RESUMO DA PRIMEIRA LIÇÃO

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O objetivo deste resumo é ajudar o leitor a dominar a ideia central em torno da qual
gira toda a primeira lição. Essa ideia é representada pelo termo Master Mind, que descrevemos detalhadamente. Todas as ideias novas e, especialmente, as de natureza abstrata só encontram guarida
na mente humana depois de repetidas à saciedade. Trata-se de uma verdade conhecida, mas que vale a pena acentuar mais uma vez, neste resumo, no que se refere ao princípio descrito com o nome de Master Mind. Pode-se criar um Master Mind por meio de uma aliança amistosa, num espírito de
harmonia, entre duas mentes ou mais. É oportuno declarar que de toda aliança mental, seja ou não num espírito de
harmonia, nasce uma outra mente, que afeta todos os participantes da aliança em questão. Jamais aconteceu que duas ou mais mentes se reunissem sem criar, pelo contato, uma terceira, mas acontece também que nem sempre dessa reunião resulta a criação de um Master Mind. Muitas vezes, ao contrário, surge uma terceira mente negativa, que é exatamente o
oposto do Master Mind. Conforme tivemos ocasião de declarar várias vezes no decorrer da lição, há certas
mentes que não podem, de modo algum, fundir-se num espírito de verdadeira harmonia. Esse princípio encontra uma analogia na química, o que facilitará ao leitor uma apreensão mais clara do princípio aqui referido.
Por exemplo, a fórmula química H2O (significando a combinação de dois átomos de
hidrogênio com um átomo de oxigênio) transforma esses dois elementos em água. Um átomo de oxigênio e um átomo de hidrogênio não produzirão água; além disso, eles não se podem associar em harmonia! Existem muitos elementos conhecidos que, quando combinados, são imediatamente
transformados de substâncias inócuas em venenos mortais. Ou, de outra maneira, muitos elementos conhecidos como venenosos são neutralizados ou se tornam inofensivos quando combinados com certos outros. De modo idêntico ao que se verifica na combinação de determinados elementos, com
transformação radical da sua natureza, a combinação de certas mentes transforma sua natureza anterior, produzindo num certo grau o que se chama de Master Mind, ou o seu oposto, que é altamente destrutivo. Qualquer homem que ache que a sogra tem um gênio incompatível com o seu
experimenta uma aplicação negativa do princípio conhecido por Master Mind. Por uma razão especial, ainda desconhecida dos pesquisadores no campo do comportamento mental, a maioria das sogras parece afetar os genros de uma maneira altamente negativa, e o contato mental entre sogras e genros produz uma influência grandemente antagônica, em vez de criar um Master Mind. Esse fato é mais do que conhecido, dispensando, portanto, mais comentários. Algumas mentes não podem ser harmonizadas e fundidas num Master Mind, fato esse
que nunca deve estar ausente da lembrança de qualquer dirigente. É uma das responsabilidades do líder agrupar seus homens de tal modo que aqueles colocados nos pontos mais estratégicos sejam indivíduos cujas mentes podem ser e serão fundidas num espírito de perfeita harmonia e amizade. A habilidade para realizar tal agrupamento é um dos requisitos principais da
liderança. Na segunda lição deste curso o leitor descobrirá que essa habilidade foi a fonte principal tanto do poder como da fortuna de Andrew Carnegie. Sem possuir conhecimento algum sobre os fins técnicos do comércio do aço,
Carnegie soube combinar e agrupar homens capazes, criando um Master Mind e fundando assim a mais próspera indústria de aço da sua época. A origem do êxito colossal de Henry Ford pode ser encontrada na mera aplicação do
mesmo princípio. Conquanto dotado da maior confiança em si mesmo que um homem pode ter, Ford não dependeu apenas de si para alcançar os conhecimentos necessários ao próspero desenvolvimento da sua indústria. Como Carnegie, ele se cercou de homens que lhe deram os conhecimentos que não
tinha nem podia ter. Além disso, Ford escolheu homens que se podiam harmonizar num esforço coletivo.
As mais eficientes alianças que já deram em resultado a criação de um Master Mind
foram as que nasceram da fusão de mentes de homens e mulheres. A razão disso reside no fato de que as mentes masculinas e femininas se fundem mais harmoniosamente do que as mentes de um único sexo. Além disso, o estímulo do contato sexual entra muitas vezes na criação do Master Mind entre um homem e uma mulher. É fato bem sabido que o elemento masculino das espécies é mais ativo e mais alerta
para “a caça”, qualquer que seja o objeto dessa, quando inspirado e solicitado pelo elemento feminino. Essa característica humana começa a se manifestar no macho já na puberdade, e
continua por toda a vida. Pode-se observar isso principalmente nos esportes, quando os rapazes estão jogando diante de uma assistência feminina. Retirem-se as moças e essa “coqueluche” que nos Estados Unidos é chamada de
futebol se tornará um jogo sem importância. Qualquer rapaz se lançará no jogo com esforços sobre-humanos, sabendo que a sua amada está ali para “torcer”.
QUEM NÃO PODE REALIZAR GRANDES COISAS DEVE LEMBRAR-SE DE QUE PODE MOSTRAR-SE GRANDE NAS PEQUENAS COISAS QUE REALIZAR.
É igualmente certo que os rapazes se lançarão em busca da fortuna, com o mesmo
entusiasmo, quando inspirados e solicitados pela mulher querida, especialmente se essa sabe como estimular a mente do rapaz, por meio da Lei do Master Mind. Por outro lado, a mesma mulher pode, por meio de uma aplicação negativa dessa lei
— quando é impertinente, ciumenta, egoísta, violenta e vaidosa —, arrastar o rapaz a uma derrota certa! O falecido Elbert Hubbard compreendeu tão bem o princípio aqui descrito que, ao
descobrir que a incompatibilidade de gênio que havia entre ele e sua primeira esposa o levaria a um fracasso certo, preferiu enfrentar a opinião pública divorciando-se e casando com a mulher que era a principal fonte das suas inspirações, segundo ele mesmo declarou. Nem todos os homens teriam a coragem precisa para desafiar a opinião pública como
Hubbard, mas quem ousará afirmar que ele não agiu no melhor interesse de todos os relacionados com o caso? O objetivo principal de todo homem é triunfar! A estrada para o triunfo pode estar, como geralmente acontece, obstruída por muitas
influências que precisam ser removidas antes que o alvo possa ser alcançado. Um dos maiores dentre esses obstáculos é uma aliança infeliz entre mentes que não se harmonizam. Em tais casos, a aliança deve ser rompida, caso contrário terminará numa derrota, num fracasso completo. O homem que domina os seis medos básicos, um dos quais é o medo da crítica, não
hesitará em tomar o rumo que lhe parece mais conveniente. Não ficará cingido a limites marcados por alianças antagônicas, seja qual for a sua natureza. É infinitamente melhor enfrentar a crítica do que se deixar levar ao fracasso,
conservando uma aliança desarmoniosa, seja ela comercial ou social. Usando de toda a franqueza, estamos aqui justificando o divórcio quando as
condições do matrimônio são tais que a harmonia se torna impossível. Não quer isso dizer, porém, que a falta de harmonia não possa ser removida por outros meios que não o divórcio; contam-se muitos exemplos em que a paz pôde ser restabelecida com o desaparecimento do antagonismo, sem necessidade de se recorrer à medida extrema da quebra dos laços conjugais pelo divórcio. Conquanto seja verdade que algumas mentes não se fundirão num espírito de
harmonia, e não podem ser forçadas ou induzidas a tal coisa, devido à química natural dos cérebros, individualmente nunca devemos estar muito prontos para culpar a outra parte, lançando-lhe toda a responsabilidade pela falta de harmonia. Lembremo-nos de que a perturbação pode estar no nosso próprio cérebro. Lembremo-nos, também, de que uma mente que não se pode harmonizar com uma
pessoa ou algumas pessoas pode harmonizar-se perfeitamente com outros tipos de mentes. A descoberta dessa verdade deu em resultado mudanças radicais nos métodos dos empregadores para com os empregados; há pouco tempo, era coisa comum um chefe despedir um empregado apenas porque esse não atendia perfeitamente às necessidades do cargo que lhe era confiado. Hoje, o patrão inteligente procura estudar os seus auxiliares. Um que fracassa aqui poderá ser de grande utilidade ali. Contam-se casos de fracassos transformados em êxito completo. O leitor que seguir este curso precisa ter certeza de que compreendeu perfeitamente o
princípio do Master Mind antes de prosseguir nas outras lições. A razão de tal exigência é o fato de que, praticamente, todo o curso está intimamente associado com a lei da operação mental. Aquele dentre os leitores que não estiver inteiramente certo de ter compreendido a lei
procure fazer uma leitura mais detalhada e cuidadosa, escreva ao autor ou ao tradutor do curso pedindo uma explicação mais ampla, e formulando as perguntas que julgar necessárias para seu esclarecimento. Pode estar certo de que não se arrependerá do tempo que perder empregando esforços para compreender bem a Lei do Master Mind, pois será regiamente recompensado. Logo que estiver perfeitamente esclarecido, novos horizontes se abrirão à sua frente, com um mundo de oportunidades. Conquanto não pretenda ser uma lição à parte do curso, a introdução contém dados
suficientes para facilitar ao leitor, que já tem talento para a profissão, a vir a ser um chefe de vendas. Qualquer estabelecimento no gênero pode tornar efetivo o emprego da Lei do Master
Mind organizando os seus vendedores em grupos de dois ou mais que se aliarão num espírito de amistosa cooperação, e aplicarão a lei, tal como foi sugerido nesta lição. Um agente de conhecida marca de automóvel, que tem a seu serviço 12 vendedores, os
dividiu em seis grupos de dois homens, com o objetivo de aplicar a Lei do Master Mind, e o resultado foi que todos estabeleceram novos recordes de vendas. Essa mesma organização criou o One A Week Club (Clube um carro por semana), o
que significa que cada membro do clube conseguiu vender, em média, um carro por semana, desde a sua organização. Os resultados desse esforço surpreenderam a todos. Todos os membros do clube receberam uma lista incluindo 100 possíveis
compradores de automóveis. Cada vendedor enviava um cartão-postal por semana a um desses dez possíveis fregueses e realizava pelos menos dez visitas por dia. Os postais descreviam pelo menos uma das vantagens do automóvel que o vendedor
oferecia, ao mesmo tempo em que pedia uma entrevista. As entrevistas aumentaram, e, em razão direta, as vendas. O agente que chefiava esses vendedores ofereceu um prêmio em dinheiro ao vendedor
que alcançasse o direito de se tornar membro do clube, cobrindo a média estabelecida. O plano injetou nova vitalidade em toda a organização. Além disso, os seus resultados
são os mais promissores. Plano semelhante podia ser adotado com eficiência pelas agências de seguros de vida.
Qualquer inspetor pode duplicar ou mesmo triplicar o volume dos seus negócios com o mesmo número de vendedores, empregando o plano aqui descrito, quase sem nenhuma modificação. Apenas o clube se chamaria Policy A Week Club (Clube uma apólice por semana), isto é, cada membro se comprometeria a vender uma apólice por semana. O leitor que seguir este curso e compreender bem a segunda lição, apreendendo a
maneira de aplicar os seus fundamentos, estará capacitado para empregar com a maior eficiência possível o plano descrito. Não sugerimos aqui nem pretendemos que qualquer leitor empreenda a aplicação dos
princípios da lição, que é meramente uma introdução, antes de ter lido pelo menos as cinco primeiras lições.

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