Love Again?

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Horas mais tarde...

Depois que Adam me falou aquilo eu passei a tarde inteira pensando no que fazer, eu poderia ir embora daquela casa, ou talvez ignorar... Eu estava irritada, não suportava aquilo, era doloroso lembrar que você mora com um cara que nem te olha, que nunca aparece. Peguei meu diário e o abri, fazia um bom tempo que eu não escrevia músicas, mas agora é hora de desabafar na letra e demonstrar o que eu estou sentindo...

"Você pegou na minha mão e me levou até em casa, eu sei

Enquanto me dava aquele beijo, me fez dizer ohhh.

Você enxugou minhas lágrimas, afastou os meus medos, por que teve de ir embora?

Acho que não foi o suficiente ganhar um pouco do meu amor

Os caras são tão difíceis de se confiar."

Escrevi apenas esse trecho e ensaiei um pouco no violão. Me lembrava daqueles momentos em que eu e Billie passamos, do nosso primeiro beijo, quando brigávamos, quando ele me ajudou com o Deryck... Mas vezes eu penso: "Ah, ele foi embora".

Minha mãe poderia ser uma vadia, mas ela me ensinou à não confiar nos homens, Billie deve estar me sacaneando mesmo.

Organizei meu diário e o fechei, arrumei aquela bagunça e fui para a cozinha fazer o meu jantar, já que eu sou boa em cozinhar.

A porta de abriu e logo um Billie da vida caiu no chão com tudo. Ele estava com os cabelos bagunçados, olhos vermelhos e mal vestido, e pra piorar bêbado.

-Me ajuda, merda!- Gritou se arrastando.

-Billie, eu quero comer!

-Eu não quero saber, eu só quero... É aquela morena gostosa, em cima da moto. Ah, delícia!- Sorriu, ele nem sabia para onde olhava.

-Cala a boca, filho da puta!- Dei um tapa em seu rosto.

-Você não me bate... Você não manda em mim. Cadê minha mãe? Eu quero minha mãe!- Agarrou minhas pernas, ele falava aquilo tropeçando nas palavras.

-Me solta!- Tentei empurra-lo

-Mamãe está na beira do fogãozinho, enquanto eu brinco de carrinho, e papai lendo seu jornalzinho. - Cantava

-Meu Deus, cala essa boca!

-Eu quero mamãezinha. Ela prometeu que iria vir... Beber comigo... Me contar sobre o filho da puta daquele... Porra...- Virou seu rosto.

Vi que ele estava com alguns hematomas no canto de sua bochecha e no seu pescoço, era só o que me faltava, Billie ter brigado.

-Vamos Billie, levanta. - Passei seu braço em volta do meu pescoço e o levantei

-"Olá, olá, olá, que baixaria. Olá, olá, olá que baixaria. Com as luzes apagadas é menos perigoso. Eu me sinto estúpido e contagioso. Um mularo, um albino, um mosquito.

Billie cantava tudo errado enquanto eu o arrastava pela escada, ele parecia uma criança. Pedia para mim solta-lo, me tocava, e gritava coisas aleatórias para os vizinhos ouvirem.

Assim que cheguei no quarto o joguei na cama, liguei as torneiras da banheira e esperei a água esfriar.

Tirei Billie da cama e o arrastei para o banheiro, tirei sua camisa e logo fui tirando sua calça.

-Então você quer né safadinha?- Me tocou novamente.

-Entra na banheira.- Terminei de tirar sua cueca e o enfiei na banheira.

-Aaah!- Gritou

-Fica calmo.

-Essa merda ta fria. Pensava que você iria fazer outras coisas.

-Tipo um café?

-Cadê a Adrienne?! Adrienne!!!- Berrou

-Fica quieto ai. Vou fazer você se livrar dessa ressaca de vez!- Fechei a porta, ele ficou berrando lá dentro.

(...)

Depois que Billie saiu do banho eu o coloquei na cama, enquanto ele bebia o café que fiz eu fazia um curativo em seu rosto. Parecia que ele havia mesmo se metido em briga.

-Por que bebe tanto assim?- Perguntei

-Eu queronme divertir, com meus amigos. Cadê eles?

-Eles te deixaram aqui. Esta com fome?

-Não.

-Ahh. Que horrível!- Levantei sua camisa, havia um hematoma enorme na sua barriga.

-Não foi nada.

-É só pôr um gelinho aqui. Uma pomada talvez.- Encostei o gelo no machucado.

-Por que esta fazendo isso por mim?

-Porque... Ah esquece. Não vou me entregar à você.

-Eu te fiz uma pergunta.

-Eu só quero que fique bem. Você tem que parar de beber.

-O que eu posso fazer? Assistir você dando moral pra um filho da puta?

-Do que esta falando?

-Do loirinho que você flertou na escola. Eu li seu diário.

-Eu não dei moral pra ele. Somos amigos.

-Eu sou seu namorado.

-Esta com ciúmes?

-Estou. E quando eu falo uma coisa eu não brinco.

-Você está bêbado.

-Não estou. Fique longe dele. Por mim.

-Você nunca faz nada por mim.

-Paguei duas passagens para nós dois para Londres.

-E não me avisa?

-Eu iria te avisar, mas a minha namorada nunca está em casa. Prefere estar na escola.

-É o meu futuro.

-Avril. Entenda: Largue esse lugar, eu te ajudo com seu senho de ser cantora. Vamos ser felizes juntos.

-Billie, eu não posso.

-Óbvio que pode. Eu estou aqui por você.- Segurou meu rosto.

-Prove.

Ele ficou em silêncio, guardei as coisas e deixei a xicara na comoda.

-Vai continuar bancando a difícil?- Me jogou na cama e quando fui perceber ele já estava em cima de mim.

-Me deixa!

-Eu não gosto disso. Eu sei que nesse momento você me deseja em todos esses sentidos. Como eu desejo.

-Deixa de ser idiota!- Segurei seus ombros.

-Pare de bancar a fortona, eu odeio isso.- Segurou meus pulsos contra os lençois.

-Eu não ligo para o que você odeia ou não. Eu não quero te agradar.

-Sabe, as vezes eu gosto de quando você me desafia. Ver você brava e implorando me excita. - Sussurrou em meu ouvido.

-Doente.

-Indefesa.- Cobriu meu pescoço de beijos e tirou minhas roupas com rapidez.

Fizemos amor a noite inteira, eu parecia uma idiota de ter me rendido à ele novamente. Eu sentia a falta dele.

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