Capítulo onze.

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Fomos até a entrada e fui logo no guichê pedir um quarto. Uma mulher de uns 40 anos me atendeu.

- Eu queria uma suíte...

- Olha, só as suítes premiuns estão desocupadas no momento, senhor.

- Ah,é? E quanto é? - indaguei.

- Setenta e cinco dólares.

- QUANTO? - saiu quase como um grito e Jess olhou pra mim sem entender nada.

- Setenta e cinco dólares dólares, senhor. Mas o quarto é impecável, incluímos serviço de quarto a qualquer momento, e também tem uma banheira onde pode contar com sais de banho vindos de um país da Euro...

- Tá, tá. - a apressei. Eu só queria dormir, meu Deus!

- E sem contar com a cama que treme. - a mulher finalizou.

- COMO? CAMA QUE TREME? AHHH, THOMAS, QUERO ESSA! - Jess gritou dando pulinhos, enquanto batia palmas. Ótimo! 

- Jessica, por favor... - ralhei.

- Senhor, seja cavalheiro e faça a vontade de sua...

- CALA A BOCA! Agora vai dar palpite sobre os quartos? Eu escolho o que eu posso pagar. - parei de falar e vi que as duas me olhavam atônitas,paralisadas. - Tá,tá,me dá esse quarto mesmo,vai! - 

Jess começou a pular toda feliz e a mulher da recepção começou a digitar alguma coisa no computador à sua frente. Estava tão feliz... ela devia ter conseguido alugar essa tal suíte premium pela primeira vez. Me sinto tão bonzinho...Fiz o dia dela mais feliz e Jess dormiria em uma cama que treme. Ótimo!

- Quantas horas temos direito? - perguntei.

- Até amanhã de manhã,senhor.

- Ok. Vem, Jessica. - peguei ela pela mão e a reboquei.

- Thomas. - ela parou bruscamente - Porque se chama Motel? Não é hotel?

Tá! Para, pensa e responde, seu idiota!

- É que é assim... - cocei a nuca - Aqui é um lugar diferente, só vêm casais aqui.

- Casais? Porque casais pagariam por um quarto pra dormir?

- Ah, eles também vem pra convers... - fomos interrompidos por um gemido alto de mulher. E nooooossa, que gemido...

- Eu vou dar o fora daqui. - ela arregalou os olhos, correndo logo. Fui atrás, claro.

- Não! Nem pense nisso. Gastei uma nota preta e agora vamos para o quarto.

- Não vou! - ela segurou em um ferro que tinha na parede.

- Vamos logo! A hora tá passando, Jess.

- Não! Esse lugar é do demo! - ela disse.

- Dá pra vocês pararem? Tô nas preliminares com minha mina lá dentro e tá foda. Vocês ficam nessa aí, gritando... Pô cara, se ela não quer, chama uma prostituta logo... - um homem que estava em um dos quartos saiu falando.

- Vai se fuder! - mandei logo essa e agarrei Jess, a colocando sobre meus ombros, pendurada.

- Boa ideia. - ainda o ouvi dizer e fiz cara de nojo. Melhor nem pensar, Thomas, melhor não.

Segui para nosso quarto, passei o cartão na porta e ela se abriu. Só a coloquei no chão quando estávamos já lá dentro.

- NOOOOOOOOSSA! Que cama perfeita. - ela tirou os tênis e subiu nela, dando pulinhos.

- Para com isso, sua louca!

- Ela é linda, quero uma dessa. - ela disse parando de pular, toda feliz.

O melhor amigo da freiraOnde histórias criam vida. Descubra agora