Cap XIV: Regra, o ato do destino comum

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- Você... Como pôde! Ele era uma pessoa que vivia provavelmente feliz!

- Algo como isso ia acontecer. Eu só acelerei o processo. E teve um motivo pra ser aquela pessoa.

- Eu não imaginava isso de você... agora sei porque todo mundo te reprime!

- Hahaha.... Você sabe tão pouco quanto eles.... Eu só estou seguindo as regras.

- Regras? Isso não é sobre regras!

- Isso é totalmente sobre regras. Eu e você temos uma função aqui... Enquanto você cria a vida, eu crio exatamente o oposto dela.

- Eu... eu não criei a vida... a vida se criou por si própria!

- Deixe de ser tolo. Você, sua vontade, sua determinação...  com isso tudo, as cordas pratas começaram a existir. As únicas vidas próprias que surgiram de si foram a sua, a de seus amigos tolos, e inclusive a minha.

- ...

- Entende? Eu estou aqui por controle. Eu estou aqui pra fazer o ciclo funcionar, por bem ou por mal. Ele nem era importante pra você, nem pra ninguém... muito menos pra mim.

- E onde... você ouviu... falar dessas regras? E que ciclo é esse?

- Esse é o ciclo da vida e morte. E o livro é o mesmo que se encontra com aquela sua amiga de cor Rosa.

Alex se virou para a vila.

- Não pense que eu terminei as coisas com você, Adam.

- Questione o quanto quiser, tudo vai ficar claro uma hora, Alexander.

E então Alex foi andando até a casa de Rose, e notou que toda a vila estava vazia, e que as pessoas estavam em casas, repletas de medo do acontecido, e consolando umas as outras. As pessoas chamaram aquele dia de "Dia morto".

Alex chegou na casa de Rose.

- Rose! Você ta ai?

E então Rose abriu a porta com um sorriso.

- Ah, oi Alex! Entre por favor!

E então Alex entrou na casa de Rose, e os dois sentaram no sofá.

- Mas enfim, o que veio fazer aqui? - Disse Rose, simpaticamente.

- Eu vim falar sobre... o livro.

- Ah, o livro que "tem a verdade"?

- Sim.

- Eu não falarei nada sobre ele. Eu nunca li , afinal~

- Mas eu preciso ler. - Disse Alex, firme. - Adam me falou uma coisa que me chamou a atenção nesse livro.

- Quem e Adam? Ninguém nunca leu esse livro.

- Espera um pouco... Por que você ta tão tranquila?

- Porque é mais um dia normal na vila~

- Não é. Não com uma pessoa morrendo. Desembucha logo.

Rose respirou fundo, e vendo que ficou sem saída, disse:

- ... Eu já sabia de tudo. Porque eu li o livro.

- Como eu suspeitava.

- Eu apenas queria guardar esse segredo... saber qual é o sentido da vida, o que é essencial e o que não é... eu não quero falar isso pra alguém, porque como dito em um livro que eu li... "O essencial é invisível aos olhos"... a verdade não é para qualquer um.

- Eu concordo. - Disse Alex. - Mas o destino me trouxe aqui pra isso. Eu tenho uma função aqui. Assim como você e os outros... Foi o que me falaram desde que passei um tempo em uma certa floresta... E eu preciso saber a regra desse jogo, pra que nada nem ninguém me abale ou abale os da minha volta mais.

Houve silencio.

- Se é assim que você se sente... Então em um outro dia, eu posso te mostrar o livro. Porem, apenas pra você.

- Muito obrigado. Agora eu tenho que ir, até.

- Até~

E então Alex foi andando até a casa de Alice, pois sabia que a mesma estava aterrorizada do que aconteceu, e queria ir pra la pra consola-la.

E naquele dia, o sol raiou, mas com ninguém para presenciar o sol. Só uma lembrança de uma antiga pessoa, em forma de árvore. O ciclo da vida e da morte começa, e não irá terminar nunca mais. Esse ciclo havia um propósito, porem o único que sabia esse propósito por enquanto é Adam. mas o propósito não terminará com ele, pois Alex esta disposto a fazer de tudo para descobrir.

No dia seguinte, a vila voltou a se movimentar, como se nada tivesse acontecido. Mas Alex não estava sendo o Alex por um momento.

The Scenary of Living Dolls among Silver RopesOnde histórias criam vida. Descubra agora