Episódio 10.

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Universidade de Manchester, 22h – Hora do show.

— Tá ouvindo isso? — Louis perguntou para seu colega de turma que saia da biblioteca junto com ele, porque também resolveu estudar usando os livros de lá.

— Estou, deve ser lá no espaço de eventos.

— É um cover do skid row? — Ele conseguia ouvir a galera gritando a letra de Big Guns empolgados pra caralho. E pareciam chapados ou bêbados, ou os dois, sei lá.

— Acho que é.

— Eu vou até lá. É minha banda preferida.

— Eu tenho que entregar uma papelada, se divirta. — Louis acenou educadamente e saiu andando, enquanto o garoto Daniel rezava para conseguir tirar umas xerox.

Louis sabia que era um pensamento esperançoso meio idiota, mas sua mente e coração se juntaram e fizeram com que ele caminhasse até o espaço de eventos da universidade, onde estava rolando um pequeno show. Ele nem sabia que tinha algum evento marcado, mas pff, era sexta à noite, o que ele esperava? Louis era um chato na faculdade, estudava pra caramba, trabalhava meio período num café, quase não ia nas festas e ficava vendo séries – ele tinha uma lista gigantesca no Netflix e tinha baixado todas as seis temporadas de Game Of Thrones – e filmes em seu tempo livre, não era de se admirar que ele só tenha reparado em algo acontecendo porque estava saindo da biblioteca rumo ao seu dormitório às 22h.

Skid Row era uma banda fenomenal, e cada música deles triplicaram de valor sentimental para Tomlinson desde que Harry Styles surgira na sua vida. Harry. Ele pensava sobre Harry o tempo todo. O. Tempo. Todo. Eles tentavam se falar o máximo, só que o rapaz de cabelos cacheados não era muito ligado em internet e só parava para uma ligação de vez em quando. Louis entendia que era o jeito dele, ele sabia que Harry se importava com ele, muito; era incrível como ele tinha certeza que tinha sido intenso para os dois, porque eles tiveram uma conexão imediata e forte, e sempre foram honestos um com o outro. Claro que queria muito passar horas e horas trocando mensagens ou no Skype, mas a vida de Harry estava acontecendo e ele não podia atrapalhar isso, assim como Harry jamais atrapalhou sua vida, ele estava quase contentado com as ligações de 30 minutos duas ou três vezes por semana. Quase.

O universitário entrou no salão vendo que lá estava arrebatado de pessoas. Pessoas muitos altas que não lhe permitiam ver o palco, e isso era uma bosta, ele ficava dando pulinhos e não adiantava merda nenhuma.

— Não pode ser... — Ele pensava enquanto abria caminho. Tinha até cruzado os dedos. — Mas, tomara que seja.

E era.

Ele não viu de imediato, ainda estavam atrapalhando sua visão, porém ele sempre reconheceria aquela voz, que conversava com o público, em qualquer lugar e a qualquer momento. E ele quis chorar na hora! Ele já não tentava passar pelas pessoas tão pacificamente quanto antes, então ele pode ter machucado um braço, ou cinco, enquanto seguia para a frente do palco.

— Louis? — Zayn, um amigo seu que estava acompanhado do namorado, estranhou ver o garoto lá, porque como foi dito, ele era o chato da faculdade, ele não ia nos lances.

— Oi Zayn! — Ele respondeu tentando não parecer que ia cuspir um coração descompensado à qualquer segundo. — Nem precisa dizer, eu sei que é uma surpresa me ver aqui, é que... a banda-

— Veio ver os White sei-lá-o que? Sério, que nome horrível.

— Não é? Mas, eles são ótimos... — E lá estava aquele tom de voz, que por meses só surgia por uma pessoa. Que estava há muitos quilômetros de distância. E agora... agora Louis estava olhando pra ele. Com aquele olhar de besta que ele odiava. — Tá vendo aquele cara cantando? É o Harry.

White Skimo || Larry Stylinson.Onde histórias criam vida. Descubra agora