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Narrado por Nicole:

O beijo foi... intenso, daqueles que parecem durar uma eternidade e deixam o coração em disparada. Eu deveria estar furiosa — e estou, só não o suficiente para negar que ele beija bem, bem demais. Mas, antes que eu pudesse raciocinar, seus lábios já estavam afastados, e ele sorria.

— Você por acaso é idiota? — perguntei, abrindo os olhos e tentando recuperar minha compostura.

— Engraçado, achei que você estava gostando.

— E quem disse que gostei? — rebato, sem convencê-lo.

— E quem disse que eu preciso de permissão? — Sua voz é segura, até provocativa, e meu estômago dá uma reviravolta. Respiro fundo, buscando palavras para retomar o controle da situação.

Seguimos o resto do trajeto em silêncio, e quando chegamos à mansão, vejo o carro de Sabrina estacionado na entrada. Ótimo. A "dona da noite" já chegou.

— Vou ter que aguentar a presença de uma chata a noite toda. Uma maravilha isso. — Resmungo para mim mesma, mas Edward ouve.

— Se quiser, pode pedir uma folga. — Ele cruza os braços, os olhos me desafiando, mas algo nele soa como um pedido disfarçado.

— E deixar a mansão? Com certeza, senhor Carter, mas o problema é que o senhor não deixa. — Retruco, sem esconder o sarcasmo.

Antes que ele pudesse responder, a porta da mansão se abre, e Sabrina surge, com um sorriso largo e olhar avaliador.

— Amor! Pensei que não ia me chamar aqui depois do... bom, da última vez. — Ela tenta soar casual, mas a tensão em sua voz é palpável. Logo que me nota, seu rosto muda. — E essa aí? O que estava fazendo com você?

— "Essa aí" tem nome — respondo antes que Edward diga qualquer coisa. — Nicole. E boa noite para você também.

Ela se volta para Edward, indignada.

— Vai deixar essa garota falar assim comigo, Ed?

Edward suspira, visivelmente impaciente. Mas ao perceber que ela não vai deixar o assunto de lado, ele decide me encarar.

— Nicole, venha até aqui. — Sua voz está fria, e é como um soco no estômago. Não quero ceder, mas algo na sua postura diz que não tenho muita escolha.

Desço os degraus e me aproximo, os olhos fixos nele.

— Desculpe Sabrina. — Ele diz, forçando um tom profissional.

— Não tenho nada a pedir desculpas — rebato, firme. — Nem ao senhor, nem à "senhora". — Sabrina faz menção de responder, mas Edward a interrompe, se colocando entre nós.

— Sabrina, você sabe que na minha casa há regras. E não, você não vai falar assim com ela.

Ela parece chocada, o rosto alternando entre surpresa e raiva.

— E você vai aceitar que sua "empregada" te desrespeite?

— Sabrina, já disse: meu espaço, minhas regras. Não queira testar meus limites.

Ela lança um olhar mortal em minha direção antes de se afastar, claramente indignada. Assim que ela some da vista, Edward se vira para mim, o rosto endurecido.

— Me siga. Precisamos conversar antes do jantar.

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Beauty and The   #EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora