Capítulo Vinte e Dois - Um Tempo

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"Oui j'aime le message de la Croix...

À la mort je vais proclamer"

Los Angeles, 08 de dezembro.

"Eu mergulho no futuro, mas estou cego por causa do sol.
Eu sou criado novamente a cada momento, então, quem sabe o que me tornarei?

Sinto como se tivesse despertado ultimamente... mas Deus sabe que isso não aconteceu.

A vergonha que tomou minha vida nestes últimos dias me assombra. O dia em que tremi ante o demônio.

Desonrei meus pais e meu Deus... parece que foi ontem, mas na realidade foi antes-de-ontem.

Memórias amadas, guardem meu recanto. O sol blinda meus olhos mas o oculto blinda minha alma.

Foi tudo muito rápido, o sangue gotejou o chão, vi o diabo em minha frente. Temi.

Minha dama me salvou... enquanto eu deveria protegê-la, falhei como Cristão e como homem. Necessito de um re-avivamento.

Agora estou em Los Angeles, e minha guerra... apenas começou."

Christian acorda, mas não se recorda de nada após um clarão. Sua memória resume-se a um brilho longo, não, um brilho eterno! O brilho eterno de uma mente sem lembranças. Sabeis vós o que isto significa?

Abre os olhos, está em um lindo lugar verde com brilhantes e belas luzes que o circundam. O aroma de jasmim toma o local. Ele estava no céu?

Sua visão ainda está turva e ao arrumar-se, vê então que as coloridas luzes eram de celulares que estavam em sua face.

Ele se descobre em um pasto florido, muito belo, logo reconhece que está bem no centro de Beverly Hills.

Não era o céu, mas talvez uma filial.

Uma mulher loira com blusa cropped curto pergunta-lhe:

"Está embriagado jovem? Quer água?"

"Não bebo, onde pois estou?"

"Fala difícil, deve ser inglês... como se chama aquele trem que anda em baixo da terra?"

"Metro..."

Christian então consegue fixar bem sua visão, levanta-se empurrando a mulher. Estava de mau humor.

"É britânico, aqui isso aí é chamado de 'subway'."

Para ele, este era o nome de uma franquia de lanches saudáveis.

Estapeia suas roupas e sai. Vê em seu relógio de pulso o horário e data. Seu celular consigo também. Alguns dias se passaram. Como não o vira?

Ele estava em um morro de grama, que desce correndo, ainda meio atordoado. Coloca as mãos em seu bolso da jaqueta, vê que está um pouco rasgado. Bem, compraria uma nova então!

Caminha até uma pequena loja de esquina, de roupas.

Ele entra, decide comprar uma camisa também, no lugar da sua, que estava amarrotada e com um pouco de grama.

The Knox Tree II - A Cruz E O ConsoleOnde histórias criam vida. Descubra agora