Há 30 anos um jovem pastor de nome Gunsaulus anunciou nos jornais de Chicago que pregaria, numa manhã de domingo, um sermão sobre o seguinte tema: “O que eu faria se tivesse 1 milhão de dólares!” Esse anúncio atraiu o olhar de Philip D. Armour, o Rei dos Frigoríficos, que decidiu
ir ouvir o sermão no qual o dr. Gunsaulus traçou o plano de uma grande escola técnica, onde moças e rapazes aprendessem a vencer na vida por meio do desenvolvimento da
habilidade de pensar, em termos mais práticos do que teóricos; uma escola onde “aprendessem fazendo”. — Se eu tivesse 1 milhão de dólares — disse o jovem pregador —, fundaria uma escola
assim. Depois do sermão, o sr. Armour aproximou-se do púlpito e, apresentando-se ao
pregador, disse-lhe: — Acredito que seja um jovem capaz de fazer o que diz. Vá ao meu escritório, amanhã
cedo, e eu lhe darei o 1 milhão de dólares de que precisa. Há sempre fartura de capital à disposição dos que podem traçar planos práticos para
serem levados a efeito. Foi esse o início do Armour Institute of Technology, uma das maiores escolas práticas
da América do Norte. A escola nasceu da imaginação de um rapaz cujo nome nunca ultrapassaria os limites da comunidade em que pregava, se não fosse essa “imaginação” e mais o capital de Philip D. Armour. Todas as grandes estradas de ferro, todas as grandes instituições financeiras, todos os
empreendimentos comerciais de vulto e todas as grandes invenções tiveram início na imaginação de alguém. F. W. Woolworth criou na sua imaginação as Five and Ten Cent Stores,* antes de
torná-las uma realidade e de se converter num multimilionário. Thomas Alva Edison
criou o fonógrafo e o cinematógrafo, a lâmpada elétrica e dezenas de outras invenções úteis na sua imaginação, antes de realizá-las. Durante o grande incêndio que aconteceu em Chicago, dezenas de comerciantes, cujas
casas foram tragadas pela voragem das chamas, encontravam-se reunidos, cabisbaixos, em frente aos seus estabelecimentos, olhando a fumaça que saía dos escombros e lamentando os prejuízos. Muitos resolveram ir para outras cidades e recomeçar a vida. No grupo estava Marshall Field, que viu em imaginação a maior cadeia de lojas de departamentos do mundo, erguendo-se no mesmo local onde existira o seu antigo estabelecimento, do qual, naquele instante, só se viam destroços e cinzas. Esse estabelecimento se tornou uma realidade. Feliz do rapaz ou da moça que aprende desde cedo a usar a imaginação, e, com maior
razão, nesta época de grandes oportunidades. A imaginação é uma faculdade do espírito que pode ser cultivada, desenvolvida,
ampliada e a que se dá realidade pelo emprego que dela se faz. Se isso não fosse uma verdade, nunca teria sido criado este curso das 15 Leis do Triunfo, pois foi primeiro criado na imaginação do autor, originando-se da mera semente de uma ideia, lançada por uma simples observação feita pelo falecido Andrew Carnegie. Qualquer pessoa, esteja onde estiver, seja qual for a sua ocupação, encontrará sempre
uma oportunidade para ser mais útil, e portanto, mais produtiva, se desenvolver a sua imaginação e fizer uso dela. Ser bem-sucedido no mundo é sempre uma questão de esforço pessoal. Todavia, é um
engano acreditar em alguém que pode vencer sem a cooperação de outros. O triunfo é uma questão de esforço individual, mas somente quanto a decidirmos por
nós mesmos o que é que desejamos. Isso implica o emprego da imaginação. Daí por diante, para triunfar, trata-se de induzir os outros à cooperação, de maneira hábil e inteligente. Porém, antes de se poder alcançar a cooperação dos outros, antes mesmo de se ter o
direito de pedir ou esperar essa cooperação, é preciso demonstrar que se está disposto a cooperar também. Assim, a oitava lição deste curso, o hábito de produzir mais trabalho do que o que lhe é pago, deve ser objeto de uma atenção séria e cuidadosa. A lei na qual se baseia essa lição poderá, por si mesma, praticamente, garantir o triunfo a todos os que a empregarem em tudo o que empreendem. No fim da primeira lição encontra-se uma tabela de análise pessoal, na qual dez
personalidades bem conhecidas são analisadas e comparadas. O leitor deve observar essa tabela com todo o cuidado, tomando nota dos “pontos perigosos” que significam fracasso para os que não prestam atenção a tais sinais. Dos dez homens analisados, oito são apontados como bem-sucedidos, enquanto dois são considerados fracassados. Estude o leitor, cuidadosamente, a razão pela qual esses dois homens fracassaram. Faça em seguida uma análise pessoal, e ao começar o curso tire-se uma média, em
cada uma das 15 leis, escrevendo-a nas duas colunas deixadas em branco especialmente para esse fim; ao terminar o curso, tire nova média, observando os progressos feitos. O propósito do curso é tornar as pessoas aptas a encontrar o meio de constituírem-se
mais capazes no seu campo de atividade. Para isso, a pessoa será analisada e todas as suas qualidades classificadas, a fim de que possa organizá-las e fazer delas o melhor uso possível. Pode acontecer que uma pessoa não goste do trabalho do qual se ocupa. Existem dois
meios de ela se livrar de tal ocupação: um é ter pouco interesse pelo trabalho, procurando apenas produzir o bastante para “passar”; bem depressa encontrará uma saída, pois os seus serviços deixarão de ser procurados. O outro meio, e sem dúvida alguma o melhor, é tornar-se a pessoa tão útil e eficiente
nesse trabalho a ponto de atrair a atenção favorável dos que têm o poder de promovê-la para um trabalho de maior responsabilidade e que seja mais do seu agrado. Está no direito de cada um escolher, dentre esses dois caminhos, aquele que deve
seguir. Novamente chamamos a atenção para a importância da nona lição deste curso, por
meio da qual é possível encontrar o melhor caminho para elevar-se. Milhares de pessoas passaram sobre a grande Calumet Copper Mine, sem descobri-la. Um homem, sozinho, fez uso da imaginação, cavou alguns metros de terra, investigou e descobriu a mais rica jazida de cobre do universo.
TRATA-SE DE UMA GRANDE VERDADE, QUE NÃO SE DEVE ESQUECER! NAPOLEON HILL________________
Todos nós, neste mundo, caminhamos, num momento ou noutro, sobre uma “mina
Calumet”. A descoberta é uma simples questão de investigar e fazer uso da imaginação. Este curso sobre as 15 Leis do Triunfo pode indicar ao leitor o caminho de sua “mina”. E ele ficará surpreso ao descobrir que, enquanto seguia as lições, pisava justamente sobre a rica jazida. Na sua conferência sobre “Acres of Diamonds”, Russel Conwell nos diz que não é
preciso procurar muito longe a oportunidade, que podemos encontrá-la justamente no lugar onde nos encontramos.
Nota
* São lojas que vendiam mercadorias a 5 e 10 centavos. A ideia era lançar uma loja com preços baixos, modelo que fez sucesso nos Estados Unidos em meados do século XIX. F. W. Woolworth foi o primeiro empresário a adotar a prática de comprar as mercadorias diretamente aos fabricantes e a fixar os preços dos produtos, em vez de variá-los. (N. da E.)
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A lei do triunfo
RandomA presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra f...