Cap 6 Lucy

16.6K 1.4K 118
                                    

Lucy

Saio da sala quando o médico disse que a criança que eu espero em vez de ser filho de um doador anônimo era filho do Andrew Matway e para completar eu havia pensado nesse homem com bastante frequência nesses dois últimos meses, mas quando ele me sugeriu que vendesse meu filho pra ele eu só fiquei imaginando várias, forma de mata-lo. Como que ele teve a coragem de me propor uma coisa dessas? Será que ele acha que vou ter meu filho e entregar a ele? É um louco mesmo, deveria era estar internado isso sim. Depois de colocar para fora tudo que tinha no estômago ainda sentia náuseas, uma senhora de uns 45 anos mais ou menos chega perto de mim com uma expressão preocupada.

-Tudo bem moça? Parece que você estava virando do avesso, quer que eu pegue um pouco de água para você? - ela fala querendo ajudar,

- Não senhora, obrigada eu só estou grávida. - Apesar de tudo isso eu ainda sinto orgulho em dizer que vou ser mãe.

- Então, isso explica tudo, console-se em saber minha querida que esses enjoos são somente até os três meses. - O stress pode agravar os enjoos, portanto tente ficar longe de encrencas e aborrecimentos. - agora que ela me avisa.

-Se a senhora quer me ajudar, veja se tem um homem no corredor ai fora, por favor. - ela chega até o corredor e volta. - Tem muitos homens lá fora mais nenhum correndo. - ela diz rindo.

- Um gostoso de olhos verdes, com uma bunda enorme e uma boca que Meu Deus! - falo e ela saí novamente, volta depois de alguns minutos.

- Infelizmente não tem nenhum homem com essa descrição, ele é seu marido? - ela pergunta eu penso um pouco e falo a verdade.

- Ele é o pai do meu filho senhora.

- Com essa descrição que você fez dele seu filho será lindo, mas porque está se escondendo dele? - Se eu conhecesse um homem assim, minha filha eu juro que não tirava os olhos de cima dele. - ela fala e eu dou risada.

- Mas ele não é meu marido, é uma longa história, mas enfim, muito obrigada senhora, obrigada por tudo mesmo mais eu preciso ir. - dou um abraço nela e saio dos banheiros quase correndo, chego até a rua e solto a respiração que nem sabia que estava prendendo.

- Os planos de olhar as lojas da Quinta Avenida já não me parecem mais tão atraentes. Paro em frente ao prédio ao lado da clínica e fico olhando uma placa com a lista dos condôminos. Observando mais atentamente vejo o nome de um escritório de advocacia especializada em direito familiar. É tudo que preciso neste momento, vou até a portaria e peço para me anunciarem no escritório. Estou esperando ser chamada pelo interfone mais sou surpreendida pelo homem elegante, em um terno de três peças que deixa transparecer os músculos bem trabalhados em academia.

-Sou Jeffrey Martin, advogado especializado em direito familiar em que posso ajuda-la senhorita?

- Lucy Welber! - Quero saber sobre a custódia do meu bebê. - Bem ainda estou grávida de apenas seis semanas. - falo.

- E exatamente do que se trata a questão? - eu relato de uma forma bem clara, todo o acontecido na clínica obstétrica e no final, pergunto um tanto ansiosa.

- Então doutor, qual a sua opinião sobre o assunto?

- Não restam dúvidas de que temos uma causa quase ganha contra a clínica, é evidente que eles foram negligentes.
- Não quero processa-los, entenda não preciso do dinheiro de uma possível indenização, nem do sensacionalismo que o caso traria, pode imaginar o que os tabloides fariam dessa historia? - Tudo que eu quero é ficar com meu bebê.

- Mas senhorita Welber, não é apenas seu bebê, ele é também do pai. - ele fala devagar.

- Está tentando me dizer, que ele tem o direito de reclamar meu filho? - pergunto.

MUDANDO O DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora