Olá, tudo bem? Meu nome é Milena, mais pode me chamar de Mia. Tenho 13 anos e estou na sétima série. Falam que sou extrovertida, divertida e etc, rs. Aposto que vão perguntar, como diz minha tia, nos "NAMORADINHOS". Bom, até um tempo pensava que era besteira, que nunca iria se apaixonar e tal, mais de um tempo pra cá ando meio estranha, sei lá. Você não está entendendo nada né? Bom, então, vo começar desde o começo.
Era um dia nublado. Na minha escola, as salas são divididas por andares, o de cima é o fundamental e o térreo ensino médio. Eu, como toda menina que não consegue ser patricinha, entrei com meus fones e lendo meu livro. Quando estava subindo, vi um garoto. O Gustavo. Ele era o mais descolado da escola, loiro, de olhos azuis, alto, perfeito. O garoto que eu via todo dia sabe? Que eu via como se fosse uma pessoa como qualquer outra, mais, eu o olhei diferente. Achei estranho aquilo, mais deixei quieto, afinal, o livro estava mais interessante que aquilo.
Fui para minha sala, estudei, pensei um pouco na vida e, num instante, já deu a hora do intervalo. Quando sai, vai aquele garoto de novo e, na hora minha barriga gelou e minhas pernas amoleceram. MEU DEUS, SERÁ QUE EU... IMPOSSÍVEL. NÃO PODERIA ESTAR GOSTANDO DELE! Fui embora e fiquei intrigada com aquilo sabe? Enfim, dormi.
Amanheceu o dia, e eu fui navegar em minhas redes sociais antes de ir de novo para a escola. Vi que ele estava online. Minha barriga gelou. Sentei até no Sofá.
Sabe quando vem aqueles 20 segundos de coragem insana? Então, naquele instante isso aconteceu. Cliquei no perfil dele e mandei um "oi". Aquilo foi impressionante, não sabia o que fazer. "E SE ELE NÃO RESPONDER? E SE ELE ME XINGAR? E SE..." mil questões rs. Mais ou menos uns 10 minutos depois, ele me respondeu de novo, "oi Mia". EU NÃO ACREDITO NISSO! Pensei. Comecei a puxar assunto com ele depois disso, não lembro do que falamos, só sei que ficamos umas 2 horas conversando. Aquilo foi um sonho.
Quando vi que estava atrasada para a escola, peguei minha mochila e sai correndo.
Chegando no portão da escola, uma onda de decepção me invadiu. Vi ele, ficando com a menina mais bonita da escola, a Ágata. Mais ficando daquele jeito, sabe? Se beijando, se abraçando, ele com a mão na cintura dela... Tipico comportamento de adolescentes de 15 anos.
Achei que estava dormindo. Achei que aquilo era um sonho. Melhor, um pesadelo. Entrei na sala com os olhos cheios de lágrimas. Foi complicado, mais consegui acompanhar a aula. O caminho para voltar para a casa foi longo. Naquela hora, meus únicos amigos seriam meu travesseiro e meu fone de ouvidos. Como que em dois únicos dias minha vida teria mudado completamente? Isso era inexplicável. Eu estava perdida, não sabia o que fazer. Simplesmente chorei.
Acordei com os olhos inchados, af, mais acordei melhor. Pareceu que tudo aquilo que eu tinha chorado limpou meu coração, deixou-o mais leve. Bom, escola. Ela não era a mesma. Parecia que eu ficara com trauma daquilo, com trauma daquela entrada. Quando entrei vi ele. E sabe o que aconteceu? Ele veio falar comigo. Sim, não estou brincando, ele veio falar comigo. Mais nosso diálogo foi meio assim:
- Oi Mia
- (fiz meio que um "oi" com a mão)
- Tudo bem com você?
- (muda e balançado a cabeça que sim)
- HAHA, que bom!
- (sorriso sem graça)
- Tenho que ir agora, tchau!
- (fiz meio que um "tchau" com a mão)
E ele se foi.
Estava tão magoada com ele que nem liguei de ele ter vindo falar comigo. Antes de entrar na sala, vi um menino de óculos grandes, magro e alto na porta da minha sala com sua mãe, ela estava falando: Se comporte, Mateus! Nada de fazer bagunça no primeiro dia de aula ein!? E depois disso ela foi embora e o deixou com a professora Natália, de português. Quando o sinal bateu e entramos na sala, ele se apresentou pra sala, como: Mateus Silveira, 13 anos, e também disse que passava o dia inteiro jogando no PlayStation. Eu achei ele meio nerd, convenhamos. Por coincidência, ele sentou na minha frente nas aulas. E foi se tornando meu melhor amigo. Tínhamos conversas todos os dias, e falávamos sobre tudo.
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Inexplicável
Genç KurguMilena tem 13 anos, era extrovertida, divertida... e falava que nunca iria se apaixonar. Mas um dia ela viu um garoto, o Gustavo, que ela via todo dia, mais com olhares diferentes. Aquilo foi inexplicável. O que irá acontecer? Será que a opinião del...