Capítulo 2

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PAULO


Lu me propôs sexo todo dia se eu não desistir do tratamento, neguei na hora, mas ela fez de tudo e mais um pouco e acabou me convencendo.

Ela sabe que seu lado dom me deixa no limite, mas também sei bem que há faz relembrar do ex. A observo dormi, finalmente os pesadelos não foram tanto complicados como antes, no inicio do relacionamento.

Era assustador, ela se debatia a noite toda, gritando. Foram 1 ano e meio indo a psicólogo, e a ajudando a lutar contra.

- me observando. – diz de olhos fechados ainda.

- admirando a paisagem. – lhe do um beijo.

- posso te acompanha hoje

- deve.

Ela abre os olhos sorrindo, me sinto o homem mais filho da puta do mundo. Ela sempre disposta em me ajudar, me dando maior força e eu a tratando mal.

- que foi ? – ela acaricia meu rosto.

- te amo. – digo a deixando surpresa. – te amo pra caralho.

- também te amo. – me beija apaixonadamente.

Nos trocamos e tomamos café juntos, e seguimos para o hospital juntos. Ela não entra comigo, sempre me espera no carro.



Lucia


"Mostrar ou não a cara no BDSM? É fato que se vou interagir com alguém, vou mostrar. Então a pergunta correta é: mostrar a cara para quem?"

Sonhar com aquele homem de novo, me deixa atormentada. So não esperava gritar como o Paulo comentou que eu fiz na madrugada.

Ele ate tentou voltar atrás quando vinhamos para o hospital, falando que era loucura, mas o cortei e falei que íamos continuar e ponto. Ele se rendeu fácil ?

Obvio que não, mas se acha que vai conseguir me mudar de ideia esta muito enganado.

Enquanto o esperava no carro, pesquisei sobre BDSM, me atualizando desse mundo que a 4 anos não sei de mais nada.

- como foi ? – pergunto o ajudando a entrar no carro.

- o de sempre.

Não pergunto mais, ele não gosta de falar sobre e não serei eu a força-lo a se abrir. Retornamos para casa em silencio, mas não um silencio constrangedor, um silencio bom.

Trocamos olhares algumas vezes, como antigamente, aquele olhar de dois idiotas apaixonados.

Quando chegamos, ele pede pra ficar na cama lendo, não o ajudo a passar, pelo que o Diego me falou ele já sabe passar sozinho e isso é bom, assim ele vê que não precisa de mim em tudo, como pensa.

Eu vou pra cozinha preparar o almoço, e quando estou colocando a mesa, meu celular começa a tocar, olho o numero... SERENA

- ei, amiga. – atendo.

- oi, como esta ?

- bem e você ?

- comendo por dois, mas bem. – respondi rindo. Ela esta de 1 mês e eu de 2, mal sabe ela o que vem ainda.

- isso é só o começo. O que manda ?

- então, o Di queria passar o dia com o Paulo. E eu com você, quero sua ajuda para escolher o presente dele.

- claro, ele pode buscar o Paulo amanha e eu vou pra aí assim que o deixar lá. – proponho.

- opa, fechado. Vou falar com ele... humm, como ele esta ?

- bem melhor.

- sex shop tem algo haver com isso ? – rimos.

- não tenha duvida.

- só você mesmo, nos vemos amanha então. Te cuida.

- você também. – encerro a ligação.

- quem era ? – grito de susto ao ouvir a voz grossa do Paulo atrás de mim. – desculpa. – ri da minha cara.

- Serena. – coloco a mão no peito, respirando fundo. – me assustou.

- foi mal, não resistir. – ele vai para seu lugar na mesa. Graças ao Diego, a casa esta toda adaptada a ele, a mesa que antes que super alta, hoje esta na altura certa pra cadeira de rodas dele.

- amanhã passarei o dia com ela e você com o Diego. – informo.

- isso não é uma pergunta. – arqueia uma sobrancelha.

- não, algum problema ? – cruzo meu braços. Prepara pra primeira briga desde que voltei, mas ele me surpreende sorrindo.

- nenhum. – responde rindo e me alegro com isso, sinal que minha dominadora esta dando certo.

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