O ex amigo

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Oi people!!! Próximo cap terá muitas emoções, talvez eu poste no meio da semana! Bjao ❤️️

          Eu não tinha em mente um lugar certo para ir, mas meus pés automaticamente me levaram para o Torralário.
          Andei depressa pelos corredores e anunciei Alohomora assim que vi a porta da varanda anexa. Me sentei à mesa do meio, ao entrar.
          O que estava acontecendo comigo? Eu não posso estar interessada nele. Mas não estou, é só a euforia de pertencer à esse mundo, o mundo bruxo.
           Porém, nada explica a minha alergia quando Malfoy me toca. Preciso urgentemente ir à madame Pomfrey.
          Me levantei, fechei a porta e fui em direção a ala hospitalar do castelo. Demorei um pouco para lembrar onde ficava, tinha certeza de que já foi falado nos livros. Lembrei do nada e, para não esquecer ou me confundir, corri pelo caminho indicado por minha mente.
         — Com licença — abri devagarinho a porta e dei de cara com uma enorme sala, quase do tamanho do salão principal. Camas estavam distribuídas simetricamente por toda a extensão das quatro paredes, algumas ocupadas por pessoas, mas bem poucas.
          — Pois não? — madame Pomfrey estava procurando algo em uma estante e se virou para mim. Acho que toda vez que a porta do grande espaço se abre, ela olha já esperando o pior, que foi o que aconteceu naquele momento. Ela relaxou a expressão quando viu que não era nada sério.
          — Eu queria tirar uma dúvida com a senhora, está ocupada? — entrei por completo e fechei a porta atras de mim.
          — Nada que não possa esperar um pouco, meu bem. Sente aqui. — ela se sentou à uma mesa no meio da sala e apontou uma outra para mim.
Andei até ela sentei desconfortavelmente na cadeira de ferro.
          — Então, eu estou com um tipo de alergia e gostaria que a senhora me recomendasse algum medicamento que melhorasse, se possível.
          — Essa alergia se mostra presente em qual momento?
          — Quando Malfoy toca em mim.
          — Desculpa, como? — ela olhou para mim sem acreditar no que estava ouvindo.
          — Quando ele me toca, eu sinto um incomodo no local. — ela pensou um pouco e de repente pareceu entender algo que eu ainda não tinha entendido.
          — Um formigamento? Que durante pouco tempo se espalha pelo resto do corpo? — sua boca se curvou em um discreto sorriso, que eu não pude deixar de notar.
          — Sim, exatamente! A senhora já teve essa alergia?
          — Oh, sim minha querida, eu já tive essa alergia mas foi a muito tempo atras.
          — E como você fez com que parasse? Alguma pomad... feitiço?
          — Não, eu não queria que a alergia desaparecesse. Muito pelo contrário, queria que ela se intensificasse.
          — Mas por quê? — que doideira!
          — Porque é a alergia mais linda que existe. — ela olhou o relógio e praticamente deu um pulo da cadeira — agora se não se importar, eu preciso dar um medicamento para um paciente. Agradeço por me procurar.
          — Eu que agradeço. — dei um sorriso e ela retribuiu, antes de eu sair de lá.
          Teria feito mais sentido se me dissessem que Dumbledore estava sambando no salão principal, vestido de Voldemort. Por que ela iria querer manter uma alergia?
          Andei pensativa em direção ao dormitório e quando passei em frente à sala precisa, vi Malfoy saindo dela.
          — Malfoy? — ele deu um pulo de susto e se virou para mim, como se estivesse fazendo algo de errado.
          — Oi Lua, onde você estava?
          — Eu fui à madame Pomfrey. O que você estava fazendo aí dentro?
          — Por que foi lá? Aconteceu alguma coisa? — ele rapidamente tocou meus ombros, braços, mãos e rosto, checando se eu não estava com um membro a menos. Maldita alergia!
          — Sim, fui lá — achei melhor não contar o real motivo — tirar uma duvida que eu tinha. O que você estava fazendo aí? Ainda não me respondeu.
          — Nada.
          — Se não fosse nada você seria louco. Talvez você realmente seja, já que descolore o cabelo para ficar mais branco.
           — Meu cabelo é natural — ele disse e fez uma cara de completa confusão.
          — Claro que é. Mas me diz, o que você estava fazendo aí?
          — Não vou dizer que não é nada porque você não é idiota. Eu só não posso falar o motivo. Me desculpa. Mesmo.
          — Beleza. Vamos logo para o dormitório. — sai andando na frente dele, eu estava sem paciência.
          — Lua... — ele foi andando atras de mim, mas acho que pensou em não andar do meu lado por conta do perigo. Eu poderia quebrar o nariz dele e de brinde furar seus olhos.
          Entrei no quarto e deixei a porta aberta para que ele também entrasse. Fui direto para a minha cama, tirando os sapatos.
          — Lua, tente entender, eu não posso contar. Vidas estão em perigo.
          — Vidas? — eu pensava que ele só estava procurando uma tinta ideal de cabelo lá dentro!
          — Sim, vidas. E se você souber o que eu estou fazendo, a sua entrará na lista.
          Eu não consegui digerir a informação, sai depressa do quarto, correndo.
          — Lua? Lua! — ele veio correndo atrás de mim, mas nem eu sabia porque estava correndo. Só precisava sair daquele quarto. Eu tinha em mente ir até o salão principal, mas meu caminho foi bloqueado por cinco garotas.
          — Ora ora, veja quem está aqui. — a da ponta falou, chegando mais perto de mim.
          — A namoradinha do Draco... — a única loira do grupo cuspiu as palavras e tocou o meu cabelo, enrolando o mesmo nos dedos.
          — Uma das né? Pelo amor de Deus, todas dessa escola já se envolveram com ele! — a do meio disse, jogando os braços para cima. Por mais estranho que pareça, essa informação me atingiu como um tiro.
          — Realmente, meu bem, você é só mais uma.
          — Vocês vão fazer o que, puxar meu cabelo? Me arranhar? Por favor! — eu disse, encarando as cinco sem recuar um passo se quer.
          — O que está acontecendo aqui? — Malfoy chegou bufando de tanto correr.
          — Pois é, o que está acontecendo aqui? —  Goyle apareceu do nada, cruzando os braços — você está incomodando as minhas meninas? — ri com a expressão que ele usou pois as garotas fizeram uma cara de nojo quando ouviram.
          — Muito pelo contrário, as "suas meninas" estavam provocando a Lua, ia com certeza rolar briga se eu não chegasse. Vamos, Lua. — ele me pegou pelo braço para voltarmos mas o Goyle parou na nossa frente.
          — Se você pensa que vai sair dessa numa boa, está muito enganado.
          — Como é que é? Você está com ciúme, costumávamos ser amigos até que os trouxas chegassem no castelo. Todos da sonserina tratam seu par como lixo, eu fui o único que fez a coisa certa.
          — Ciúme? Ciúme??? — e deu um soco no rosto de Malfoy, que pareceu nem sentir. Mas o soco foi forte. Ele virou a cabeça por conta do impacto e enquanto Goyle esperava por sua reação, ele virou a cabeça lentamente para a posição normal e devolveu o soco, bem no nariz do ex amigo.
          — Você quebrou meu nariz! — disse Goyle, tocando a parte quebrada — Cacete Draco, você quebrou meu nariz!
          Ele olhou para os lados e parou os olhos em mim. Pegou meu braço com força, me puxando brutalmente para o seu lado e disse:
          —Você vai se arrepender.
          — Larga ela, se não quem vai se arrepender é você.
          — Pede desculpas por ter quebrado meu nariz.
          — Ah vou pedir sim. Larga ela agora, porra! — Malfoy estava gritando de raiva, não sei como algum professor ainda não tinha chegado.
           Malfoy empurrou Goyle, fazendo com que ele caísse no chão de primeira. E começou a soca-lo. Muito. Tanto que se continuasse ia matá-lo.
          — Chega! — tentei tirar Malfoy de cima dele, sem sucesso — Malfoy, chega! — ele continuou agredindo Goyle, que já estava sem sentidos — Draco!
          Ele parou subitamente, virou e me encarou. Eu o chamei pelo primeiro nome, ele ia me matar. Claro que não ia me espancar, não ia nem me dar um tapa, mas ele deixou bem claro que não queria que eu o chamasse de Draco.
          — Vamos para o quarto. Agora.
          — Ham... sim, claro. Vamos sim. — ele disse e levantou lentamente do chão.
          — Virou o cachorrinho dela, Draco? — a loira falou de novo.
          — Cala a merda da boca, vadiazinha. — eu respondi e ela ficou sem resposta. Malfoy olhou para mim e sorriu. Um sorriso puro, sincero, orgulhoso.
          Fomos andando até o quarto.

          
         
        
         
          
 
         
     
         

O menino que não teve escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora