Cap XXIII: The Pink Act ~ A Rosa-Dos-Ventos da Diversidade

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POV: Rose da Corda Rosa

É mais um dia ensolarado... bom, nem tanto assim, na Vila. Eu acordo e faço aquelas tradições comuns de manhã... e então vejo o Grimório na minha estante. Eu olho pra ele... ele "olha" pra mim de volta e... não acontece nada. Eu já vi tudo o que tinha que ver, e lendas dizem que nenhum ser humano aguentaria saber todo o conteúdo... embora não pareça ainda sou um ser humano, então prefiro não me arriscar~

Onde eu estou? Sabe, não da pra definir, eu estou em todo e qualquer lugar que me chame a atenção. Todo o lugar que há culturas, pessoas, tradições e costumes diferentes. A Vila das Cordas Radiantes sempre vai ser o meu lugar para sempre, mas há mais la fora que tenho que ver. O conhecimento me fascina de uma forma inigualável, e tenho de prova-lo por algum lugar.

Hoje, irei pra cidade onde vai estar meu futuro Grupo Escoteiro, que ainda está em construção, mas a cidade parece ser interessante, e aquela vontade bateu de formas que não pude aguentar a sensação em visitar outro lugar diferente do meu. A cidade se chama "Cidade do Encontro Cardeal-Colateral". Tem um ar de ser o centro de algo. Afinal, seu chão tem desenhado uma rosa-dos-ventos enorme.

Acho que é o centro das atenções das pessoas, pois nunca vi tanta gente em uma cidade ou vila. É uma cidade grande, com prédios altos, e com azulejos de muitas cores, exceto amarelo e verde, que respectivamente são usados nos Pontos Cardeais e Colaterais do desenho. O centro da cidade, ou o ponto central do desenho, é bem cheio, carros vem voando e outros pelas ruas, e pessoas andam com pressa pelos seus compromissos, enquanto outras só querem respirar o ar não tão puro da cidade e viver o momento.

Mas a parte a qual eu mais gosto fica no ponto entre o sudeste e o sul. Um ponto subcolateral onde jaz um largo campo aberto em que as águas são cristalinas e potáveis de alguma forma, e as flores tem um certo cheiro em cada uma que é agradável em seu próprio jeito. Esse sim, é um lugar em que eu gostaria de acampar. A chuva começa a cair, já fazia um tempo que a mesma me ameaçava a soltar tudo. Mesmo chovendo, ainda está sol, sem chances de cair relâmpago algum, então decidi aproveitar o momento e me molhar enquanto fico sentada como uma linda flor, a Rosa que sou~~

Enquanto eu estava fazendo minha "fotossíntese", tinha uma pessoa bem triste do outro lado do campo. Como sou uma flor alegre, tenho vontade de alegrar outros também~

- Ei, o que  foi, ser humano?- Eu e minha forma de me apresentar. Sempre exótica.

- Nada.

- Então você é uma flor também?

- Do que adianta ser uma flor quando se tem espinhos?

- Ser... quem se importa com o que os espinhos podem fazer com sua pessoa? Os espinhos são, no máximo, algo pra você se sentir mais protegido e forte. Mas como somos todos flores que gostamos do aroma de cada uma outra flor, podemos ir contra a nossa natureza, e nos abraçarmos, sem se importar se os espinhos vão nos machucar. Quer tentar ver?

- ...

E de repente, a criatura veio voando pra cima de mim, com lagrimas que enchiam seus olhos. Aquele momento foi... indescritível. Até pra mim, que já vi muito e muito acontecer pela Vila... Ele voltou e disse:

- Então você... não me julga pelos meus espinhos... ou pétalas?

- É pelos diferentes espinhos e pétalas que formamos o que somos hoje. A diversidade é tudo que nos faz alegrar, pois nos faz ver que somos únicos e especiais do jeito que somos... Suas pétalas e espinhos igualam e se diferenciam, ao mesmo tempo, de sua mente e coração. O mundo não teria graça se tivessem iguais a todos. E o mundo tem mais graça com pessoas como você por perto~~~

-...Obrigado.

E antes de voltar à cidade, ele perguntou:

-...Qual é seu nome?

- Rose~! E o seu?

- Meu nome é Pete. Petersson da Corda Prata.

- Muito prazer, ser humano!

E puxando um sorriso, ele voltou a cidade, e eu tive que voltar a Vila das Cordas Radiantes. Afinal, estava quase escurecendo. E sim, gostei muito da cidade onde vai abrigar o futuro "Grupo Escoteiro Wind-Rose"~

Não há nada como o lar doce lar... você poder chegar em sua casa e fazer o que quiser...  Eu vou ler um livro. Faz tempo que minha vontade de literatura não está saciada. Chego a estante e me deparo com uma cena frustante... ta faltando um livro. E em pó, só consegui ver partes do nome, que era... "Gr..m..ri.. D.. V....da..e". Enfim, o livro era grosso, então não vai ser difícil de acha-lo. Qual vai ser hoje... Já sei!"A ilusão contra a vida" vai ter sua vez de novo. É um livro bem realístico, afinal de contas. Ah, e tenho que devolver "Karabyu" para a biblioteca, faz desde o ano passado que ele ta aqui, tenho que deixar outros se maravilharem, não é mesmo?~~

The Scenary of Living Dolls among Silver RopesOnde histórias criam vida. Descubra agora