Capitulo 02

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Acordei cedo e fui andando pra escola com meu fone de ouvido no ultimo volume, eu adorava música, queria até ser DJ, mas acho que eu não sirvo pra isso...

Me perco nos meus pensamentos e quase que eu caio, até que sinto alguém me segurar...

-Cuidado... Uma moça bonita como você não pode se machucar.

Não falo nada apenas coro e tento sair correndo, mas ele puxa meu braço.

-Calma! Não vou te machucar! Meu nome é Jorge, qual é o seu?

- Es- estou atrasada tenho que ir tchau.

Saio correndo chego na escola e vejo  que deixei meu celular cair começo procura - lo desesperadamente.

- Procurando por isso?

Olho pra cima e vejo Jorge segurando meu celular, com um sorrisinho.

- Si-si-sim pode me devolve-lo por favor?

Falo morrendo vergonha.

- Só se você me falar seu nome.

-Meu nome? Livía. - Digo apressada.

-Ótimo tome aqui! Você é gaga?- disse me entregando meu celular e rindo.

-Não... Sou muito timida.

- Timida? Que fofa!

-Não é fofo! É uma merda ser timida!

Sentei em um banco no pátio e ele sentou ao meu lado. Então resolvi perguntar:

-Você é novo por aqui? Eu nunca te vi...

- Ah! Sou sim, e você poderia me mostrar onde é a minha  sala?

- Claro. Qual é?

- Primeiro ano B.

- Ah sim, é a minha sala, vamos já vai bater o sinal.

- Ok.

Eu levantei e ele apenas me seguiu.

Ele arranjou um lugar pra sentar do outro lado da sala, e eu fui pro meu cantinho.

O Arthur chegou todo animado e já veio conversando comigo.

- Oi Livía!

- Oi Arthur.

- Eai? Como vão as coisas?

- Eu estou bem.

- Me diga, você está na livre no sabado?

- Sabádo? Sim por quê?

- Ah, vai ter um joguinho lá em casa tipo uma reunião de amigos. Quer ir?

- Não sei... Posso não me encaixar...

- Vamos, vai ser legal!

- Tudo bem... Onde é a sua casa?

-  Calma. - Ele pegou um papel e caneta e anotou um endereço. - Toma esse meu endereço, vai ser ás 20:00, ok?

- Ok.

As aulas passaram rápido aquele dia e eu estava voltando para casa quando ouço alguém me chamar.

- LIVÍA! Me espera!

Olhei pra trás e era Jorge correndo a poucos metros de distância.

- Ta bom. - Olhei meio confusa para trás e parei.

- Eai, parece que moramos na mesma rua.

- Sério?!

-Sim. Você vai na casa do Arthur sabádo?

- Vou e você?

- Vou. Que tal irmos juntos?

- Melhor para eu não me perder.

- Verdade. Moças bonitas não podem andar sozinhas.

- Pois é, então eu posso andar livremente. Não sou uma moça bonita. - Disse abaixando a cabeça e sorrindo fraco.

Jorge levantou meu queixo e disse:

- Tem razão, você não é uma moça bonita, você é simplesmente perfeita, cada traço do seu rosto é perfeito. - Disse olhando em meus  olhos e apertando meu nariz.

- O-o-o-obrigada, mas não acho isso.

- Então você está completamente errada.

Dei um sorriso bobo. Nunca ninguém havia me dito algo parecido.

Como perder o BV em seis mesesOnde histórias criam vida. Descubra agora