Quinn Allman

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Um pouco mais tarde, Bert me deixou em casa.

Caminhei lentamente pelo pequeno caminho do quintal até a porta. Não foi nenhuma surpresa pra mim quando encontrei minha mãe que já me esperava na mesma.

- E ai? Como foi? Eles são legais? Cuidaram bem do meu Frankie? - Ela disparou, assim que fechou a porta.

- Mãe, pelo amor da Coruja Celestial respira, você vai ter um ataque. - Falei rindo.

- Desculpa meu amor, eu só estou feliz que tenha feito amigos. Agora vem senta aqui, eu quero saber de tudo.

Linda me puxou para o sofá, se sentando ao meu lado.

- O que vocês fizeram lá?

Minha mãe parecia aquelas adolescentes histéricas que querem saber de tudo sobre o primeiro encontro.

- Roubamos, matamos e traficamos órgãos mãe... - Falei sério.

- Ah filho, isso é tão leg... FRANK ANTHONY THOMAS IERO JR. VOCÊ PARA DE ME ZOAR! - Minha mãe gritou rindo.

Minha relação com a minha mãe sempre foi desse jeito, ela era minha melhor amiga.

- Nós comemos porcarias, falamos besteira e "assistimos" um filme. - Falei de uma vez.

- Qual filme meu amor?

- Piratas do Caribe, não me pergunte qual deles.

- Isso é maravilhoso. - Ela começou a fazer carinho no meu cabelo. - Você precisa cortar o cabelo...

Assenti, não tinha como eu saber se precisava de um corte ou não.

- Cadê as meninas? Essa casa esta silenciosa demais... - Perguntei.

Realmente estava silenciosa demais. Minha casa sempre estava uma bagunça, Beth e Dory gritavam o dia inteiro, Dayse e Megan estavam sempre ouvindo música alta, minha mãe com a TV no máximo em algum programa de culinária, era uma loucura.

- Megan levou Beth e Dory para um parque aqui perto e a Dayse esta no quarto dela.

- Vou encher o saco da Dayse... Já volto.

- Certo, vou terminar o jantar.

- Mãe, você não esta tentando cozinhar de novo, não é? - Joguei minha cabeça pra trás.

- Claro que sim, passei o dia vendo uma receita incrível.

- Eu amo você, mas você não sabe cozinhar mãe. - Comecei a massagear minhas têmporas.

Não ache que eu sou maldoso, mas é sério. Minha mãe não sabe cozinhar, ela bem que queria, mas querer não é poder.

- Garoto, não me testa. - Ela disse e eu comecei a rir.

Me levantei depois de dar um beijo em sua bochecha e fui até o corredor, contei as maçanetas até chegar no quarto que Dayse dividia com Megan.

- E ai, pirralha.

- E ai, toupeira. - Dayse sempre me chamou de toupeira, Linda briga com ela todas as vezes que escuta.

As toupeiras são razoavelmente cegas, eu não me importava com isso, mas minha mãe sim.

- Se a mamãe escuta você falando isso, você esta ferrada. - Falei rindo e sentei na sua cama.

- Que nada, ela já acostumou. Mas e ai? Ela disse que você tinha ido pra casa de alguns amigos... Quero saber das novidades.

- Que mané novidade tampinha. - Baguncei seu cabelo. - Não foi nada demais, são uns garotos que eu conheci na escola.

- Tampinha... Você fala isso porque não pode ver o seu tamanho, eu sou mais alta que você.

Behind amber eyes [Frerard Version]Onde histórias criam vida. Descubra agora