Escritório de Johannah Tomlinson, 12h — Precisamos falar sobre o Harry.
— Eu tô saindo!
— Louis? — Ele ouviu sua mãe o chamar enquanto passava pelo escritório dela para ir a cozinha.
— Johannah? — Ele entrou no cômodo sorrindo com falsa inocência, já sabendo que levaria algum tipo de bronca, porque geralmente ele se dirige a ele como "Lou" – qualquer variação disso significava problemas. Ele se sentou na cadeira em frente à sua mãe que trabalhava em casa, sentindo-se como um criminoso prestes a ser interrogado.
— Quem é Harry?
— Charlotte te contou? — Como é que ele achou que a irmã não contaria? Eles foram educados a nunca esconder coisas dos seus pais, que davam uma puta liberdade para eles desde sempre, tanto que Louis nem ao menos falou "deixa Jay e Dan fora dessa".
— Por que você não me contou? Qual é a regra da família? — Louis detectou aquele tom que quase nunca aparecia, a mãe super protetora e conselheira. Ele gostava desse lado dela, mas era meio chato – talvez ele só não tivesse acostumado a precisar disso –, porque ela acabava ficando toda sensível.
— Contar tudo, eu sei... É que isso era pra ser uma coisa só minha, entende?
— Louis, você sabe que um relacionamento é a última coisa que você precisa agora.
— Eu sei — Ele elevou o tom um pouco, não para ser grosso, apenas querendo que sua mãe entendesse. Ele tinha noção de tudo. —, e ele não é meu namorado, é só um cara do qual eu gosto muito e com quem eu tenho passado um tempo.
— Filho, você não se vê deixando ele, consigo ver em seus olhos! — E depois que Lottie tinha citado o rapaz com quem Louis estava se envolvendo, ela passou a observar como seu filho parecia distraído e encantado. Era claramente por causa do garoto. — E por mais que eu te dê toda a liberdade do mundo para tomar decisões eu tenho certeza que você sabe que é loucura se envolver, falta um mês para a faculdade começar, você não pode largar-
— Eu não vou largar a faculdade, maluca. — Ele entendia o porquê de ela estar tão preocupada, mas ele era responsável e consciente. — Olha, vai ser muito difícil quando um tiver que deixar o outro ir, mas vai acontecer, okay? Eu sei que não é o momento pra gente.
— O que é bastante injusto. — Disse ela em voz alta, como se tivesse lido a mente do seu filho.
— Bastante. — Louis não expunha, mas ele estava de nariz torcido para o universo, se perguntando por que diabos colocara Harry na sua vida para arrancá-lo dela poucos dias depois. Porém, tentava revogar esses pensamentos com "tudo nessa vida tem uma finalidade".
— Eu ainda fico querendo proteger você das coisas inevitáveis. — E lá vem a sensibilidade de Johannah Deakin. — Eu sou uma idiota.
— Não, não é. Você é uma ótima mãe. Mas, logo, eu vou estar em Manchester, por minha conta e por um bom tempo, você tem que aceitar a ideia de que eu não vou estar sempre feliz, quem eu seria, aquele dinossauro roxo idiota?
— Louis, eu já me ferrei várias vezes por causa de saídas, namoros, casamento e tudo isso, você sabe como foi com o seu pai, e alguns namorados de antes... Não foi uma ou duas vezes que eu fiquei em pedaços... — Ela disse, sentindo a imensa necessidade de que ele a entendesse. — Eu só quero a vida quebre seu coração o menos possível, Louis. — E não é isso que todas as boas mães querem? Ninguém poderia julgá-la.
— Você pode consertá-lo todas as vezes que acontecer, mãe. — Ele disse olhando nos olhos claros dela e segurando sua mão. — Eu vou precisar muito que o conserte porque, eu não digo, mas você sabe, sou muito sensível.
E a sessão mãe e filho acabou com um abraço apertado. Louis tinha pressa para ver Harry e Johannah achava que iria chorar se aquilo continuasse, então expulsou o filho dizendo que ele ia se atrasar, mesmo sem nem saber o que ele ia fazer ou o horário marcado, e que ela tinha muito trabalho a fazer.
...
— Você 'tá bem, Lou?
Os rapazes resolveram se encontrar no galpão do Ben para que tivesse um momento à sós, porque lá era um lugar tranquilo durante o dia e a tarde. Fora que o dono do espaço era amigo de Harry e deixava ele ficar no andar de cima mesmo sem consumir nada.
— Só pensando. — A conversa com a sua mãe ainda estava em sua mente e ele acabou ficando meio sentido ao pensar sobre Harry e ele e em como eles, aparentemente, tinha um prazo de validade. — Tipo, você acha que vai sofrer, nem que seja um pouquinho, quando tiver que ir embora?
— Nem que seja um pouquinho... — Harry tentou afinar a voz para conseguir imitar, Louis deu um tapa na testa dele para que parasse de envergonhá-lo porque não era fácil fazer uma pergunta daquelas. — Sinceramente, acho. Eu gosto de você e nunca é legal deixar alguém que você gosta.
— Eu também gosto de mim, eu sou bem divertido. — Louis não queria uma conversa séria, não agora, e era mestre em quebrar momentos com humor... e sensualidade.
Harry se jogou no sofá do galpão rindo e dando uma rolada de olhos do maldito convencido. Louis mordeu os lábios e resolveu andar até o cantor para uma daquelas provocações que ambos adoravam e que – infelizmente – acabavam não dando em nada porque sempre tinha gente onde Louis morava e na casa de Sam, o que deixavam as coisas um pouco chatas. Eles queriam poder foder ali mesmo, aproveitando que o local não estava tão movimentado, porém, mesmo que parecesse excitante aquela sensação de que alguém poderia aparecer, eles não queriam ser pegos fodendo em local público, era constrangedor. Louis sentou sobre o colo de Harry, uma perna de cada lado e as mãos nos ombros o olhando atrevido como se fosse rasgar sua camiseta.
— Eu sou bem divertido — Usou um tom mais safado de voz fazendo a pupila de Harry dilatar levemente. —, principalmente na cama. — Ele deu uma reboladinha demonstrativa, mal sabendo que seu olhar e sua voz seriam o suficiente para deixa-lo aceso.
Louis agarrou os fios soltos na nuca de Harry firme, porém suave, e levou seus lábios até os do rapaz e os capturou, num beijo calmo e lento, sem nenhum pingo de inocência, não interrompendo os movimentos sutis de seus quadris. Harry segurava em sua cintura, descendo os dedos vez ou outra para sua bunda, fazendo o contato entre os membros cobertos pelo jeans ser maior. Eles precisam tanto transar (desde o primeiro dia)! Os suspiros e gemidos contidos e roucos de Harry eram música para os ouvidos do garoto Tomlinson e o estava deixando ainda mais necessitado. Dry hump é realmente gostoso, mas Louis precisava do pau de Harry dentro dele – de preferência num lugar privado, onde poderia gemer alto e falar sacanagem para o seu garoto.
— Louis! — Harry o chamou quando ele começara a acelerar e ficou um pouco mais difícil ignorar a vontade de arrancar as roupas do menor e fodê-lo como ele merecia. — Sam não está em casa!
Ele lembrou que Sam o avisou que iria para algum lugar a tarde, deixando a casa vazia por algum tempinho, se tivesse sorte, o suficiente para que o casal pudesse ao menos dar uma rapidinha. Aparentemente, Louis não tinha entendido o que ele disse, mas alguns segundos depois Louis ergueu a cabeça, os fios lisos bagunçados de um jeito sexy, dando um selinho longo nos lábios de Harry perguntando:
— E por que nós ainda não estamos lá?
...
RIP Johannah Tomlinson, a melhor mãe que eu já vi, a mãe do fandom também. Esse anjo vai fazer falta aqui na terra, mas agora estará eternamente abrilhantando o céu. O nosso amor por ela é eterno e também o agradecimento por ter colocado no mundo e educado de forma tão boa o ser humano maravilhoso que o Louis é. Nunca te esqueceremos, Jay.
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White Skimo || Larry Stylinson.
Fanfiction- Você cantou a minha música, de uma das bandas que eu mais amo na minha vida! Eu devia te pedir em casamento agora mesmo, cara. - Eu aceitaria, por você gostar de Skid Row... Ou pelo jeito que você está me olhando agora.