Capítulo 12

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Paulo


- se sente melhor ?

- sim. – respondo animado.

- Bom, lembrasse do que conversamos. Agora vai depender de você. – um dos médicos me relembra.

- eu sei.

Confesso que estou animado com tudo isso, sonho dia e noite em andar logo. Porem prometi a mim mesmo que largaria a ansiedade de lado e focaria de novo na Lu. Assim não surto e nem a decepciono como no começo.

- vamos ? – Lu entra com a Andy.

- ei gostosão, como se sente ?

- bem, gostosona. Cuidou bem da minha mulher ?

- nossa, saiba dividir. Não seja egoísta. – rimos. – não só dela, como na pimpolha de vocês. – passa a mão na barriga da Lu.

Ouvir elas comentarem do meu filho, no feminino me dá cala frios. Quero um menino e sei que sera um menino, se vier uma menina vou amar também, porem quero um garotão para que assim possa levar pra jogar futebol e fazer tudo que um pai de menino mais desejo.


***


- como esta indo no psicólogo ?

- bem. – se deita ao meu lado na cama. – você comentou com a Andy.

- filha da mãe.

Pensei que ela não contaria a ela, ela falou da minha sogra sofrer por não ter a filha por perto sempre que deseja por causa do marido.

- não estou brava.

- não ?

- não. – sorri. – fiquei chateada, mas ela explicou e me contou da mamãe. Não imaginava isso.

- muito menos eu.

Ficamos em silencio, não aquele de desconfortável... sim aquele que aproveita e curti a presença um do outro, fazendo carinho.

- achei uma coisa esses dias arrumando a casa. – se senta.

- seu consolo ?

- pervertido. – gargalha. Que saudade estava de ouvir isso, que saudade de poder esta com ela sem ninguém por perto, esses dias no hospitais foram bons, mas queria ter ela só pra mim. – achei isso. – pega o caderno que eu anotei todos os desafios do amor.

- huuuuum. – ela arqueia uma sobrancelha. – legal, coloca onde pegou.

- nada a explicar ?

- não. – rio de sua cara.

- Paulo.

- Lu. – ela me encarra. – você não acha que todos aqueles mimos foram porque eu tive a brilhante ideia ne ?

- pensei.

- fico lisonjeado, mas não teria tamanha criatividade. Teve desafio que custou eu entender e pensar em algo para fazer. – brinco.

- idiota. – sorri. – onde comprou ?

- Diego que me deu.

- preciso agradecer ele depois. – se senta ao meu lado com o caderno. – e obrigado por não desistir do nosso casamento.

- você pensou que eu fosse pedir o...

Não termino, não posso acreditar que minha ignorância toda, pode ter a feito pensar nisso.

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