Scream

11

O silêncio tomou conta por um breve momento; as pessoas não compreenderam, foram pegas de surpresa. Em seguida, vieram os murmúrios e reclamações por todos os lados. Eu procurava por Alicia, ou qualquer outro do grupo, especialmente por Frank. Mas eles simplesmente estavam submersos naquele oceano de escuridão. Eu esbarrava em um adolescente irritado a cada passo que dava, e quando me dei conta estava com o cheiro de refrigerante por todo o meu corpo, uma mistura de sabores que eu seria incapaz de identificar.

Esbarrei finalmente em Mark; era difícil ver quem era na escuridão, porém seus olhos brilharam e eu logo o reconheci.

- Você viu o Frank? - perguntei, me aproximando do seu ouvido, pois o som das pessoas gritando havia tomado conta do ambiente.

Eu não conseguia ler sua expressão e isso me deixava levemente irritado.

- Eu me perdi dele e do James já tem um tempo. Os estava procurando, mas a luz apagou e...

Ele foi interrompido por Alicia, que parecia aliviada por nos encontrar.

- Graças a Deus! - ela disse, me dando um forte abraço. Atrás dela, eu não pude deixar de notar, vinha Lindsay. - Encontramos vocês dois, mas cadê o Bobby e o James?

- E, principalmente - interveio Lindsay -, cadê o Frank?

Todos se entreolharam no breu, mas ninguém ali tinha a resposta para aquela pergunta que pairava sobre nossas cabeças. O celular de ninguém tocava, e isso me deixava ainda mais apreensivo.

A escuridão se estendeu por muito tempo, talvez horas, e todos começaram a se sentir desconfortáveis.

As pessoas começaram a se encaminhar para ir embora, reclamando sem parar - a reputação de Alicia foi por água abaixo -, e eu não sabia se isso iria agradar o assassino. E um assassino com os planos frustrados era tudo o que eu menos precisava naquele momento.

Alicia tentava convencê-los a ficar, porém não obteve sucesso e foi obrigada a destrancar a porta - que havia sido trancada por indicações de Frank.

Eu observava de longe, sem saber o que pensar.

Até que foi possível ouvir um grito, seguido de outro e outro, e todos correram para fora para ver o que havia acontecido. Foi difícil passar entre aquelas pessoas, mas finalmente eu e Mark conseguimos e, quando o fizemos, a primeira coisa que pude notar foi que a rua estava inteiramente escura, assim como a casa de Alicia, todos os postes estavam apagados. Exceto por um, que ficava exatamente do outro lado da rua na frente da porta da casa de Alicia.

A menina estava no meio da rua, olhando para esse poste com uma expressão que eu não poderia dizer qual era, por ela estar de costas para mim. Acompanhei seu olhar, mais por instinto do que por vontade própria, e então finalmente entendi o motivo dos gritos.

James estava ali, com os pulsos amarrados aos fios, um corte enorme e aberto descendo de seu pescoço até a altura de seu umbigo. Ele estava usando apenas uma cueca que um dia deveria ter sido branca, mas agora estava manchada de vermelho-sangue. Sangue esse que escorria pelo poste até alcançar a calçada e formar ali uma poça que logo se secaria e ficaria marcada na frente da casa de Alicia.

E foi assim que eu decidi que nunca mais iria dar uma festa para um assassino.

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E agora, jovens? O que vocês acham que vai acontecer com Sam e a sua turma? Só amanhã, na sessão da tarde.

Perdão pela demora, sabem como é bloqueio e tals, mas agora prometo frequência. Votem e comentem

See ya sz