Chapter XLII

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Créditos aos pais desta criança ↑
Hahaha

》《

Sabe um dia gostoso? Um que qualquer coisa lhe arranca sorrisos, lhe faz feliz e tudo é motivo para brincadeiras? Foi assim o dia do aniversário de Vitaly.

Nós tomamos café só paparicando ele que sinceramente estava um pouco irritado, mas mesmo assim é perfeito, sua irritação é doce como açúcar.

No almoço mais farra e brincadeiras, e no final da tarde recebi a visita do Pedro enquanto Tais e Elisa aprontavam alguma coisa com o meu filho no quarto. Lisa já se adiantou em dizer que a ideia maluca era de Tais e ela apenas ajudaria porque ela pretende ficar com minha amiga em todas as horas, isso inclui na loucura, até que a morte as separem.

- Posso te ajudar? - Pedro perguntou pegando um balão para encher.

- Ajuda é sempre muito bem vinda. - ri quase sem fôlego.

Resolvi fazer uma decoração básica para receber algumas pessoas no meu apartamento. Não diria que é uma festa de aniversário, pois não haverá crianças além do Vit, e ele também é muito novo para entender esse tipo de cerimônia, eu apenas convidei algumas pessoas especiais para passar algumas horas conosco, comemorar sua existência e compartilhar comigo a ternura de tê-lo. Mesmo assim resolvi que tinha que arranjar uma decoração para criar um clima especial como pede a ocasião e registrar o momento.

Comprei balões coloridos, velas harmoniosas e incensos com aroma. Também um bolo e brigadeiros, mas pequeno e em pouca quantidade, pela falta de crianças. Entretanto, quando Vitaly for maiorzinho e ele já tiver seus amigos, vou fazer festas lindas e coloridas, até quando ele crescer e não queira mais festas com cachorro quente e refrigerante, apenas os amigos, bebidas e "zoeira". Sinto-me uma boba pensando este tipo de coisa.

- Balões rosa? Comprou o pacote errado? - Pedro perguntou tirando da sacola mais um punhado de bexigas.

- Qual o problema com o rosa? - indaguei.

- É que... ele é garoto, Ale.

- Você acha? - perguntei rindo. - Ele pode não ser. Ideologia de gênero. - Pedro arregalou os olhos e foi inevitável uma gargalhada minha. - Estou brincando com você! Mas acho que uma cor não significa nada nesta questão. Ele gostar de rosa não significa que ele é gay e se ele for gay, ele continua sendo homem. - pisquei com apenas um de meus olhos. - Aliás! Ele não tem uma cor predileta, por isso vou lhe expor à todas as possibilidades possíveis. Quem sabe ele não adere o arco-íris?

Fiquei brincando com a cara de Pedro que sempre foi um pouco conservador e tradicional. Mas sobre o futuro e as opções do meu bebê, só vou poder saber com o passar dos anos, mas nada de impor coisas a ele e tentar encaixá-lo em uma "forma", e pelo que conheço do Jared, compartilhamos esses pensamentos contemporâneos.

Pedro continuou amarrando alguns balões juntos, fazendo "arbustos" de cores, que ficaram incríveis, e eu fui um instante no banheiro. Tive que usar o de acesso para as visitas, pois o casal ainda estava com meu filhote trancado no quarto, "cabreira" era pouquíssimo para me definir. A Lisa saiu apenas por alguns segundos para pegar um lanchinho para a cobaia delas, mas o meu danadinho estava gostando, se não tinha abrido o berreiro.

Depois que fiz o que necessitava, peguei meu celular no bolso de meu short jeans e procurei por alguma alerta do Jared. Nada! Nenhuma mensagem sequer, nem do Shan e nem da Constance, que aliás, nos últimos dias passou a querer conversar comigo mais. Para ser franca, esse descaso dos três estava me decepcionando. 

Enquanto eles ignoravam a data, muitos desconhecidos que não sei como, descobriram que era o aniversário do Vit, enchiam todas as minhas redes sociais e meu blog com mensagens e comentários de ótimos desejos e Parabéns. E me assustava como as pouquíssimas imagens do Vit que foram a público, circulavam pelas "páginas de fãs", nem preciso dizer de quem.

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