15.11.2016

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15.11.2016, terça-feira.

Eu te vi.

Não lembro em que horas exatamente, mas o que importa? Você tinha acabado de entrar na lanchonete e eu tinha acabado de fazer meu pedido.

Um sanduíche de frango com bacon.

Você tinha me zoado depois que descobriu isso, você odeia frango e ama bacon.

Estranho? Totalmente.

Eu estava chateada por que tinha recebido uma ligação do meu pai me dizendo pra ser responsável e adulta coisa que eu não era a seu ver. Então decidi apenas por pura coincidência entrar naquela lanchonete. E instantes depois você apareceu.

Eu não sei o que você tem que me faz querer apenas parar tudo e só te olhar. Você é indescritivelmente bonito.

E eu te odiei por isso.

Por que foi um dos jeitos que você me prendeu.

Você atraia a atenção de qualquer um, ate mesmo homens e animais. E eu odiei admitir que isso me deixava com ciúmes, eu nunca fui ciumenta. So com você.

A garçonete deixou uma xícara de café cair quando você parou na frente dela, e quão foi minha surpresa quando você riu e a ajudou a pegar os cacos do chão.

Ela ficou vermelha.

Eu estava com o coração acelerado, eu não sei por que, não te conhecia, nunca tinha te visto na minha vida. Mas isso é um dos seus talentos, você chama atenção e deixa as pessoas parecendo retardadas.

Não consegui desviar o olhar nem quando você ficou de costas pra poder fazer seu pedido, muito menos quando você pagou e se virou. Esse foi um dos meus erros.

Eu não sei por que.

Mas quando você virou já colocou os olhos em mim, e a intensidade do seu olhar era tanta que eu parecia estar tendo um ataque cardíaco. Eu ate hoje sinto isso.

Você estava se aproximando de mim e eu juro que nunca consegui ficar com a respiração presa por tanto tempo, mas você se sentou em outro lugar.

Na mesa do meu lado pra ser mais clara.

Eu te perguntei por que você entrou na lanchonete e por que você sentou na mesa do lado. Sabe o que você respondeu? Você disse que tinha me visto na rua e que eu parecia tão triste que você queria poder tirar isso de mim, mas não conseguia por que estava nervoso e que você ia se sentar comigo mais novamente estava nervoso. Então preferiu ficar me observando e esperar.
Você nervoso? Eu ri, muito. E no fundo meu coração acelerou com a admissão.

Eu não pude deixar de soltar um suspiro de alivio, sim alivio, por que eu não saberia o que dizer se você parasse na minha frente. Provavelmente eu iria gaguejar como sempre faço quando estou nervosa.

Mas isso não durou muito, eu não sei como, mais eu percebi que você ainda estava olhando pra mim e virei o rosto. Bingo! Um par de olhos cinza me olhando. Eu acho que corei, e tive a certeza quando você ergueu o canto dos lábios em um sorriso. E que sorriso!
Eu estava tendo pensamentos tão poluentes. Pensamentos que eu nunca tive. So por que um cara moreno de olhos intensos e com um corpo que qualquer mulher ficaria de quatro, me olhou.

Que estúpido.

Eu nunca disse isso pra você, por que dias depois eu descobri que você era convencido alem da conta e não precisava de mais bajulações.
Eu estava pronta pra desviar o olhar quando você fez algo inesperado.

“Oi”

Você não gritou, não sussurrou nem falou isso. So movimentou os lábios. Olhando diretamente pra mim. Eu pensei na hipótese de você estar falando isso pra garota loira de seios enormes na minha frente que não parava de babar pra cima de você também.

Com amor, Julie.Onde histórias criam vida. Descubra agora