Capítulo 8 - (Apolo)Desencontro - o Inimigo sumiu - Parte 1

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Apolo

               Eu estava fora de mim, a compulsão era quem comandava no meu cérebro e no meu coração, as imagens explodiam em minha mente ao ver minha amada sendo arremessada de encontra a parede caindo em pura dor, enquanto o sangue expelia por sua boca, as lembranças fazia explodir uma irá incontrolável. Eu precisava encontrar o desgraçado e matá-lo para obter a paz de espirito de que tanto ansiava meu coração, a distância de minha amada doía minha alma, mas a necessidade de protegê-la de me vingar de tudo que ela teve de passar, ainda queimava fortemente em mim, eu sabia que essa sensação fazia parte dessa rara ligação que ambos possuíamos, e sentia que algo colocava essa ligação em perigo, sentia em meus ossos. Eu podia sentir que havia algo incompleto, ou fora do lugar, Iris não me dissera nada, nem mesmo contou sobre seu momento de tristeza, pelo menos não com detalhes, mas eu podia sentir em minha alma, que havia algo a mais que ela não pode me contar.

                  Eu estava enlouquecendo com essa terrível sensação, compelindo-me a ficar cada vez mais irracional e perigoso, vasculhei cada centímetro, cada pedaço de terra, da terceira dimensão, voltando em minhas lembranças capitadas de minha amada, tentando descobrir o local em que pudesse encontrar a matar o algoz de Iris, em alguns momentos perdia por completo o controle e acabava deixando alguns moradores da terceira dimensão vislumbrar minha real imagem sem a distorção necessária para que eu pudesse me passar como um cidadão comum. Em alguns momentos deixei algumas pessoas desesperadas achando que eu era algum tipo de extraterreste ou algum tipo de ser desconhecido pela humanidade deles. Estava desesperado, já não me restava mais nenhum lugar a vasculhar, eu cheguei ao local que parecia ser o acampamento das Anomalias e impuros, mas nada restava, apenas destroços remexidos de um ambiente desmontado as pressas para uma possível fuga. Não havia pessoas ali, nenhum documento ou vestígios que pudesse denunciar para onde todos foram, ou como poderia encontrar o desgraçado do Eros.

           A exaustão reclamava em meu corpo e me permitir dormir por algumas horas para enfim voltar as buscas, não haveria paz enquanto eu não sentisse as cinzas explodirem sobre minhas mãos ao enfiaria a espada D no coração do cretino que fez minha amada sofrer, ansiava por esse momento de forma tão poderosa que se tornava doloroso suportar a espera de vê-lo sucumbir diante de mim, enquanto eu explodiria toda minha ira diante dele. Já não me restava mais nenhum lugar a vasculhar, já havia feito de tudo, andando por todos os lados a procura de algum vestígio dos fugitivos, ele só podia ter ido para outra dimensão, pois na terceira eu tinha a plena certeza de que não estava, passados 3 dias após a minha saída as pressas da quinta dimensão, ao ver as imagens da mente de minha Iris, a saudade gritava em meu peito, o desespero não me permitia retornar, não até dar o fim ao merecido cretino, que teria de acertar as contas.

                 Andei por entre a floresta e senti meu peito contrair fortemente, uma energia chamava-me, e fechei meus olhos para acalmar meu coração e entender o que estava acontecendo e foi quando tudo mudou, senti o cheiro de jasmim, e uma onda de paz e amor tomou todo o meu corpo, era Iris me chamando, eu podia sentir seu chamado, podia sentir a ligação agindo fortemente e mais uma vez, a explosão de minha compulsão aconteceu, e em pura adrenalina corri com todas as minhas forças ao encontro de minha amada, para possui-la, para deixar claro ao meu coração e alma de que ela me pertencia, e a mais ninguém, era uma necessidade incontrolável, como a necessidade que possuímos de respirar o ar, Iris era o meu ar, meu oxigênio que sem ela, sucumbiria enquanto meu coração faria seu último movimento. Chegando a clareira, me deparei com minha amada correndo em minha direção e nada e nem ninguém existia mais, somente ela, somente aquele momento e saciei meu desejo, minha saudade, permitindo o amor tomar conta de todo o meu ser.

                        Acordei sentindo o sol bater em meu rosto, a primeira coisa que veio a minha mente era a necessidade de abraçar e beijar minha Iris, ela dormia ao meu lado respirando fortemente, seu sono parecia conturbado, seu rosto se enrugava e a dor era visível, deixando-me completamente desesperado, e uma pontada em meu peito veio forte, eu estava compartilhando a dor sentida por ela, uma tristeza ardendo no coração, o medo, o desespero, a culpa, tudo misturada em um sentimento de pura impotência total. Toquei o rosto delicado de minha amada, desejando tira-la de seu pesadelo e Iris, acordou em sobre salto, com os olhos arregalados abraçou-me e chorou copiosamente sem dizer absolutamente nada. Estávamos na casa de meus pais adotivos, chegamos após o encontro explosivo de amor, e depois de tomar um banho no rio, fomos direto para a casa deles, Hebe aprontou um belo quarto para que eu e Iris pudéssemos dormir, afinal agora era oficial, Iris era minha juramentada consumada, dando a ela o título de companheira, minha esposa.

- O que está acontecendo Iris? Sinto que tem algo em seu coração que a está consumindo, um medo, desespero, dor e principalmente culpa. Não entendo essas emoções que exalam de você. Não pode esconder as coisas. Diga-me o que realmente aconteceu com você enquanto estava com aquele desgraçado. Porque está assim? _ Olhei para minha amada, que estava com o rosto molhados de lagrimas, seu peito subia e descia desesperadamente.

- Eu não sei como falar a você! Temo por nossa ligação, Temo perder você, temo por você perder o controle novamente e sumir como fez da última vez. Pois não conseguirei te contar, terei que mostrar a você. Mas não quero fazer isso. Não posso!!! _ Falou Iris com uma tristeza exalando por todo o quarto.

- Somos marido e mulher agora, você fez o juramento e este foi consumado, é o mesmo de estarmos casados na Terra, você é minha esposa e tudo que afeta você, afeta a mim igualmente. Precisa me contar, pois não aguento mais vê-la sofrer sem poder fazer nada. Doí meu coração vê-la nesta situação. Eu te amo mais do que qualquer coisa neste ou em qualquer mundo e não posso mais viver assim. Você está bloqueando sua mente tão desesperadamente que sinto a exaustão fluir de você. O que está tentando esconder de mim com tanto desespero? Confie em mim. Conte-me!_ Implorei a Iris deixando meu coração exposto para que ela pudesse sentir a verdade em minhas palavras. 


Espero que gostem deste capítulo, após um longo tempo, a inspiração finalmente voltou. Agora vamos dar continuidade a história. Votem e comentem. Bjos!!!

VIAJANTES II - A PROCURA #Wattys2018Onde histórias criam vida. Descubra agora