I Am The Fire

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Os dias se passaram e tudo continuou a mesma correria, Avril e Jade continuam desaparecidas, tivemos que dar uma pausa na banda e focar apenas em ir atrás delas.

Sentado na cama enquanto fitava a janela, eu sentia a falta de Avril que sempre chegava por trás de mim e me acariciava, me fazendo sentir aquela sensação de conforto e segurança.

Por que sempre tive problemas com o amor? Sempre fui um perdedor, todas as mulheres por quem me apaixonei foram embora, e agora a vida da Avril e da minha filha estão em risco nas mãos de um psicopata.

-Billie, temos notícias. - Taylor entrou no quarto me dando um baita susto.

-O que?

-A polícia conseguiu rastrear o telefone do Adam. - Sorriu

-Sério? - A encarei felizardo. - Aonde ele está?

-Nova Virginia. - Olhou o celular.

-Precisamos ir lá, agora. - Me levantei

-Billie, vamos deixar isso com a polícia. - Pediu

-Não, eu quero encontrar elas, não vou deixa-las naquele inferno até a polícia chegar.

AVRIL POVS

Acordei mais um dia com aquela figura ao meu lado me observando, tentei me virar e me levantar mas ele apertou meu braço e me prendeu ali.

-Tenho uma coisinha melhor para você hoje. - Sorriu.

-Me deixe em paz. - Chutei sua virilha e me levantei rapidamente

-Filha da puta. - Gritou.

Tentei abrir a porta mas ela estava trancada, as janelas também, pelo visto esse doente vai me matar aqui dentro.

-Não adianta fugir, você sabe muito bem que mulher nenhuma me bate! - Apertou meu pescoço.

-O que você pensa que está fazendo? - Perguntei quase sem voz.

-Não tem outro lado para machucar, não quero machucar o nosso filho.

-O-o quê?

-Eu sempre percebi lindinha. - Me soltou e pôs a mão em minha barriga. - E pelo visto vai ser um menininho.

-Você não é ninguém pra afirmar.

-Sou sim, sou o pai do seu filho. Lembra quando nos conhecemos? Eu já percebi que esperava um filho na barriga, se não estivesse eu teria feito um em você. - Sussurrou. - Agora você não tem mais motivos para não se casar comigo, não vai abrir mão do nosso filho?

-Você me enoja. - Gritei.

-Vamos ir embora daqui hoje, Miami nos espera amorzinho. - Me roubou um beijo.

(...)

ADAM POVS

Observei Amberly em seu quarto, ela dormia feito um anjo, óbvio que eu a levaria comigo e iria criar a minha família, e não pretendo devolver Jade à eles.

Meu celular começou a tocar, olhei pelo visor e era um número desconhecido. Atendi.

-Alô?

-Achou que iria se esconder por muito tempo? - Reconheci a voz, era de Billie.

-O que você quer? - Mudei o tom de voz.

-A casa caiu Adam, estamos atrás de você e logo vai pagar pelo o que fez.

-Não adianta vir atrás de mim, Avril está bem melhor comigo, vamos ter um menininho lindo.

-O quê?

-Boa sorte para tentar nos encontrar, seus inúteis.

Desliguei o telefone e fui olhar Jade, ela chorava demais, devia estar com fome. Dei um pouco de leite à ela e logo se acalmou, estava tudo feito para irmos embora.

-Papai? - Amberly apareceu na porta.

-Oi, filha. - Respondi com frieza.

-Cadê a mamãe?

-Sua mãe não está aqui, eu já te disse.

-Eu sinto a falta dela.

Meu sangue ferveu, coloquei Jade no berço e respeirei fundo.

-Amber, você tem que entender uma coisa. A mamãe não vai voltar.

-A mamãe tá naquele quarto, você prendeu ela!

-Oh, minha querida, não fique assim. - A abracei forte.

-Eu quero a mamãe. - Começou à chorar em meu ombro.

-Eu também quero. - Revirei os olhos.

Apliquei a injeção em seu pescoço e esperei ela apagar, óbvio que eu não tinha paciência com aquilo.

-Eu não acredito que fez isso com ela. - A voz de Avril ecoou por ali.

-O que você faz aqui?

-Vendo um pai acabar com a própria filha.

-Volta pra porra daquele quarto agora.

-Eu não vou voltar.

-EU DISSE PRA VOLTAR! - Taquei ela com força na parede.

-Eu não tenho medo de você Adam!

-Você sonha acordada por acaso? Você é patética.

Apenas senti um corte enorme no braço e o sangue jorrar, aquela vadia havia me dado una facada e corrido.

-Filha da puta! - Gritei pondo a mão no local e indo atrás dela.

Corri atrás dela por todos os cantos da casa, ela sabia correr mesmo com uma criança na barriga. Ahhhh, ela vai pagar por isso.

-Você não tem mais para onde correr! - Sorri ao ver ela sem saída no segundo andar da casa.

-Não se aproxima! - Apontou a faca para mim.

-Acha que eu tenho medo disso? - Me aproximei cada vez mais.

-Sai! - Gritou

-E se eu não sair? - Segurei seu pulso e fiz a faca cair no chão. - Volta pro quarto, agora.

(...)

O motor do carro estava uma droga, sem gasolina, e não tinha nenhum posto de gasolina por perto, droga!

Voltei para dentro de casa e andei de um lado para o outro, eu teria que ir embora ou apodrecer na cadeia.

Ou melhor, podemos morrer juntos.

Peguei um galão de gasolina e sai despejando pela casa até chegar aonde as meninas estavam e acendi um fósforo, era aquele lugar que eu queria começar.

-Adam, não faça isso. - Avril implorou tentando levantar a cabeça, mas as cordas a impedia.

-Esse é o único jeito de ficarmos juntos meu amor. Vamos morrer como uma família. - Beijei seu rosto.

-Minha barriga está doendo. Por favor me solta.

-Está melhor assim.

Deixei o fósforo cair sobre a gasolina e as chamas se iniciaram, Avril começou à gritar. Aquela sensação de desespero realmente me faz bem.

-Avril! - Ouvi a voz de Billie chamar por ela.

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