Segunda feira, dia 22 de setembro de 2015. Ainda era cedo, mais ou menos 12:40, estava calor nesse dia, eu esperava o ônibus escolar em um ponto a doze casas de distância, bem em frente à casa do senhor Huterfield, um homem de 53 anos que trabalhava na hidroelétrica da cidade. Ele parecia cuidar muito bem de seu lindo gramado verde que ofuscava minha visão.
Estava eu vestido com roupas leves, uma camiseta, calça jeans azul, um all star preto e branco, mechas do meu cabelo tocavam minhas pálpebras, eu definitivamente preciso de um corte. Finalmente após longos minutos esperando finalmente o ônibus chegou, logo avisto algumas pessoas conhecidas lá dentro cada uma em seus assentos. A porta se abre eu entro pisando sem pressa degrau por degrau, reconheço o motorista de hoje, comprimento o velho "Maicurina". Eu não tinha costume de nomear ninguém com apelidos principalmente desse tipo, eu também sofria com isso, mas eu não conseguia esquecer esse apelido, talvez por eu estava por perto no momento em que esse apelido nasceu.
Bom, vou contar como aconteceu. O Michael sempre fora um grande amigo, esse homem gordo, desajeitado de cabelos pretos ondulados com bigode mustache era um ótimo parceiro de papo e um ótimo conselheiro, porém certa vez ele me contara um segredo que ele guardou a anos.
— Charlie, devo contar um de meus maiores segredos, você é uma das poucas pessoas que confio nessa escola. — Me recordo de ver seus olhos tremendo ao me contar como ficou apaixonado pela professora de história do ginásio, uma jovem moça loira de aparência séria, mas com um ar nerd. "Encantadora Charlie, simplesmente encantadora" ouvira ele repetir várias vezes.
Porém um certo dia quando eu o vi, dei o pior conselho para o momento, ele não estava pronto e não era o certo. Eu disse: "Por que você não fala com ela, cara? Só temos uma vida, precisamos vivê-la intensamente. Vá, fale com ela o que você sente". Michael consentiu, ele seguiu meu conselho sem pensar duas vezes, saiu andando a passos largos determinado com seu tênis de couro soando a cada pisada que o homem dava. Ele passara pelos alunos que aproveitava o intervalo desviando-se com um carro em uma alto estrada a fugir de algum perseguidor. Michael acabou chamando a atenção do demônio. Elliott, o valentão, começou a seguir Michael afim de ver para onde ele seguia. Michael, que agora estava cego com meu conselho, nem notara a presença do garoto que atraía seus parceiros de crime para ver o que estava por vir. Ele atravessou o pátio rapidamente em direção a sala dos professores, o lugar de descanso dos professores e lá estava ela, próximo ao bebedouro da sala, sem esperar por surpresas. Michael entrou e a porta se fechou atrás dele com um baque, deixando os curiosos do lado de fora. Alguns segundos de silêncio depois a porta se abriu, Michael saiu de lá um tanto constrangido, e sua calça estava molhada. Os garotos pararam por um segundo e começaram a rir, gargalhar e zombar de Michael, "Maicurina, Maicurina, Maicurina, eles cantaram. Michael saiu correndo e a professora o seguiu o chamando, eu realmente não entendi o que havia acontecido, sentia me culpado por tê-lo encorajado a fazer tal coisa.
Depois daquilo essa é a primeira vez que o vejo trabalhando, havia visto algumas vezes na rua correndo, talvez com pressa, talvez se exercitando, ele parece estar muito bem. Sigo para dentro do ônibus procurando um lugar para me sentar andando pelo corredor pensando nas opções de parceiros de assentos, infelizmente quase ninguém aqui gosta muito de minha presença, a única opção era sentar só no fundo do ônibus.
De repente tropeço em algo, meu rosto vai de encontro ao solo com força, uma força tão grande que fez um pequeno corte no supercílio. Levantei um pouco zonzo e notei que tropeçara no pé de Elliott, o garoto que achava a vida sem pegar no pé de alguém era sem nexo. Fiquei zangado, avancei para ataca-lo, mas uma mão me segurou o ombro, olhei para trás com a visão ainda turva reconheci Sara, a garota que eu era apaixonado.
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Em um segundo
Phiêu lưuEm um segundo conta a história de um jovem de 17 anos que em um certo dia fora abençoado com uma nova habilidade e "em um segundo" toda sua vida mudou.