ok. Entendo.
Ela disse mais algumas coisas a respeito da saúde da Jess: ela tinha inchaço na cabeça que estava diminuindo e os exames que ela tinha feito mostraram que ela iria se recuperando aos poucos. Por isso deveria ficar calma e tomar os remédios bem direitinho.
Antes que ela desligasse eu perguntei o que mais queria saber:
- Ela perguntou de mim?
Tia Lety pausou e o que ouvi a seguir eu já imaginava.
- Não. Perguntou dos pais, meu querido.
Desligamos o telefone e eu não vou mentir: parte de mim estava triste por saber que ela não havia perguntado. Outra estava muito feliz por saber que ela estava bem.
***
- Que bom que você veio! Vamos aproveitar que os pais dela estão em casa descansando e vamos entrar, ok? - ouvi tia Lety no momento em que entrei na sala de espera do hospital.
Já haviam se passado dois dias desde que ela tinha acordado, e eu só estava conseguindo visitar ela agora. E com uma ajudinha de sua tia, não vou negar.
Ela abriu a porta e entrou, e eu a segui. Comecei a ficar nervoso, suar...
- Hm, acho que ela está dormindo. - ela murmurou.
Nos sentamos nas poltronas que haviam no quarto e ficamos olhando pra ela. Parecia estar no sono mais profundo.
- O que é aquilo ali na mão dela? Brilha bastante.
- Um terço, com pedrinhas. Os pais dela trouxeram e colocaram ali.
- Hm...parece ser bonito.
Uns dez minutos depois o médico abriu a porta e chamou Lety para que ele conversasse com ela sobre o estado de saúde de Jess. Ela acabou tendo que me deixar sozinho no quarto.
Me levantei da poltrona e fui andando até ela, me aproximando de seu rosto e dando um beijo em sua testa.
Acabei ouvindo um barulho e quando olhei pro chão vi seu terço lá. Agachei para pegar e....
- AAAAAAI!
Jess havia me dado um golpe na nuca, e vou te dizer...essa menina tava mais que recuperada!
- Sua doida! - murmurei.
- Sai de perto, Thomas! - senta lá.
Coloquei o terço por cima de seu tronco e voltei pra poltrona, sentando lá. Precisei massagear bem a cabeça, pois ela havia batido forte. Doida!
- Vejo que você está recuperada.
- Vejo que você não tem remorso. - ela rebateu. - Fui humilhada, Thomas! Mas não se esqueça: Os humilhados serão exaltados! - ela sentou e apontou o dedo indicador para mim.
- Isso é bíblico!? - soltei.
- Sim. - ela disse abaixando a mão.
- Desculpa, Jess. Estou arrependido por tudo isso. Seu primo é um idiota!
- Você também! Eu hein... - cruzou os braços.
- Sério mesmo...Se eu soubesse que ia magoar profundamente você, que iria me apaixonar de verdade e que você fosse virar minha namorada eu não tinha aceitado isso.- Ex!
- O quê? - perguntei sem entender.
- Ex. Somos ex a partir daquele momento ridículo que você me fez passar, Thomas!
Sim, claro. E eu, idiota, estava pensando que ela esqueceria daquilo? Que ela iria acordar e com um belo sorriso me chamaria de amor e me puxaria para um abraço e me daria beijos? Até parece. Idiota! Idiota!
- Hm. - respondi - Eu imaginava.
- Você pode sair? - ela se encostou na cama novamente, com a cara fechada.
- Ok. Não esquece que você é muito importante para mim. E que eu gosto muito de você.
- Pensasse nisso antes de fazer besteira!
Tia Lety abriu a porta e disse que precisava sair. Com aqueles pedidos, eu não poderia fazer outra coisa a não ser obedecer as duas.
Fui andando até Jess, pegando em sua mão e beijando-a.
- Eu volto.
Jess fez uma careta engraçada depois do que eu tinha feito. Tia Lety chegou na cama e toda feliz começou a falar:
- O médico falou que você em breve sai daqui, minha querida. Falou que você é muito forte e está se recuperando bem.
- Ela me bateu. Forte está. - comentei.
- Você já se despediu não é? Sai! - ela falou alterada e eu olhei para Lety, que concordou.
- Bom, obrigada pela notícia. Estou feliz que ela estará fora daqui em breve. - falei.
- Sai logo! - Jess falou novamente.
- Espero que você saia logo Jess, tenho que te levar na corrente de oração que visitei todo esse tempo que esteve aqui. Querem te conhecer. - falei fechando a porta, e passando pela janela de vidro logo depois, vendo que a deixara sem entender nada.
[Notas da autora]: Hey pessoas, como estão? Depois de 73874 dias, estou aqui de volta postando mais um cap. pra vcs, e peço desculpas a todos pelos atrasos e abandono. Espero que o Natal de vcs tenha sido maravilhoso, e o Ano Novo seja o mesmo.
Deixem seus comentários, nossa história estará em breve batendo 10mil visualizações e estou muito feliz com isso =DBeijos amoras :*
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O melhor amigo da freira
RomanceThomas: Um garoto mulherengo que acaba aceitando a aposta com o amigo Josh. Estudam em uma escola particular, que fica bem de frente a um colégio de freiras onde...adivinha? Onde se encontra a principal protagonista desta aposta: Jess. Isso é só o...