Naquela noite, eu não consegui dormir, fiquei rolando pela cama, fiquei pensando sobre o dia de hoje e sobre o dia de amanhã. Estava ansiosa demais! Acho que essa noite eu não conseguiria dormir. Na manhã seguinte eu acordei sobressaltada, que horas deviam ser? Será que já era tarde demais? Eu estava agoniada. De repente então, eu ouvi batidas na porta.
– Café da manhã! – gritou uma voz. Fiquei aliviada por ainda ser cedo. Eu me levantei e peguei a bandeja. Eu comi só um pedaço do pão e bebi todo o suco. Depois fui até o banheiro, enquanto escova meus dentes, eu olhei para meu rosto, estava abatido, com olheiras profundas, meu rosto parecia mais magro. Mas também, não tinha como evitar, eu vivi um inferno aqui e não podia fazer nada. Minha aparência estava horrível! Mas eu não me importava. Meu cabelo estava sobre os ombros e a franja estava cumprida, para não perder tempo, amarrei ele em um rabo de cavalo. A manhã demorou três invernos para passar. Eu fiquei sentada sobre a cama esperando algum sinal de Evan. A porta de ferro se abriu e o delegado apareceu por ela.
– Bom senhora Colleen, chegou o dia da sua liberdade! – disse o delegado e eu sorri. – Olha,tome! Seu amigo trouxe essa roupa para você! - eu peguei a sacola da mão do delegado, - Daqui 10 minutos estou de volta! - eu assenti um sim com a cabeça e então o delegado saiu e fechou a porta. Eu corri para o banheiro e fui me vestir. Fiquei grata por Evan trazer somente uma calça jeans e uma camiseta simples. Eu coloquei meus tênis e pulei para fora do banheiro. O único problema era que minhas calças estavam um pouco folgadas, mas estava tudo bem. Ouvi o barulho da porta e o delegado apareceu pela porta.
– Vamos lá? – o delegado disse e eu o segui até a sua sala. Quando ele abriu a porta, eu consegui ver Evan sentado na cadeira. – Pode se sentar senhora Colleen! - eu me sentei na cadeira junto a Evan. - Bom senhora Colleen, ontem de noite demos uma coletiva falando sobre o erro que cometemos e falamos que o Serial Killer, ainda estava solto.
– Mas por que não participei? - Perguntei confusa.
– Por que não precisava, claro que a imprensa vai te encher de perguntas, mas nada grave.
– E vocês tem mais pista do meu pai, quer dizer do assassino?
– Ainda não, ele sumiu. Mas a polícia está de olho, pode ficar calma.
– Tem ideia de quanto tempo ele esteja atacando? - Eu perguntei com certa curiosidade.
– Não, ele tem atacado mais em Los Angeles, por aqui ele não atacou ninguém. Mas a polícia de Los Angeles vai entrar em contato com vocês, então você pode tirar sua dúvida. - o delegado disse me encarando.
– Okay, então, já estamos liberados? - eu mudei de assunto.
– Sim! Boa sorte com a impressa aí fora. – o delegado deu um sorriso com os lábios apertados.
– Vou tomar. - Dei um breve sorriso para o delegado e fui embora com Evan.
Quando eu e Evan chegamos do lado de fora da delegacia, eu tomei um susto! O lugar estava abarrotado de jornalistas e fotógrafos. Eu apertei com força a mão de Evan. Não sabia pra onde olhar e me sentia perdida com todas aquelas câmeras voltadas para o meu rosto.
– Colleen está vendo aquela BMW do outro lado da rua? – Evan chamou minha atenção de volta, mas não olhei para o seu rosto.
– Sim! – consegui ver o carro preto do outro lado da rua.
– Vamos correr até ele.
– Tudo bem então! - eu e Evan saímos em disparada até o carro, assim como vespas os repórteres vieram atrás de nós. Eu e Evan entramos no carro e o motorista saiu com o carro cantando em direção ao aeroporto.
– Tem um jatinho esperando por nós! – Evan me olhou com um sorriso no rosto.
– Ah sim, e ah gente corre de novo? – eu falei brincando.
– Dessa vez os homens de Greg estarão lá. – Evan piscou para mim.
– E Greg?
– Não, dessa vez vão ser somente os capangas. - Evan riu.
Chegamos rápido demais ao aeroporto de Marriott, e sim os seguranças ou sei lá o que eram, já estavam lá esperando por nós, ele nos acompanhou até o jatinho. Quando enfim sentamos na poltrona, eu fiquei um pouco aliviada, mas não o suficiente para dizer que eu estava relaxada.
– Você sabe que em Los Angeles, estará pior do que estava aqui, não sabe? - alertou Evan.
– Eu sei. – eu respirei fundo.
– Você vai falar alguma coisa para imprensa. – Evan voltou a perguntar, ele tinha o braço apoiado sobre o braço da poltrona.
– Sim!
– Colleen se você não quiser falar.
– Não Evan, eu vou falar.
– Tudo bem então! – Evan deu de ombros.
– Mudando de assunto, como vocês conseguiram passar pela polícia? - Eu perguntei curiosa, Evan bufou.
– Muito fácil! Mas quando chegarmos em casa eu conto essa história melhor. - Evan sorriu para mim.
O vôo para Los Angeles foi tranquilo. Quando eu desci do jatinho, eu olhei em volta, depois de quatro meses eu estava de volta. Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas sentia falta desse lugar. Para sair do aeroporto foi o maior sufoco, os seguranças quase agrediram os fotógrafos. Quando já estava dentro do carro, uma repórter encostou no meu lado da janela do carro.
– Algo a declarar? – ela perguntou.
– Não, somente provei que sou inocente!
– Como você se sente em relação sobre o assassino?
– Eu ainda estou um pouco em choque com tudo isso, agora não tenho mais nada a declarar! - eu subi o vidro da janela do carro, depois o motorista seguiu com a viagem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Trilogia Fatal - Livro 1 ( COMPLETO)
AcciónColleen Hilton, era uma jovem garota de 22 anos que tentava ter uma vida normal, apesar de ser assombrada pelas tragédias de seu passado e sem ter respostas para o que aconteceu, ela buscava ignorar o ocorrido e seguir com a vida. Com a notícia da p...