GrandMother

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Oa dias foram se passando, Evan e Jess me faziam companhia, eles são os únicos que conseguem me fazer rir, amo esses aloprados.

-Avril? Querida? Cheguei! - Ouvi a voz de Billie.

Fui correndo até ele e o abracei, eu estava com saudades, me sentia um pouco insegura sem ele por perto.

-Como foi a viagem?

-Cansativa, vou entrar em turnê ano que vem vamos entrar em turnê com o Blink 182.

-E isso é bom?

-Sim e não.

-Por que?

-O Mike odeia eles.

-O Mike é revoltado, eles não tem culpa.

-O que eles fazem aqui? - Sussurrou ao perceber que Jess e Evan estavam aqui.

-Eu os convidei, pode ficar tranquilo, eles não vão dormir aqui e não rolou pornô lésbico e nem nada do tipo.

-Ok né. E como está a princesinha do papai, hein? - Brincou beijando minha barriga, ri.

Mais tarde Billie ficou ensaiando coma banda no porão, Jess e Evan contavam piadas sem nexo mas queriam me ver rindo, porque eu estava muito "abatida" .

-Avril. Precisamos conversar. - Billie disse após se despedir de Tre e Mike.

-Aconteceu algo? - Me levantei.

-Você anda visitando aquele doente?

-O-oi? - Como ele sabe disso?

-O mundo inteiro sabe o que você faz, esqueceu que namora um famoso?

-Billie, n-não aconteceu nada...

-Eu pedi para você ficar tranquila, você é louca? Ele te violentou até você sangrar e você tem a cara lisa de ir vê-lo?! - Gritou com aquela voz grave.

Evan e Jess me olharam confusos, eles não sabiam do que aconteceu entre mim e Adam, não tive coragem de contar.

-Billie. Me perdoa, eu não o toquei.

-E eu quero saber? Falo isso pelo bem da nossa filha, esse cara é um psicopata.

-Eu só falei com ele, pedi para não correr atrás de mim, seu ignorante! - Gritei.

-Você acha que ele vai fazer o que pediu? Ele é louco ele vai nos matar... - Continuou gritando comigo.

Me perdi em suas palavras, não quis prestar atenção nelas. Evan e Jess ouviam aquilo de cabeça baixa, como eu. Nunca vi Billie gritar tanto assim, logo comigo.

-Aiii! - Gritei após sentir uma pontada em minha barriga.

-Ai não. - Billie gritou, só que desesperado. - Levem ela pro carro, AGORA! - Pediu.

(...)

Assim que chegamos no hospital fui encaminhada à sala de parto, Billie foi comigo, ele estava nervoso em todos os sentidos. Via aqueles médicos entrando na sala e um medo me consumiu.

-Pode começar à empurrar. - Pediu o enfermeiro.

-Billie, eu estou com medo. - Disse começando à chorar.

-Estou aqui, ok? - Pegou em minha mão.

Comecei à fazer força, e à gritar, eu apertava a mão de Billie com todas as forças, parecia que aquela criança não iria sair.

-Empurre, mais um pouco! - Pediram os enfermeiros.

As minhas costas doíam, mas continuei. Até que eu ouvi uns chorinhos, um sorriso brotou no rosto de Billie. Seus olhos estavam molhados. Ele cortou o cordão e puseram ela no meu colo. Aquele era o momento mais feliz da minha vida.

(...)

Logo aprendi à amamentar, Jade chorava muito quando estava com fome ou quando fazia cocô.

Jade tinha madeixas loiras, olhos iguais aos de Billie, ela era completamente igual à ele, praticamente perfeita.

Billie entrou no quarto ainda com aquele sorriso no rosto, pelo menos ele não vai continuar brigando comigo.

-Posso pegar? - Perguntou.

-Claro, só tome cuidado com a cabecinha.

Billie pegou ela no colo, ela ficou quietinha, parecia ter reconhecido que estava nos braços do pai.

-Quem é a princesinha do papai? - Billie brincou. - Não acha que exagerou a entupindo de rosa?

-Ela ficou fofa com o lacinho.

-É loirinha como a mamãe. Mas é bravinha como o papai. - Disse quando Jade começou à chorar.

-Ela é igual a você. - Sorri amamentando Jade.

-Parece que não é só eu que gosta dos seus peitos.

-Billie, para de safadeza!

-Eu estava louco para ela nascer e poder te tocar de novo, sabia?

-Nem vem Billie. Não vamos ter tempo para fazer suas safadezas com seus brinquedinhos.

-Logo você vai fazer 18 e vai aprender à usa-los. - Mordeu minha orelha.

-Billie! - O repreendi.

-Será que eu estou atrapalhando alguma coisa? - Escutei uma voz familiar, quando fui perceber, era meu pai.

-O que faz aqui? - Billie disse mudando sua expressão.

-Vim ver a minha neta.

-Ela não é sua neta. - Respondi.

-Até quando vai continuar assim? Eu que coloquei o Adam naquele lugar pra ganhar o seu perdão.

-Você tentou separar ela do pai. Você iria estragar o futuro dela.

-Mas não estraguei. Vamos, me deixe pega-la. Eu vou dar apoio à vocês. Mesmo não gostando desse pedófilo.

-Do que me chamou?! - Billie tentou ir para cima dele.

-Billie, não. - O empedi.

Entreguei Jade no colo de papai, ele a pegou com cuidado e tentou acalma-la, pois ela começou à chorar.

-Xiiiiii, o vovô está aqui, não chora. - Disse ele a balançando.

Ele a olhava com cautela, a tratava tão bem mesmo sabendo que também era filha de Billie. Uma pena ele não ter presenciado isso quando eu nasci.

-Ela tem os lábios da mãe. - Sorriu.

Billie o olhava com aquele olhar assassino, segurei em sua mão e fiz um sinal para ele se acalmar. Não quero que aconteça algo com a nossa filha por perto.

-Avril?! - Mais alguém entrou, levantei a cabeça e vi mamãe entrando.

-Mãe?

-O mundo e suas descobertas. - Billie revirou os olhos.

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