À tarde de quinta feira passou voando, Daniel passou a tarde trabalhando e fazendo ligações falando sobre sua cirurgia de transplante que foi um sucesso, eu ajudei Lucy com o jardim e Lucy me ensinou a fazer torta de maça. Agora já era noite e eu estava deitada na cama, Daniel estava arrumando sua pasta.
– Sabe Daniel, eu hoje tive um sonho muito estranho.
– Sobre o que. - ele continuou arrumando a pasta.
– Sonhei que você estava casando com Verônica. - eu fugi de seu olhar e fitei minhas mãos.
– Não tem que se preocupar com isso. Por que isso nunca vai acontecer. - para meu espanto Daniel estava rindo.
– Mas foi muito estranho! - Daniel guardou sua pasta e se sentou ao meu lado na cama.
– Ei Colleen, Verônica é passado, ela não significa mais nada para mim. - Daniel me beijou de leve.
– Eu sei Daniel, só foi estranho.
– Esqueça isso, vamos dormir. - Daniel me deitou sobre seu peito e plantou um beijo na minha testa.
– Que horas você vai sair daqui amanhã? - eu mudei de assunto.
– Bem cedo, umas 05h00min horas por aí.
– Ah! Sim.
– Mas amanhã eu chego cedo.
– Eu vou ficar esperando. - Daniel me beijou e cansados demais adormecemos. Na manhã seguinte me despertei com o sol na minha cara. Desci para tomar meu café e Lucy estava chorando sobre a bancada, eu corri até ela.
– Lucy o que houve? - eu perguntei preocupada.
– Meu filho! Senhora Colleen! - Lucy estava em pânico.
– O que aconteceu com ele? - perguntei preocupada.
– Ele morreu! A polícia o encontrou atrás de um bar na periferia. - ela chorava, e eu não sabia o que fazer.
– Calma Lucy, vai passar. - eu dei um abraço desajeitado nela.
– Eu posso ir embora senhora Colleen? - ela falou em meio a lágrimas.
– Claro que pode.
– Então eu vou indo, minha irmã está me esperando. - Lucy ainda chorava, enquanto eu a acompanhava até o portão.
– Tem certeza que não quer um táxi? - perguntei ainda preocupada.
– Tenho senhora. Fale para o doutor Daniel o ocorrido, por favor.
– Tudo bem Lucy, pode deixar. - e Lucy então foi embora, eu fiquei triste por ela.
Estava sentada na bancada comendo cereal com iogurte, quando a lembrança da morte de minha mãe veio à minha mente. Eu lembro o quão difícil foi para mim naquela época, perder minha mãe foi umas das piores coisas que podia acontecer comigo. Eu fiquei atordoada com o pensamento e subi novamente para o quarto. Coloquei uma roupa qualquer e desci para a cozinha novamente. Decidi fazer um almoço rápido. Quando saí da cozinha já era praticamente 16h00min horas, eu me sentei no sofá e esperei por Daniel. De repente ouvi meu celular tocando, eu me debrucei no sofá para pegar o ele sobre a mesa do telefone, eu então o atendi.
– Alô! Colleen! - Era Evan.
– Oi Evan. - eu falei sem muita vontade.
– Ah, oi Colleen tudo bem? - Evan falava como se não estivéssemos brigado.
– Tudo sim.
– E como vão as coisas? - Evan falou devagar.
– Estão indo tudo bem. - houve uma longa pausa.
– Colleen, eu te liguei só pra te avisar que eu preciso falar com você.
– Sobre o que? - me endireitei sobre o sofá.
– Sobre o seu ''trabalho'', entendeu?
– Ah sim!
– Então como vamos fazer. Você vem até aqui ou eu vou até aí? - como Evan era cínico, Deus me livre dele vir aqui.
– Não! eu vou aí, quero ver Kate. - arrumei uma desculpa.
– Então tudo bem. Você pode vir amanhã?
– Claro.
– Então a gente se vê amanhã.
– Okay, tchau! - eu me despedi de Evan.
– Quem era? - Eu tomei um susto com a voz de Daniel.
– Ai! Que susto! - Daniel riu. - Caramba Daniel! - Daniel caminhou e sentou ao meu lado.
– Calma Colleen, você não ouviu eu abrindo a porta de vidro? - Balancei a cabeça fazendo um não.
– Caramba! Era a sua amiga? - Daniel voltou a falar.
– Era! – Menti.
– Hum.
– Amanhã você pode me levar até onde ela mora? - perguntei como quem não queria nada.
– Onde você morava? - ele colocou sua maleta em cima da mesa.
– Sim!
– Claro, mas por quê? - ele me olhou preocupado.
– Ah, eu queria sair um pouco daqui. - eu fiz biquinho.
– Tudo bem então! Eu te levo. - Daniel andou até cozinha. - Cadê a Lucy? - Daniel gritou.
– Vem aqui pra eu te contar o que aconteceu! - eu nem sabia como falaria isso. Então Daniel voltou com uma garrafa de água na mão.
– O que aconteceu? - Ele perguntou e mostrava certa preocupação em sua feição. Depois deu um longo gole de água.
– Daniel, aconteceu algo horrível com Lucy, não com ela. - expliquei.
– Colleen fale logo você está me deixando preocupado! - Daniel então se sentou ao meu lado, e eu finalmente consegui falar.
– O filho dela morreu! - eu disse, tentei não assustá-lo, mas ele ficou atônito.
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Trilogia Fatal - Livro 1 ( COMPLETO)
AcciónColleen Hilton, era uma jovem garota de 22 anos que tentava ter uma vida normal, apesar de ser assombrada pelas tragédias de seu passado e sem ter respostas para o que aconteceu, ela buscava ignorar o ocorrido e seguir com a vida. Com a notícia da p...