SERMÃO 174: "Quem são as pessoas do príncipe que há de vir?"

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Escatologia – Daniel 9:26 – Quem são as pessoas do príncipe que há de vir?

Talvez o pilar de sustentação mais importante da teoria do Anticristo Europeu é uma profecia de uma linha, encontrada no nono capítulo do Livro de Daniel.

Esta pequena profecia, mas muito importante, simplesmente afirma que:

“O povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário”. – Daniel 9:26.

 Embora diferentes interpretações foram oferecidas quanto ao significado exato dessa passagem, a posição majoritária sustenta que esta profecia está nos dizendo que as pessoas específicas (ou povos) que destruíram Jerusalém e o Templo em 70 dC, são os ancestrais dos povos que nos últimos dias seriam os seguidores primários do Anticristo (o príncipe ou o governante que está por vir). Assim, de acordo com esta posição, o verso deve ser entendido como se segue:

 “As pessoas (os seguidores primários) do príncipe (o anticristo) que há de vir (nos últimos dias) destruirá a cidade (Jerusalém) e o santuário (Templo Judeu)”.

A maioria acredita que a destruição “da cidade e do santuário”, são uma referência para a destruição que ocorreu em 70 dC, quando as legiões romanas, sob o comando do general Titus, destruiram tanto a capital judaica, Jerusalém, como o seu Templo. Dessa forma, a grande maioria dos estudiosos de profecias e seus alunos concluíram que os povos romanos de 70 dC podem ser identificados como os ancestrais dos povos seguidores do Anticristo. Porque os soldados eram cidadãos romanos, muitos concluem que os seguidores primários do Anticristo nos últimos dias serão os europeus em geral ou, especificamente, italianos. Esta noção, é claro, está enraizada no fato de que foram os comandantes romanos (cuja capital era em Roma, Itália), que comandaram os exércitos destruidores, mas também na crença equivocada de que a maioria dos soldados romanos eram italianos ou europeus. Eu digo “crença equivocada”, porque tanto o testemunho histórico como o consenso dos estudiosos modernos dizem-nos que bem poucos soldados que participaram da destruição do Templo e de Jerusalém, em 70 dC, eram europeus. De fato, como veremos, os fatos históricos revelam um quadro muito diferente.

Recrutas no Exército Romano

Um breve trecho de história em ordem: Antes do Império Romano tornar-se um Império, foi chamado de República Romana. Nos primeiros dias da República, a medida em que ia evoluindo para tornar-se o Império Romano (principalmente antes da virada do primeiro século), a maioria dos soldados (chamados legionários) recrutados para servir nos exércitos romanos (legiões) eram italianos de Roma e de regiões próximas. No entanto, como o Império se expandiu de forma bastante dramática, tornou-se quase impossível para o Império ter soldados apenas de homens da Itália. Não haviam homens italianos o suficiente para espalhar como soldados por todo o vasto Império Romano, que incluía toda a Europa, Norte de África e uma grande área do Oriente Médio. Assim, no início do primeiro século, o imperador Augustus fez uma série de reformas profundas que levaram a mudanças dramáticas na composição étnica dos exércitos romanos. Após as reformas de Augustus, a única parte adequada do exército romano que continuou a consistir em grande parte de italianos de Roma foi a Guarda Pretoriana; uma unidade militar de elite, cujo trabalho era proteger especificamente o Imperador e as tendas dos generais. Mas após as reformas de Augustus, o resto do exército que estava crescendo era cada vez mais composto por qualquer um, exceto soldados italianos. Em vez disso, eles foram compostos pelos que eram conhecidos como “provincianos” ou cidadãos que viviam nas províncias – nas extremidades exteriores do Império, distantes da capital Roma. A “provincialização” do exército era a situação real de todas as legiões romanas deste período de tempo, mas era claro, nítido, o caso no que diz respeito às legiões orientais que foram usadas ​​para atacar Jerusalém. Ambos os registros, baseados nos resgistros históricos antigos bem como nos estudos modernos, confirmam isso claramente. Vamos examinar algumas das provas.

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