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MAITE
Eu estava completamente devastada... sai daquele restaurante sem rumo, sem direção... as palavras de William ecoavam em minha cabeça enquanto as lágrimas caiam mais e mais pelo meu rosto... como ele foi capaz de me trair? Como pôde me machucar dessa maneira? Eu perguntei tantas e tantas vezes se havia algo entre eles... e ele sempre negou... como eu fui burra... o amor não é para mim... eu já tinha que conformar com isso...
A dor que eu estava sentindo naquele momento só se compara com o dia em que perdi meus pais... mais uma vez me senti sozinha,abandonada... mas eu ainda tinha a minha mãe... e por ele eu seguiria em frente...
Hoje eu tive a maior decepção da minha vida... mas também terei a minha liberdade de volta... hoje vou me livrar daquele infeliz... e enfim serei feliz... porque eu serei feliz sim... mesmo sem William...
Enquanto caminho sem rumo no meio da rua, sinto aquela forte tontura novamente... por mais que eu já soubesse o porque daquele mal estar, eu precisava confirmar... eu precisava ter certeza de que levava dentro de mim um filho de William.
WILLIAM
Ela não ia me perdoar nunca... por mais que eu esteja determinado a lutar por seu amor... eu sei que nossa história chegou ao fim... eu perdi a única mulher que amei em toda minha vida... e foi por um erro meu... somente meu... como pude me envolver com Ximena? Como?
Como vão ser as coisas a partir de agora? Como terei paz sabendo que minha mulher continua vivendo debaixo do mesmo teto daquele maldito e sem a minha proteção?
Eu prometi a ela que não a abandonaria, que não a deixaria... mas falhei... falhei em minha promessa... eu a decepcionei, a enganei, feri seu coração... feri o ser humano mais doce, mais puro, mais adorável que já conheci e com isso também privei minha filha de ter uma mãe... uma mulher que cuidaria dela, que a ama como se fosse a sua própria filha...
Eu te perdi May... e sinceramente, não sei se um dia, poderei te recuperar, poder te chamar de minha novamente... eu te perdi... te tive e te perdi...
MAITE
Não sei como tive forças, mas cheguei em casa... talvez impulsionada pela expectativa de estar carregando dentro de mim um anjinho, um ser inocente, a última coisa que restou da linda e triste história de amor que vivi...
Passo no quarto e vejo minha mãe dormindo sem a acompanhante que havíamos contratado para ela... dou um beijo em seu rosto enquanto um sorriso lindo brota em seus lábios, trazendo um pouco de alívio a felicidade em meu coração.
Corro para o banheiro e começo a fazer o teste de farmácia... são os minutos mais longos da minha vida... me sinto nervosa, apreensiva para saber se estava grávida ou não...
Eu me sentia grávida... me sentia com uma força para seguir em frente, uma vontade de lutar, de ser feliz, que só uma vida crescendo dentro de mim, poderia explicar tudo isso que sentia...