CONSEQUENCIAS

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-Olá! – Faço a melhor voz ao atender minha mãe.
-Vem para casa em menos de 30 minutos! – e escuto aquele lindo...

TU, TU, TU, TU...

-Nossa, ligação de surdo mudo? – Diz Juli ironicamente ao meu lado.
-Haha! Ela só disse para mim estar em casa em menos de 30 minutos. – Digo para ela com um pouco de duvida na voz.
-Olha Viado, se eu fosse você, iria, porque teu histórico com teus pais e escola não esta nada bonito pra você ficar de onda quando a sua própria mãe te exige isso. – Eu entendi na hora que as coisas pro meu lado não estavam nada bem mesmo, porque a Juli, que era quem mais me levava pra aprontar dizia pra mim ir pra casa.




Fomos andando até em casa, quase cai numa parte quebrada da calçada, Juli também quase foi pro chão de tanto rir de mim, mas graças que chegamos a portaria do meu prédio inteiros e vivos. Subi, e já na sala o Sr. & Sra. Everdeen estavam me esperando sentados em um dos sofás. Quando eu entre eles logo me olharam serio. Meu pai é o primeiro a falar.

-Eaton, eu e sua mãe estávamos conversando ate agora pra sabermos oque fazer com você em relação aos seus estudos, e só achamos uma saída. – Ele diz passando a vez para minha mãe que tinha o semblante mais serio que o do meu pai.
-Você já sabe sobre tudo que penso Eaton, já te deixei a par de sua situação nas escolas. Então só tenho que lhe dizer é que essa nossa decisão será a melhor para você, você amadurecera muito. – Ela diz sem demonstrar nada em seu rosto, nenhum fio de sentimentos.
Eu me via diante da juíza Evelyn Everdeen, do que de frente com a minha mãe.
-Você amanhã de manhã, vai embarcar para o sul, vais estudar em um colégio interno. – Ela dizia se levantando e tirando uma mala de trás do sofá, eu fiquei boquiaberto quando vi aquilo.
-Como assim colégio interno? Eu vou ter que morar lá? Estudar o dia todo? – Eu estava estarrecido. Eu esse ano nunca havia passado mais de 4 meses em um colégio de período normal, e agora eu estava a algumas horas de estar estudando em um colégio interno.
-Isso mesmo, esse colégio já estava na lista minha e de seu pai, desde o inicio esperávamos nunca termos que ter chego ate ele, mas não vimos saída. – Ela dizia tudo muito calma e séria.
Eu não tinha o que protestar, se ela já tinha tomado essa decisão, então eu não tinha mais o que fazer.

 
Naquela noite eu contei pra Juli sobre meu colégio novo. Eu não sabia onde ficava, qual era o nome, nem nada. Minha mãe me dissera que eu só saberia quando chega-se ao aeroporto.
Eu jantei sozinho àquela noite, fui para o meu quarto, e conversei mais com a Juli ate pegar no sono.
No dia seguinte eu acordei com minha mãe tirando minha coberta de cima de mim e me jogando no chão.

-Tens uma hora e meia até seu voo sair, então vai se arrumar logo. – Ela disse já virando as costas e saindo do meu quarto.

Me obriguei a levantar do chão, tomei um banho, e me arrumei como se eu estivesse saindo de férias.
Pus uma calca skinny bem rasgada nas pernas, um coturno pra fora, meio aberto, uma camiseta preta também meio surrada, e um suéter cardigã, grandão aberto de botões, amava aquele suéter, só por ser bem grandão -risos- peguei meu ray-ban tradicional, minha carteira com documentos e sai. Aquela hora Juli deveria estar acordando ainda, então eu nem consegui me despedir direito dela, apenas deixei uma mensagem de voz.


Peguei um taxi e fui em direção do aeroporto, em menos de 10 minutos, eu já estava de frente com as portas de vidros do local, era por volta de 8horas da manha, e aquele lugar já se tinha um mar de gente andando para todos os lados. Me encontrei parado por alguns minutinhos, ate que alguém esbarra em mim, fazendo eu derrubar a mala no chão, não consigo ver quem foi o responsável, mas logo pego a mala e sigo para o guichê da companhia aérea da qual a mãe comprou minha passagem.

-Olá, bom dia, com o que posso lhe ajudar? – Uma moça muito bonita, com um ar de moça do campo, mas que de longe percebi ser forcado apenas.

Descobrindo o Costa Sul (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora