Capítulo 49

138 9 0
                                    


 – Nossa! Meu deus! Coitada de Lucy! - Daniel estava aflito. - Mas você sabe para onde ela foi?

– Ela disse que foi pra casa da irmã dela. - eu apertei meus lábios.

– Úrsula! Eu vou ligar para ela e ver como Lucy está. - Daniel estava tenso, ele pegou o telefone e ligou para a irmã de Lucy. - Alô! Úrsula? Sou eu o Dr. Wright Coleman. Lucy está?... Sei... Tudo bem então! Fale pra ela só voltar segunda! Okay... Tchau! - Daniel se sentou ao meu lado. - Caramba! Úrsula disse que Lucy está arrasada! - Daniel estava perplexo, parecia um pouco chocado.

– Mas o que aconteceu?

– Úrsula não me disse, ela apenas me disse que Lucy não estava bem para atender ao telefone, amanhã cedo eu ligo para ela. - Daniel se sentou no outro sofá. - Caramba! Ainda não acredito!- Daniel juntou os punhos sobre sua boca.

– Daniel você está bem?- eu fiquei um pouco confusa.

– Estou Colleen, só que essa notícia me pegou de surpresa.

– E você conhecia o filho dela? - Perguntei um pouco curiosa.

– Sim, ele não era muito mais velho do que você. Eu me lembro de ter visto ele no hospital quando ele era mais novo.

– Isso foi quando?

– Há uns oito anos atrás.

– E Lucy trabalha pra você há quanto tempo?

– Nossa, ela trabalha para minha família desde que eu era um garoto. Criei certo afeto por ela. Quando meu pai faleceu, ela veio trabalhar aqui. - Daniel sorriu. Eu parecia um pouco chocada. - Oh meu Deus Colleen! Desculpe-me!

– Por quê?

– Por dizer assim desse jeito, que meu pai faleceu. - Daniel ficou um pouco atordoado. Me senti mal por saber da morte do pai de Daniel, sem nele desconfiar.

– Oh Daniel, meus pêsames. Eu não sabia. - Eu menti.

- Tudo bem Colleen! A gente ainda não teve tempo para conversar sobre família, e aí acontece esse incidente com Lucy. - Daniel parecia perdido.

– Se você quiser falar sobre isso agora não tem problema.

– Não, não é isso Colleen. Só estou preocupado com Lucy. - Daniel continuava preocupado, tentei confortá-lo.

– Ela vai ficar bem Daniel, eu sei que é um momento muito difícil para ela, mas com a nossa ajuda, ela vai ficar bem! - eu sorri e Daniel me encarou e disse:

– Espero que sim.

 A tarde passou rápido, agora já era noite e eu estava sentada no sofá e Daniel terminava de arrumar a papelada em sua pasta.

– Amanhã você vai trabalhar até que horas? - Eu perguntei enquanto Daniel sentava ao meu lado no sofá.

– Até as 16h00min horas, pelo menos não vou trabalhar no domingo e só volto para o hospital segunda-feira de tarde. - ele sorriu.

– Ai sim, eu gostei. - eu sorri e Daniel passou seus braços ao redor de mim.

– Sinto falta disso. - ele disse e eu o encarei confusa. - Sinto que estou te deixando muito só.

– Não Daniel, não está. – eu o abracei.

– Estou sim! Meu trabalho me consome muito e não tenho nem tempo de ficar com você. - voltei a olhar pra ele.

– Daniel, mas não é sua culpa.

– Eu sei! Mas às vezes sinto que é, pois você fica aqui sozinha, sem ter lugar para ir. - Daniel afagou meu rosto.

– Daniel eu não me importo. - eu o beijei de leve. - É até melhor.

– Você acha? - perguntou ele surpreso.

– Acho! Aqui pelo menos não tem ninguém me irritando, e além de mais, eu cresci sozinha! Então, ficar sozinha durante umas horas não vai me fazer mal. - dei de ombros.

– Cresceu sozinha? - Daniel me encarou confuso.

– Sim! É uma história muito complicada Daniel. - eu Fugi de seu olhar, Daniel levantou minha cabeça com sua mão.

– Conte-me, eu quero saber. - ele estava curioso para saber, já que eu não era uma grande reveladora de segredos. Respirei fundo e voltei a falar:

– Bom, tive uma infância boa, até meus 10 anos. Tive uma grande decepção nesta época.


Trilogia Fatal - Livro 1 ( COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora