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Eu não acreditei nos meus próprios ouvidos. Não achei que seria tão fácil, e ainda tinha certas dúvidas.

- Frank? O que você está fazendo com esse celular?

Observei pelo canto do olho enquanto Lindsay sussurrava algo com Alicia; em seguida ela saiu de casa com James enquanto Alicia subia as escadas e eu conversava com um possível serial killer.

- Não é meu. - Ele parecia meio na defensiva. - Estava na cozinha aqui de casa. Chamou uma vez e eu desliguei, porque não sabia quem era. Mas, ao ler o nome de quem ligava, estava escrito que era uma emergência, portanto atendi. Por quê?

Aquilo me deixou ainda mais confuso, com uma pulga insistente atrás da orelha.

- Este é o celular da Alicia. Ela não convidou ninguém pra festa, o assassino convidou, e o fez com o celular dela. Quem está aí em casa?

- Eu, sua mãe e o Freddie. Cada um em seu quarto.

- Certo... Que tal você vir para a festa? - Os outros, tensos, protestaram sem fazer som algum no segundo em que as palavras saíram da minha boca. - Já é tarde para cancelar - prossegui, ao telefone -, e a sua presença aqui pode ser bastante útil.

- Claro. Já estou a caminho.

- Muito obrigado. - E então eu desliguei. - Era o Frank. Na festa, não quero que ninguém aqui o perca de vista. Estamos entendidos?

- Com certeza - respondeu Mark.

- Aonde estão a Alicia, a Lindsay e o James?

- Alicia subiu para se trocar para a festa, e Lindsay foi comprar as bebidas e decorações com o James.

Demorou um longo - e silenciosamente desconfortável - tempo até Frank chegar. Até que a campainha tocou. Todos suspiraram de alívio, não aguentando aquele silêncio sufocante.

Bobby abriu a porta, permitindo que ele entrasse.

- As pessoas vão demorar a chegar? - perguntou Frank, entrando.

- Elas estarão logo aqui - respondeu Mark, olhando para o relógio em seu pulso.

Meu desejo era mandar uma mensagem para cada um dos convidados dizendo que a festa havia sido cancelada; eles não sabiam onde estavam se metendo, entretanto eu sabia que se fizesse isso, as consequências seriam bem piores.

Já estávamos presos na armadilha, então resolvemos dançar conforme a música.

E então James e Lindsay chegaram, trazendo várias caixas de pizzas e bebidas; de acordo com eles, não levaram nada alcoólico porque sabiam que no fim das contas haveria polícia no local.

Alicia desceu, e estava linda, porém sua expressão denunciava o que sentia, não importa o quanto tentasse disfarçar.

Aos poucos, as pessoas começaram a chegar e, quando me dei conta, já estava na festa. A casa estava extremamente cheia, todos haviam chegado.

O número de adolescentes despreocupados com uma série de assassinatos ocorrendo na própria cidade era de impressionar.

Mark e James revezavam para ficar na cola de Frank, que não parecia se incomodar.

Já era noite, talvez umas dez horas, e todos pareciam se divertir. Eu, porém, não esqueci o motivo de estar ali, portanto não me dei ao luxo de sequer parecer despreocupado.

A música era alta, e luzes piscavam sem parar, mas nem isso era capaz de me distrair de meus pensamentos. Estava ansioso para saber qual seria o show da vez, quem seria a próxima vítima. Talvez fosse eu, e eu me senti culpado no minuto em que desejei isso.

E então as luzes se apagaram, e o som parou de repente. O show havia começado.

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APARECEU A MARGARIDA!!!!!! Finalmente tô postando de novo, nenom. Fiquei sem internet esses dias e enfim, agora que to de ferias vou adiantar bastante. Espero que não estejam com raiva de mim szszsz.

Votem e comentem.

see ya sz

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