Jade

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Alguns meses foram se passando, eu escrevia algumas músicas e gravava um pouco. Billie tomava o maior cuidado comigo, me tratava como uma criança, ele queria contar para todos que temos uma criança à caminho, mas resolvi esperar.

-E se ela se chamar Jade? - Billie acariciou minha barriga.

-Jade é lindo. - O beijei. - Jade Lucy Armstrong. - E se levarmos esse vestidinho pra Jade? - Lhe mostrei um vestidinho preto com bolinhas brancas.

-Ela vai ficar linda. Espero que seja moreninha como o Joey.

-Por que?

-Ela vai ser bonita, imagine, ela com os olhos da mãe e com os cabelos do pai. O Jakob saiu ao contrário, com os olhos do pai e com os cabelos a mãe.

-Vamos levar mais esses. - Peguei outros vestidos

-Rosa não, Avril.

-É só uma criança.

-Mas ela vai ser gótica como o pai!

-Nem fodendo.

-Avril, por favor né, eu não vou deixar minha filha correr de rosinha pela casa.

-Minha filha não vai nascer de luto! - Bati o pé no chão.

-Ok, você venceu.

-E mais, ainda temos o berço. - Fui encobtram

-Por que o berço?

-A nossa filha vai dormir no chão?

-Ela vai dormir com a gente!

-Você vai esmagar ela.

-Reclama que eu coloco o Jakob para dormir com nós dois.

-Cale a boca. Estão nos olhando. - Dei um tapa em seu braço.

Pagamos o caixa e fomos para uma loja de móveis, compramos um berço e fomos para casa. Ao chegar lá encontramos Taylor com Joey e Jakob. Os três nos olhavam assustados.

-O que é isso Avril?! - Taylor gritou. - Você está grávida?

-Papai! - Os filhos de Billie foram abraça-lo

-Avril, isso explica o sumiço de vocês dois?! - Taylor

-Sim... - Respondi

-Avril, que merda você fez?!

-Eu não fiz essa menina com o dedo!

-Dá pra pararem de falar essas coisas na frente dos meus filhos?! - Billie gritou.

-Como assim é uma menina?! - Taylor

-Que menina? - Joey

-Vocês vão ter uma irmãzinha. - Billie explicou.

-Cadê ela? - Jakob

-Ela está na barriga da Avril. -Billie

-Aqui? - Jakob pôs a mão em minha barriga.

Assim que senti Jakob pôr sua mãozinha pequena em mim eu senti Jade chutar minha barriga, localizei a mão de Jakob aonde ela chutava.

-Ela está chutando? - Billie.

-Sim. - Sorri.

Todos queriam sentir Jade chutando minha barriga, ela não parava quieta, mas sentir aquilo era maravilhoso.

(...)

-O que você quer aqui? - Ouvi Taylor gritar na porta

-Eu vim buscar minha filha, e você pode vir comigo! - Ouvi a voz de meu pai

-O que está acontecendo? - Fui até a porta. Encontrei Adam e meu pai.

-Não falei. - Adam

-Você está grávida, é isso?! - Meu pai gritou furioso - Vocês vão vir comigo, agora!

-Elas não vão com você! - Billie

-Quem você pensa que é seu viciado?!

-O pai da sua neta! Se é que ela seja mesmo sua neta.

-Viu só com quem foi se meter Avril?! Agora está grávida de um drogado qualquer! Faça o que o seu pai está pedindo, agora!

-E por que eu faria? Um homem que não me deixa ser feliz com quem eu quero não é meu pai. - Respondi com os olhos molhados.

-Ele não te ama, deixa de ser boba! - Adam riu.

Billie avançou em Adam e dou-lhe um soco, eu gritei, meu pai tentou me arrastar para o carro, mas Taylor o impediu, ele estava prestes à me machucar.

-Me solta! - Gritei

-Entra na porra desse carro e fica quieta, está me ouvindo?! - Me jogou no carro e bateu a porta.

Via Taylor separar a briga do lado de fora, Adam estava sangrando, mas logo se levantou do chão e entrou no carro

-Você não quis me obedecer, teve o que mereceu. - Papai ligou o carro e deu partida

-Eu te odeio. - Resmunguei chorando

-Adolescentes... - Adam revirou os olhos.

-Você contou à ele, não foi seu idiota?!

-Isso é jeito se tratar seu primo?! - Papai me repreendeu - Você vai ficar bem longe daquele sujeito, ouviu bem?

-Vai afastar a minha filha do próprio pai? Que tipo de avô é você?

-Quando chegarmos em casa conversamos, precisamos cuidar dessa criança bem longe dele. Ele não serve para ser pai.

-E você serve? Eu estava feliz, mas você conseguiu estragar tudo, será que você é assim também com a Ashley? Com o Matthew?

-Eu estou pensando num futuro melhor para você, um dia vai me agradecer.

Chegamos em Nova Iorque, fui arrastada para dentro da casa do homem que diz ser meu pai, as pessoas nos olhavam confusas, Adam e ele nos levaram até o escritório e me obrigaram à sentar.

-Eu já descobri o que faço com você, vai te ajudar com essa criança, ela vai crescer sem saber de nada. - Se sentou na minha frente .

-Eu não quero sua ajuda! - Me levantei, Adam agarrou meu braço e me sentou novamente.

-Você vai se casar, Adam vai assumir essa criança, eu e a família de Adam temos muitos negócios à resolver. Esse casamento seria a solução.

-Você é louco, eu não vou me casar com esse doente que agarra os outros sem motivo nenhum!

-Você não tem escolha, é só você assinar esse contrato e acabou Billie, acabou os traumas, acabou tudo!

-Eu não vou fazer isso.

-Pense no bem de sua filha, você vai ser uma mulher casada, cheia de fortuna, e com uma família linda ao lado dele.

-Você está me forçando à se casar com o meu primo, você me dá nojo. Agora entendi porque minha mãe me escondeu de você. Eu não vou esconder meu passado da minha filha, eu não quero terminar como minha mãe. Infeliz.

-Não pense que vai sair daqui Avril, pois você não vai.

-Espere o país inteiro saber que o querido deputado John Lavigne está sequestrando a própria filha e separando a neta do pai. - Fui irônica.

Senti uma dor infernal na maça do meu rosto. Sim, eu acabei de levar un tapa do meu "querido papai"

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