(Voz: Draco)
Eu sabia dos riscos, mas era impossível de resistir. Desde o começo, eu deveria manter a fachada, ser ignorante e insuportável com ela, mas não deu. Sua doçura, seu jeito...
E agora algo aconteceu.
— Lua? — após o beijo, seu corpo amoleceu e ela caiu em meus braços como se estivesse... como... morta.
Mas não, ela não estava morta. Não podia estar. Não podia estar pelo simples fato de que eu definharia.
— Lua, acorde... por favor, acorde... — passei minha mão livre pelos seus cabelos macios e resolvi levá-la para dentro do castelo. Para a madame Pomfrey.
⚜️
Eu estava deitado no dormitório, pensando no dia cheio que tive. Madame Pomfrey a princípio disse que ela estava viva, mas desconhecia o estado. Lua ficará na ala hospitalar até que encontrem solução para o caso. Desacordada.
E do nada uma coruja entra no meu quarto pela janela, carregando um envelope preto. Ela o jogou na minha cama e eu pensei seriamente se ia até lá para pega-lo. Não, eu não estava na minha cama. Estava na cama dela.
Levantei-me arrastei meus pés até a carta. Peguei e sentei no sofá, me perguntando porque estava demorando tanto para abrir.
Menino Malfoy — ah não.
Por algum motivo, uma intuição talvez, tive o pressentimento de que nosso plano foi contado por alguém e a alguém. Motivos simples me levaram a acreditar que você foi o culpado e eu não pude deixar para lá. Você não entendeu até agora que não pode manter contato com essa menina, não pode ficar próximo a ela, então tive que tomar providências.
Espero que tenha entendido o recado.
Lorde das trevas.
Não pode ser... Então ele está me obrigando a ficar longe dela?
Eu a amo. E se para a sua segurança, eu tenha que sacrificar meus sentimentos, assim deverá ser.
Decido ir até a enfermaria, preciso olhar para aquele lindo rosto pela última vez,
⚜
Entro na grande sala e meus olhos são atraídos instantaneamente para seu corpo deitado na cama, de uma forma nada confortável. Caminho lentamente até ela e ajeito suas mãos ao lado do corpo.
— Você é a coisa mais linda que já passou pela minha vida. — deslizo minha mão pelo seu cabelo, macio como sempre. — Muito obrigado por me fazer uma pessoa melhor.
Até então eu estava de joelhos, então levantei e andei em direção à porta, sem olhar para trás e sabendo para onde tinha que ir.
⚜
Bati na grande porta que separava o corredor da sala de Dumbledore, quando quase no mesmo segundo ele anuncia que posso entrar.
— Oh, a que devo a inesperada visita? — ele estava sentado à sua mesa, mexendo em alguns papéis.
— Eu queria saber se seria possível trocar de colega de quarto. Ou eu vou para outro, ou ela. Tanto faz. — foram as palavras mais difíceis que eu pronunciei. Dumbledore parou de fazer o que quer que seja no mesmo instante e olhou para mim com incredulidade.
— E eu posso saber por que essa mudança repentina? — ele apoiou os cotovelos na mesa, e o rosto nas mãos.
— É... A gente não se dá bem. Estamos brigando o tempo todo e tenho medo de que isso atrapalhe nosso desempenho acadêmico. — ele me encarou por 5 segundos inteiros. Calado. Tenho certeza que não acreditou.
— Eu posso te trocar de quarto, mas você não terá mais um colega. O quarto está vazio. — mantendo os seus olhos nos meus, ele abriu a gaveta de sua escrivaninha e pegou uma chave, a qual jogou para mim. Nela estava escrito o número do quarto e senha. A chave não servia para nada na verdade. Por que ele não me deu um papel com essas informações?
— Obrigada. — me levantei e ao abrir a porta, ele disse:
— Você não devia fazer o que ele manda. — é claro que ele sabia.
— Eu não tenho escolha. — e sai.
Uma hora depois, todos os meus pertences estavam no quarto novo, que era a metade do antigo. E sem muito o que fazer e sem querer ficar a sós com meus pensamentos, decido dormir.
Acordo a tempo para o café da manhã, então me visto e escovo os dentes em tempo recorde. Desço as escadas e me sento à mesa da sonserina, nem um pouco animado para socializar com as pessoas.
Quando eu a vejo.
Ela está ao lado do Rony, na mesa da grifinória. Mas o que.... Ah não. Semana passada eu ouvi pessoas dizendo que o par dele saiu da escola. Ela não pode.... Ela não pode.
Ela está rindo de alguma coisa que ele falou, e seu sorriso é hipnotizador. Então ela me vê. E não consegue desviar o olhar.
A comida surge na mesa e eu boto pouca coisa no prato, querendo sair dali o mais rápido possível.
10 minutos depois, eu acabo de comer e levanto da mesa, indo em direção ao pátio, quando uma mão delicada toca o meu ombro.
— Draco... — sua voz doce me faz fechar os olhos de arrependimento. Me viro para ela.
— Eu tenho que ir.
— Espera, por favor! — droga — por que você mudou de quarto?
— Ah, então você não está feliz em dividir o quarto com o Weasley? — ironizo, sabendo que fui um babaca ao dizer isso.
— Eu fiz alguma coisa? Nós estávamos nos dando tão bem... Por que você fez isso?
— Não é da sua conta. Não fala mais comigo, tá? — e saio mortificado, indo para o meu quarto em vez de ir para o pátio.
Entro no banheiro e tomo um banho demorado, querendo sumir do mundo.
Depois de mais ou menos meia hora, boto uma roupa e me jogo na cama, quando vejo um pedaço de papel em frente à porta, no chão. Levanto para pega-lo e reconheço a caligrafia no mesmo instante.
"Você também foi a coisa mais linda que já passou pela minha vida."
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O menino que não teve escolha
RomanceLua é uma grande fã das obras de J. K. Rowling, apaixonada pelo personagem Draco Malfoy. Após descobrir segredos perigosos sobre a saga, seu coração nunca mais será o mesmo. Seu maior sonho é que o mundo bruxo se torne real, e quando isso acontece...