Eu tinha chegado em casa rindo, porque Rebeca tinha falado algo muito engraçado.
- O que aconteceu? - minha mãe pergunta com cara de dúvida.
- Nada não... - Digo ainda rindo.
- Por que os risos então?
- Minha amiga disse... - ela me interrompeu.
- Pera aí! Amiga?! Que amiga?!
- Eu fiz alguns amigos, mãe.
- Sério?!
- Sim. Primeiro o Jorge, depois o Arthur e hoje a Beca e o Carlos.
- Meu Deus! Minha filha tem amigos! Não creio nisso! A isolada da minha filha tem amigos - disse surpresa.
Ás vezes minha mãe é sincera demais.
- Nossa... Não precisa de drama...
-Ok...Ok... - disse se recompondo - Você quer ir pra casa do seu pai este fim de semana?
- Não.
- Por quê?
- Ele nem liga pra mim,não quero atrapalhar ele e a piranha da nova namorada dele. - digo irritada.
- Então liga pra ele e fala.
- Nem precisa, ele não vai sentir minha falta.
Eu odiava meu pai, ele era um desgraçado.
- Filha, eu acho melhor você ir...
- Mas mãe...
- Vai ser melhor.
- Ta... -digo revirando os olhos.
Vou para meu quarto, pego o celular e dico o número do meu pai que depois de um tempo atende.
-Alô?
- Oi pai.
- Ah sim... Oi filha, você irá vir aqui amanhã, nós vamos ao clube.
-Sim, mas só vou porque estou sendo obrigada.
- Ótimo! Você nunca veio ao clube, acho que irá gostar daqui.
-Tanto faz. Até amanhã.
-Tchau filha, até amanhã.
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No dia seguinte acordo cedo e vou para a frente de casa esperar o motorista do meu pai chegar.
Meu pai era um grande empresário, eu não gostava dele, ele se separou da minha mãe pra ficar com a puta da amante dele, ops cadê meu respeito? A puta da minha nova madrasta, chamada Barbara e o filho idiota dela, Leonardo, se acha o tal e tenta me fazer de empregada com a justificativa que ele é mais velho, acho que ele pegou essa ideia da mãe.
- Senhorita Livía? - Diz o motorista abaixando o vidro do carro.
- Bom dia Fabricio. - Digo entrando com cara de tédio no carro.
Depois de um tempo, chego na casa de meu pai, que está me esperando junto com Barbara e Leonardo na entrada.
- Oi filha.
- Oi pai, oi Barbara e oi Leonardo. - digo passando reto e indo em direção ao meu quarto.
Chegando lá, ajeito minhas coisas e tomo um banho rápido, troco de roupa, arrumo minha pequena mochila e desço para a cozinha onde está meu pai e Leornardo.
- Vamos? - digo apressada.
- Vai com calma pirralha, estamos esperando minha mãe. - Diz Leonardo indo em direção a sala de estar e se jogando no sofá.
- Primeiramente: não sou pirralha, você só é dois anos mais velho.
E segundamente: tô sem paciência.-Sr. Carlos,manda sua filha calar a boca,por favor?
- Filha, se acalme, Barbara já está descendo.
- Chegueeeei! - Disse uma voz irritante vindo da escada.
- Vamos pessoal?
- Vamos! - dizem todos juntos.
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Como perder o BV em seis meses
Ficção AdolescenteLívia é uma menina BV timída de 16 anos, que nunca sai de casa e não tem nenhum amigo. Certo dia ela conhece Arthur um garoto pegador, não muito popular que é especialista em dar conselhos amorosos. Ao conhecer Lívia, Arthur se revolta pelo fato de...