Capítulo seis.

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Jess P. O. V

Já faziam dois dias do ocorrido na delegacia. Dois dias que Thomas tinha sido preso. Os pais dele estavam tentando tirá-lo de lá, e parece que hoje teríamos uma conversa. E ainda por cima teriam um monte de gente junto. Seria eu, ele, nossos pais, os diretores das nossas escolas, os policiais, delegado e nossos advogados. Ufa...o que um terço não causava, hein?

Entrei na sala e me sentei na cadeira que me mostraram. Depois entraram os pais deThomas e ele, que me fuzilou com os olhos.

-Bom, vejo que estamos todos aqui, podemos começar. - o diretor da escola disse.
Ótimo! Boa sorte para nós nessa reunião agora.

Thomas P. O. V

Quase duas horas que estávamos naquela sala da delegacia. Conversando. Mentira, estávamos mesmo em pé de guerra.

-Ele pode fazer algo para pagar! Não precisa ficar como um delinquente, na cadeia! - minha mãe gritava, mexendo as mãos nervosamente e meu pai tentava acalmá-la.

Falando neles, os dois tinham ficado bem bravos comigo. O meu pai, por causa do escândalo que eu, seu filho único, tinha feito, e minha mãe, por causa do terço. É, ela tava puta da vida...

-Vamos ver se podemos... - a mãe de Jess foi interrompida.

-Cheeeeeega! - o delegado berrou e a zona se desfez - Todos para fora da sala, só permanecem os envolvidos no caso e seus diretores e advogados.

TRADUZINDO: Ele tava mandando só os arroaçeiros dos nossos pais pra fora.
Com um pouco de relutância e depois de minha mãe me falar cinco vezes que tudo sairia bem, eles todos saíram pela porta. Começamos tudo de novo.

-Posso propor uma coisa? - a mulher que era diretora/madre, sei lá, falou - O jovenzinho poderia fazer trabalhos voluntários. - rolei os olhos - As meninas da escola irão em breve fazer um trabalho do tipo, e ele poderia ajudar.

-Mas ele é um garoto. - meu diretor contestou.

-Mas ele não ficará com elas, claro. Ele irá somente ajudar.

CLARO! O QUE A MADRE TAVA ACHANDO? QUE EU IA SER UM TARADO NO MEIO DE UM MONTE DE FREIRA? HUMMM... ATÉ QUE NÃO ERA UMA MÁ IDÉIA. É DO TIPO DE... "PARAÍSO DE ROUPAS LONGAS". TÁ, ACABOU, VIAJEI AGORA... MAS SERIA MUITO BOM. NÉ?

-Vai ser quando? Aonde? - meu advogado perguntou.
-Mês que vem, em Vancouver. - Não. Peraí! Vancouver? Mês que vem era... agosto. Comecei a me interessar.

-Vocês concordam? - me olhou.

-Pode ser. - dei de ombros.

-Ah não... - ouvi Jess gemer - Isso não tem nada a ver com ele. Ele não vai saber ajudar em nada. E ainda vai atazanar com a vida de todas nós.

-Cala a boca, garota! Eu tô indo só pra fazer logo o que tiver lá e voltar. Pára de me encher o saco e querer me ferrar. - falei, olhando ela com raiva, e ela se encolheu na cadeira. HAHA sou demais. - Senhor, pode me colocar nisso daí, tô dentro. - disse sorrindo e olhando pra Jess, que bufou e cruzou os braços. Uhh, acho que alguém ficou irritadinha...

***

Uma hora depois saímos da sala, encontrando nossos pais. Peraí...

-Então, eu sempre achei isso certo. - minha mãe e a mãe de Jess conversando? Que nem amigas de infância que se encontram anos depois de não se verem... Elas olharam para nós e pararam de falar.

-Oh filha... aleluia, isso terminou. - a mãe deJess a abraçou e olho para mim - Oi rapazinho.

-Oi. - Ahhhhh, se ela soubesse o que o 'rapazinho' aqui já tinha feito com a filha dela...

O melhor amigo da freiraOnde histórias criam vida. Descubra agora