Capítulo 1

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PAULO


- não vou mais para lá. – grito ao Diego.

Faz 2 mês que sai do hospital, e 1 mês e meio que comecei meu tratamento, mas não mudou.

Minhas pernas não se movem, não sinto nada e nem sentirei.

- se você não quer ir, foda-se. Mas a Lu não merece ser tratada mal. – ele grita de volta, andando de um lado ao outro. – você a expulsou de casa, ela está gravida.

- eu sei. – abaixo minha voz. – não quero que ela pare a vida dela por minha causa. Ainda mais agora gravida.

- ela te ama. – grita.

- e eu ela.

- não parece. – se senta no sofá a minha frente. – ela não mereceu ser tratada daquele jeito, agredida verbalmente.

- entenda, eu não poderei a sustentar. Mal posso ir ao banheiro sem ajuda dela, não quero ser a carga pra ela. Ninguém entende isso.

- eu entendo, todos entendem. Mas você não entende que ela faz tudo porque acredita na sua recuperação. E antes disso, porque o ama.

Diego esta dormindo aqui a 3 dias, desde que expulsei a Lu, depois de volta frustrado do hospital.

Ela esta gravida de 2 meses, confesso que parece que a cada dia ela esta mais linda, mal vejo a hora de vê a barrigona. Mas logo me lembro que não poderei a ajudar com o nosso filho.

Quando recebi a noticia que estava paralítico, meu mundo aos poucos começou a se despedaça. Mas ela, com toda paciência foi colando pedacinho por pedacinho.

E eu achando que ela iria 'surtar'. Pelo contrario, correu atrás de vários tratamentos, ate que achou o que estou fazendo. Fiquei relutante, mas comecei por ela, foi difícil mais ia.

Ela sempre ali, pertinho de mim. Mas a 3 dias, me emputeci. 1 mês e pouco e nenhuma mudança.

Cheguei em casa aos gritos, o enfermeiro que a academia contratou se demitiu alegando que eu tinha passado dos limites e que não era como minha mulher, paciente em ouvir e aturar minhas queixas.

Ai fiquei mais revoltado ainda, Lu tentou o máximo me acalmar. Mas eu só piorava, a mandei sumir, sair da minha frente, da minha vida. Liguei para a Serena e pedi que viesse pega-la.

Em meio a choros, ela foi... e o Diego ficou.

Odeio depender das pessoas.

- ela retorna hoje, ai de você a tratar mal. – me olha feio e sai pela porta da sala.

Confesso que sento maior saudades dela, principalmente no banho. Mas não quero dá mais trabalho a ela quando nosso filho nascer.

Giro minha cadeira e vou para o quarto, com dificuldades consigo passar para a cama, sozinho.

Pego meu livro na mesinha ao lado da cabeceira da cama.

Não sinto a hora passar enquanto leio, do nada ela entra... Lucia.





LUCIA


Fiquei 3 dias com a Serena, dormi quase que os dias todos. Meu corpo estava cansado.

Um mal, pro bem... a expulsão do Paulo da nossa casa.

Di foi ficar com ele enquanto isso, agradeço tanto a esses dois, mas hoje quando acordei, coloquei pra mim que tinha que fazer algo e logo.

Minha amiga tentou impedir, mas viu que eu estava segura, só me abraçou e falou que no que precisasse eu poderia ligar pra ela. Como não ama-la ?

Paulo tem um ponto fraco que nenhum dos nossos amigos sabem, e eu vou investir nele pra vê se assim, essa "crise", passa.

Sai da casa da Serena e fui direto para o sex shop do shopping. Só de entrar, me arrepio toda. Jurei a mim mesma que nunca mais entraria numa na minha vida e cá estou eu.

Vejo alguns itens, mas nada me chama atenção então só compro algumas lingeries sexys.

Chegando em casa, reparo que esta tudo calmo. Paulo deve esta lendo no quarto, é o único momento que não resmunga. De fininho vou até a porta e o vejo lendo pela brechinha. Não o incomodo, vou pra cozinha preparar seu lanche, daqui a pouco esta na hora do remédio.

Coloquei tudo na bandeja e levo para ele. Quando entro, ele se assusta.

Seu olhar me para, amo esse homem. Não me vejo ao lado de outro, a não ser, dele.

- te assustei, desculpa. – digo, coloco a bandeja a seu lado. Ele não fala nada. – após terminar, não se esqueça do remédio.

Ele assenti, pego a bolsa com as lingeries e entro no banheiro do quarto. Enquanto tomo banho, sera o tempo dele de comer tudo.

Quando saio de banho tomado, ele realmente já comeu tudo. Ele me olha de boca aberta, estou vestindo a lingerie branca com detalhes vermelhos.

- o que... – antes que pergunte, me apresso e sento em seu colo, colocando uma perna em cada lado, ficando de frente a ele.

- já chega de só você ter voz aqui. – o beijo, ele tenta sair, mas o mordo. – ou você faz por bem ou por dor.

O beijo de novo, dessa vez ele corresponde e cada vez fica mais intenso e excitante.

- Lu. – ele geme meu nome, amo quando faz isso, sua voz sai mais grossa que o normal. Me esfrego nele, não só para o excitar, mas porque eu quero mais. – não faz isso.

- cala a boca. – por um momento nos olhamos nos olhos, como se buscasse respostas do que eu estou fazendo.

- não vou deixar você fazer isso. – beija-me na bochecha. – não posso.

- eu quero.

- Lu...

- não Paulo... eu quero e você vai aceitar de boa. Por favor, precisamos. – suplico, apelando. Ele sabe que trazer meu lado dominadora, vou estar voltando ao passado.

- devagar, ok ?

- em BDSM não tem essa de devagar. – o beijo antes que fale mais alguma coisa.

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