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Hyungwon sentiu suas pernas bambearem e seus olhos lacrimejarem ao ouvir as palavras de seu tão querido professor. Hoseok estava parado à sua frente, de cabeça baixa e semblante triste enquanto tentava manter sua respiração regulada o suficiente pra não acabar chorando na frente do mais novo. Hyungwon olhou ao redor, procurando um vestígio qualquer de que aquilo fosse apenas uma brincadeira consigo. O mais velho puxou Hyungwon, abraçando-o de maneira carinhosa. O menor então não tentou mais conter suas lágrimas, deixando que as mesmas corressem livres por suas bochechas rosadas, enquanto suas mãos pequenas se agarravam ao tecido fino da blusa do professor, que acariciava os fios negros do menor, tentando de alguma forma consolar o seu pequeno. Sabia como a notícia havia sido repentina para ele, assim como havia sido para si mesmo. Mas, infelizmente, Hoseok não tinha escolhas nesse momento. Apertou mais o abraço ao redor do pequeno, deixando que ele colocasse para fora toda sua dor em forma de lágrimas.

Era fim de aula e Hoseok se dirigia para fora de sua sala. Seus olhos vasculhavam o local em busca de uma única pessoa, a qual encontrou sentada em um banco de madeira debaixo de uma grande árvore do pátio do campus. Caminhou lentamente até Hyungwon, que mal pode olhar para o rosto de seu professor, tentando controlar sua tristeza. Hoseok segurou a destra do menor e o puxou consigo, sem dizer nem mesmo uma única palavra. O menor apenas o seguiu. Sem questionar, sem hesitar. Hyungwon pertencia à Hoseok, assim como o verão pertence ao inverno. Opostos, mas perfeitos um para o outro. Hyungwon com sua infantilidade, suas necessidades, suas manhas e manhãs. Hoseok com sua responsabilidade, com suas mãos cuidadosas e seu coração quente. Com toda a tempestade que podia ser na vida do menor. Hyungwon sempre pensou ser um furacão, mas a verdade é que, quem bagunçava e virava a vida do outro de pernas pro ar, era Shin Hoseok. O loiro era o gatilho de toda sua hiperatividade, todo seu desejo. Hoseok tinha o mais novo em suas mãos, e sabia disso.

Os dois caminhavam rapidamente pelo campus, até chegarem ao carro do mais velho, no qual Hyungwon entrou calmamente, de cabeça baixa, tentando gravar cada detalhe do calor das mãos de Hoseok, antes presente junto à sua. O mais velho acelerou, saindo do local e se dirigindo a qualquer lugar que Hyungwon não fazia ideia de qual era.

- Pra onde estamos indo, oppa?
- Eu quero te dar o melhor dia da sua vida, Wonie.

Hyungwon sentiu suas bochechas arderem com as palavras do outro, assim como seu corpo esquentou. Hoseok fazia isso. Tirava sua sanidade e seu pudor sem qualquer esforço, apenas com suas palavras docemente provocantes. Não demorou muito pra que chegassem em frente ao shopping local, descendo juntos do carro e logo se pondo à andar pelo local de mãos dadas. Hoseok não se importava com os olhares maldosos que eram direcionados a si e ao seu pequeno garoto de roupas femininas. Não se importava com nada. Daria ao seu baby o melhor dia da vida dele. E foi com esse pensamento e um sorriso esplêndido em seu rosto, que direcionou o menor à uma grande loja de doces que havia dentro do grande shopping.

Tiveram um dia cheio de brincadeiras, comidas gostosas, passeios e compras. Hyungwon não poderia estar mais feliz em passar um dia tão perfeito com o mais velho. Mas a cada momento em que se lembrava que aquele talvez fosse o último em que teria o maior consigo, sentia um aperto enorme em seu peito. Parou a caminhada que davam no parque de diversões, passando os braços ao redor da cintura do mais velho, enquanto escondia seu rosto na blusa do mesmo. Hoseok não ousou perguntar, afinal, não precisava de palavras para entender o que o menor estava sentindo. Calmamente retribuiu o abraço, acariciando os fios negros do mesmo e dando alguns beijos no alto de sua cabeça.

- Quer ir pra minha casa, pequeno?
- Por favor, daddy...

O barulho dos corpos se chocando tomava conta do quarto de Hoseok. O cheiro de sexo impregnava cada centímetro possível, e o mais velho tinha certeza que poderia o sentir pelos próximos dias. O cheiro doce do garoto sobre si, que gemia arrastado enquanto sentia as estocadas fundas dentro de si. O professor se movia rápido, sentindo o suor escorrer por seu corpo. Segurava o menor firmemente pela cintura com uma mão, enquanto a outra puxava os fios pretos e curtinhos com certa força. Se sentia um pouco arrependido, já que desde que conhecera o pequeno Chae imaginava que a primeira noite juntos fosse ser diferente. Pensava em rosas, vinho para si, suco para o mais novo. Pensava em um jantar romântico, e carinhos demorados. Em beijos longos e uma noite serena. Pensava em provoca-lo, e se deixar provocar pelo mais novo. E então saciá-lo da melhor forma possível. Mas não tinha tempo pra tais coisas. Mal tinha tempo pra pensar enquanto sentia o desespero lhe apertar o peito sabendo que o deixaria sozinho por tanto tempo.

A dor da solidão antecipada e da ansiedade devastadora apertavam seu peito, mas Hoseok mal conseguia se concentrar em seus sofreres enquanto estocava cada vez mais rápido o garoto à sua frente, sentindo-o se apertar ao seu redor mais e mais à cada vez que entrava no mesmo. Hyungwon gemeu arrastado, e o mais velho sabia bem o que aquilo queria dizer. Puxou os cabelos lisinhos do mesmo com sua canhota, fazendo-o se se ajoelhar na cama, abandonando a posição anterior de quatro e colando suas costas delicadas agora cobertas por uma fina camada de suor ao peito malhado do professor, que levou a destra ao pênis esquecido do mais novo, masturbando-o rapidamente, enquanto o fodia com toda a força que conseguia.

Não demorou muito até que o menor gozasse em sua mão, enquanto o mais velho se desfazia dentro de si. Hoseok deixou seu corpo repousar sobre os lençóis macios e amassados, colocando o corpo bambo do garoto sobre o seu, enquanto acariciava as bochechas vermelhinhas do mesmo com ternura. Hyungwon adormeceu rapidamente, enquanto Hoseok observava e gravava cada detalhe do rosto adorável do mais novo.

- Eu te amo, Wonie.

Porém a declaração não fora ouvida pelo mais novo, que, no conforto dos seus sonhos, esperava que toda a história sobre Hoseok ir morar nos EUA não passasse de um pesadelo no dia seguinte.

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