Graccy

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Elise pov

Tirei cuidadosamente o objeto de dentro da minha bandana y o analisei novamente. Era muito bonito.

- Quem será o seu dono...? - perguntei a mim mesma.

É tão hermoso... - pensei o olhando. - Como ficaria em mim? No Elise, no é seu! - o afastei de mim com um gesto brusco. Mas o aproximei novamente. - Mas... O dono no está aqui. Y... No faz mal colocá-lo só por uns instantes y depois tirá-lo, no?

Me levantei y abri a porta do banheiro, entrei lá dentro, y me olhei no espelho. Yo já havia tomado banho y meu cabelo ainda estava meio úmido, y minhas sardas se espalhavam por meu rosto como areia na praia. Todo mundo que yo conhecia (que no eram tantas pessoas assim) dizia que yo era a cara de Mamá, mas me olhando atentamente, yo também lembrava Papá. No tanto de rosto, mas meu olhar era igualzinho ao dele. Imaginei como Mamá se sentia ao me ver y todo o dia se lembrar de seu maior amor falecido.

Agora no Elise. Você veio aqui experimentar o broche. No é hora de divagar em pensamentos, ainda mais nesses.

Pensei em como poderia usá-lo, y tive uma ideia. Fiz uma trança de lado y coloquei o broche no final dela, y me olhei novamente, gostando do resultado.

- Nada mal, se é que me permite dizer.

Pulei de susto y olhei para todos os lados em busca da voz misteriosa.

- Q-Quem está aí?

- Aqui em cima querida.

Olhei na direção da voz - que pensando bem agora, era uma voz muito de fransois, se é que me entende - y dei um pulo pra trás ao ver a... coisa.

- DIOS MIO! O QUE É ESSA COISA?!

- Querida, se não se importar, eu gostaria de continuar com meus tímpanos intactos, obrigado. - disse a criaturinha esfregando a cabeça. Ok, ele no era tão aterrorizante quanto fiz parecer. Era uma pequena criatura voadora, parecida com um inseto, mas que ao mesmo tempo lembrava um pavão, com uma mini-cauda azul, com detalhes verdes y amarelos, y o corpo azul-escuro. Só tinha um pequeno detalhe que me assustava... ELE FALAVA!

- O-O q-que é v-você??

- Alguém já te disse para tratar essa gagueira, querida? - disse o bichinho. Ele é bem metido, no? - Meu nome é Graccy, e não sou uma coisa, sou um kwami, obrigado. - ele fechou os olhos y fez uma cara indignada.

- M-Mas que diabos é um k-kuami?

- Kwaaaami. - disse ele pausadamente. - Repita comigo, vamos. K. W. A. M. I.

- Kwami. - repeti lentamente olhando para ele.

- Ótimo. Viu? Não é tão difícil. Mas enfim, eu, que sou um kwami, sou um tipo de criatura, maravilhoso por sinal, que vive dentro desse broche, que é um Miraculous. - disse ele com um sorriso orgulhoso. - E quem portar esse Miraculous, com minha ajuda, ganha poderes para fazer o bem e ajudar as pessoas.

- Ajudar as pessoas?

- Sim querida! Se bem que pessoalmente eu acho que tenho que ajudar é você. - disse ele me olhando de cima a baixo. - Olha só essas pontas duplas mon amour! - falou se aproximando de mim numa velocidade incrível pegando meus cabelos. Depois começou a mexer em minha roupa. - Não, não, não, minha querida! Assim não dá! - disse y cruzou os braços.

- Ei, o que há de errado com minhas roupas? Y meu cabelo? Mas o que você faz aqui afinal? - perguntei já cansada de ser avaliada por... Graccy.

- Eu já falei queridinha, eu sou um kwami, e você é agora a portadora do Miraculous, e eu dou poderes aos portadores para ajudarem as pessoas. - disse ele, como se yo fosse uma criança ingênua y ele um professor. - Vamos, não é tão difícil assim juntar os pontos.

- Mas y se yo no quiser? -perguntei o fazendo arregalar os olhos. - Quero dizer, deve ser até legal y tudo mais ser um herói, mas olhe pra mim! Yo no soy uma heroína! Yo acabei de chegar de Madrid y no estou preparada pra isso, definitivamente! Y outra, yo encontrei esse... Miraculous... Jogado no chão. Qualquer um poderia ter o pego. Isso no me faz ser uma heroína.

Ele continuou olhando estático para mim até que começou a dar uma risadinha estranha, mais ou menos parecida com a do Papai Noel, só que de um jeito françois. Vai entender.

- Oh, por favor querida, não me faça pensar que é tãããão ingênua assim. - dei meu melhor olhar mortífero para ele, mas ou ele era imune a isso ou yo era péssima. Acredito mais na segunda opção. - Deixe-me explicar. Talvez você não acredite, mas nunca, em toda minha longa vida de kwami, eu conheci um portador meu que não pensasse como você pensa. Todos, sem exceção, pensavam que não eram bons o suficiente, que não estavam preparados, mas querida, acredite, todos eles se tornaram grandes heróis. Com minha ajuda, é claro. - disse ele orgulhoso.

- Mas mesmo assim. Yo encontrei o broche caído no chão. Qualquer outra pessoa poderia encontrá-lo, y-

- Mas não foi outra pessoa que o encontrou, não é? Foi você. Sabe, existe todo um mistério por trás das escolhas dos portadores de Miraculous, que nem mesmo eu, sendo eu, consigo entender. - disse ele seriamente, o que me fez ficar entre rir ou revirar os olhos, mas acabei no fazendo nenhuma das opções. Vai que ele me transformava em um bambu, sei lá! - Tudo o que sei é que nada é por acaso, e se você está com meu Miraculous agora, é porque foi escolhida.

- Mas-

- Nananinanão! - ele me interrompeu de novo, colocando as patinhas sobre minha boca. - Você será uma super-heroína, e eu farei com que seja a melhor! Mais amor próprio querida, por favor. Você não será um desastre, acredite, já tive casos piores que o seu. - disse ele y me perguntei se aquilo seria um xingamento ou um elogio. - Agora venha, vamos logo.

- Para onde?

- Oh, por favor, sair daqui, não? Já estou ficando claustrofóbico de tanto ficar aqui dentro!

Me toquei de que ainda estávamos no banheiro y abri a porta, indo atrás do kwami que olhava pela janela contemplando a vista da Paris noturna.

- Oh Deus! Há quanto tempo não via essa cena! Tinha me esquecido o quanto essa cidade é bonita à noite.

- É mesmo...

Ele se afastou da janela y veio até mim.

- Antes de começarmos, deixe-me saber querida, qual é seu nome?

- Elise. Elise Fernandéz.

- Elise... Um nome bonito, mas não tanto quanto Graccy, é claro. - agora me permiti revirar os olhos, atitude que Graccy no viu. - Bem Elise, você tem muito o que aprender. Vamos começar?

Miss Peacock: A Nova HeroínaOnde histórias criam vida. Descubra agora