Pending the past

Capítulo 6

Pov"s Leon

Era por volta de umas 14 horas de um sábado, eu estava mexendo no Facebook e a campainha tocou.

- Eai Leon.

- Edu? Oi, o que faz aqui?

- Vim apenas papiar, não estava fazendo nada em casa.

- Ah pode entrar.

- O exame de DNA já saiu?

- É pra ligarem hoje falando, mas é certeza que ela é minha filha, só estou esperando o resultado sair pra mim assinar uns papéis. Só não conta pra ninguém isso não, só você e o Monak sabem.

- Você não vai assumir ela como filha mesmo, né? - ele fala indignado

- Não, e não quero que as pessoas fiquem sabendo.

- Cara, opinião, ela é sua filha poxa. Não vai te custar nada dar um pouco de atenção à ela.

- Aí está um motivo pelo qual eu não quero que fiquem sabendo, vão ficar me enchendo o saco. E sobre não me custar nada, vai custar meu tempo e agora não quero isso pra mim.

- Bom, se fosse eu assumia mas a filha é sua então não vou discutir.

- Mas mudando de assunto, e o seu namoro com a Sapeca? - pergunto.

- Estamos super bem, acho que ano que vem a gente casa e você vai ser padrinho.

- Ah legal, mas eu não tenho namorada pra entrar comigo.

- Quem sabe até lá você não arranjou sua cara metade.

- Duvido muito. - falo

Ficamos ali conversando por mais algum tempo e depois fomos jogar vídeo game, até que eu recebo uma ligação do Conselho tutelar.

- Oi Leon, aqui é a Mariana.

- Ah, oi Mariana. Já saiu o resultado?

- Então como já era previsto a Alice é sua filha. Preciso que o senhor compareça segunda feira aqui para resolvermos as coisas.

- Ok, estarei aí assim.

...

Quando chegou segunda feira fui até lá para poder resolver o problema da pensão. Cheguei lá e vi a Nilce sentada, ela olhava para mim com um olhar perdido.

- Oi Nilce. - falo

- Oi.

- Aconteceu alguma coisa? Você não parece muito bem.

- Não é nada não.

- Tem certeza?

- Tenho.

Apesar de tudo eu não consigo não me preocupar com a Nilce, não sei explicar o porquê mas não gosto de ver ela mal.

Nesse momento a Mariana chegou pela porta carregando Alice em seu colo.

- O que aconteceu com o braço dela? - falo me referindo ao gesso que estava em uma parte do seu braço direito.

- Ela queimou com água quente da panela - Nilce fala.

- Mas ta tudo bem, né?

- Está sim -   Nilce fala

- Oi moço - Alice fala - dá beijinho aqui pra sarar?

- Hum ta bom -  falo beijando o local - pronto, vai sarar logo logo.

- Ah, obrigada. A mamãe e a tia Mari já tinham dado beijinho, com o seu vai ajudar a sarar mais rápido.

- Legal - falo

- Mamãe vai demorar aqui? - Alice fala

- Acho que não amor.

- Não mesmo - Mariana fala - Vai brincar lá na outra salinha que já já  acaba aqui.

- Ta bom.

- Então Senhor Leon, eu preciso que você assine esses papéis aqui - ela fala me entregando - Leia o que está escrito, veja se concorda com tudo e assina.

- Ta bom - falo indo até o balcão apoiar o papel.

Terminei de ler e assinei os papéis, depois Nilce fez a mesma coisa. Enquanto ela assinava Alice veio na direção dela.

- Mamãe, coloca o meu colar de novo? Ele caiu.

- Ta bom amor - Nilce fala colocando o colar.

- Obrigada mamãe - ela fala saindo.

- É... Nilce - falo - Esse colar é o que eu te dei, não é?

- Sim - ela fala dando uma pausa para assinar o papel, depois continuou - Eu ia jogar fora depois que você sumiu, mas resolvi dar a ela. Seria a única lembrança do pai que ela teria. Eu contei depois, que você tinha me abandonado e que esse colar era seu.  Achei que ela não ia querer mais, porém, ela se apegou mais ainda nele, está sempre com ele.

- Ah ta - falo com um nó na garganta.

- Temos que fazer mais alguma coisa? - Nilce

- Não não. Agora é só o Leon pagar em dia que está tudo certo.

- Ok, pode deixar. - falo - Bom, acho que já vou indo então. Tenho que trabalhar.

- Faça isso - Mariana - Se não não vai ter com o que pagar a pensão e aí vai ficar ruim pro seu lado - ela fala rindo.

- Sim... Tchau Mariana, tchau Nilce.

- Tchau. - elas falam

- Tchau moço - Alice fala chegando na sala - Meu dodói vai sarar depois do seu beijinho.

- Vai mesmo - falo passando a mão em seu cabelo - Tchau pequena, até depois.