Capítulo 10

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Pov"s Leon

Era por volta de umas 5 horas da manhã quando escuto a Nilce me chamar na porta do quarto.

- Oi, o que foi? Já ta na hora de se arrumar pro serviço? - falo.

- Quase na hora, mas acho que você vai ter que chegar um pouco atrasado. Tem como você ir com a gente pro hospital a Alice não ta bem.

Só aí eu percebo o ar de preocupada da Nilce.

Levanto imediatamente da cama.

- Mas o que ela tem?

- Continua tossindo muito e está com muito dor no peito por causa disso. Além de febre e dor de cabeça.

- Eu já vou me arrumar e chamar o Uber. - falo me apresando.

- Ta bom.

Me levanto e rapidamente me arrumo, chamo o Uber e ele não demora muito a chegar. No caminho percebo a Alice tossir muito e sinceramente aquilo me preocupa muito, mas eu tento pensar que não é nada de mais.

Chegamos no hospital e ficamos esperando a Alice ser atendida.

Depois de uns 15 minutos o médico chamou ela e nós entramos.

O médico fez alguns poucos exames e logo deu o veredito: pneumonia.

- Mas não é grave, né? - Nilce fala.

- Então - o médico fala - A gente vai ter que internar ela. Talvez amanhã mesmo ela volte pra casa, mas pode ser que não.

- Mas se ela não puder ir amanhã pra casa, é sinal de que? - falo.

- Que a pneumonia se agravou. Espero que não piore e que a gente consigna resolver logo. Mas se piorar ela vai ter que ficar mais tempo aqui.

Depois que o médico terminou de falar, ele levou a Alice para fazer alguns exames. Olhei para a Nilce e percebi que ela estava bem aflita.

- Vai ficar tudo bem, amanhã ela volta pra casa. - falo.

- E se piorar? Pneumonia mata, Leon. - ela fala e uma lágrima escorre de seu rosto.

- Vai ficar tudo bem - falo limpando a lágrima do seu rosto - Vai ficar tudo bem.

- Eu espero - ela fala me abraçando.

Ela ficou um tempo abraçada comigo e depois falou.

- Você tem que ir trabalhar.

- Mas eu precisou ficar aqui.

- Pode ir Leon - ela fala - Eu vou ficar.

- Mas você vai ficar bem?

- Vou sim, pode ir. Sério.

- Eu vou então, mas qualquer coisa você me liga. Ok?

- Ta bom.

Fui para o serviço mas o meu pensamento não saia da Alice. Fiquei o dia inteiro pensando que era uma pneumonia fraca e que logo ela iria para casa, numa tentativa de não me preocupar. Mas a verdade era que eu estava muito preocupado.

Pedi para sair um pouco mais cedo do serviço e fui correndo para o hospital.

Acho que está tudo bem com a Alice - pensei - Se não a Nilce teria me ligado.

Cheguei no hospital e não vi a Nilce pela recepção, então fui em direção a balconista.

- Olá, com licença. Eu sou o pai de Alice Moretto, e queria saber informações dela.

- O Senhor sabe o quarto que ela está?

- Não, quando eu sai daqui ela estava apenas fazendo exames.

- Bom, vou ver se descubro qual o quarto...

Nesse momento eu vejo Nilce descendo as escadas e passando pelas catracas que separavam a recepção dos quartos.

- Ah moça, a mãe da menina está vindo ali. Obrigada.

Nilce me vê e vem na minha direção.

- Oi Leon, saiu mais cedo?

- Sim, como é que ela está?

- Às tosses pioraram um pouco e ela está no quarto tomando remédio para tirar dor. Se você quiser ir ve-la a gente fala com a recepcionista.

- Quero sim - falo indo em direção a balconista.

Peguei o crachá para subir e fui em direção ao quarto dela. Assim que me viu Alice abriu um sorrisão no rosto.

- Papai! - Que bom te ver.

- Oi minha pequena. Como é que você está?

- To com muita dorzinha papai.

- Logo logo  vai passar, viu? - falo passando a mão em seus cabelos.

Ficamos ali um pouco com ela e depois eu fui buscar algo para eu e a Nilce comer.

Ficamos cerca de uma hora lá embaixo esperando o médico vim falar se a Alice tinha melhorado ou piorado.

O médico veio em nossa direção com uma planilha na mão.

- Vocês são os pais da Alice, certo?

- Sim. Ela melhorou? - Nilce fala.

- Tivemos que levar ela as pressas para a UTI.

...

Pending the pastOnde histórias criam vida. Descubra agora