─ Alguém atende a porta, por favor! ─ gritei um pouco irritada, enquanto revirava minha mochila escolar pela terceira vez.
O som da campainha ressoou novamente pela casa inteira. Larguei a mochila sobre a cama e saí do quarto. Quando cheguei ao andar de baixo, fui direto até a porta e atendi.
Arregalei os olhos quando vi meu melhor amigo parado, totalmente sorridente, perante eu. Me joguei contra seu peito, o abraçando, ele riu me apertando no abraço.
─ Oi Amy!
Nos separamos do abraço e eu o encarei por alguns segundos.
Eu estava tão contente, tão feliz em vê-lo novamente. Me sentia muito bem naquele momento, já que ele é uma pessoa de conforto para mim.
Peter Myung é meu melhor amigo desde sempre, nossas famílias são muito amigas há anos, então nós crescemos juntos.
Para ser sincera, todos os meus amigos e eu crescemos juntos, mas antes de conhecer Anis, Benny, Cindy e Nina no primário da escola, ele já estava lá. Ele literalmente foi meu primeiro amigo ─ sem contar o Misty e meus pais.
─ Que saudade que eu estava de você!
Peter estava na Coreia do Sul, foi visitar seus familiares, já que ela é toda de lá. Seus pais se mudaram para Londres pouco tempo depois de ele nascer, por isso todo ano, para manter contato com a família, eles viajam algumas semanas antes das férias de verão e voltam alguns dias antes das aulas começarem.
─ Também estava com saudade. Não viemos antes porque houve alguns imprevistos. ─ explicou.
─ Vem cá. ─ puxei ele para dentro de casa e segui até a sala. ─ Chegou hoje? ─ me sentei no sofá e ele também.
─ Sim, de madrugada, por isso não fui para a escola, estava exausto. Acho que vou faltar a aula de balé hoje, precisava te ver.
Meu sorriso ficou maior ao ouvir isso.
─ Você não precisa faltar a aula, sério, sei o quanto ama o balé, e odeia faltar.
─ Faço questão, e eu ainda estou meio cansado de qualquer forma. Não sei como meus pais conseguiram ir trabalhar hoje. ─ suspirou.
─ Acho que você esqueceu da importância e comprometimento que seus pais precisam ter com seus trabalhos, Peter, ela é médica, e ele é policial, não podem se dar ao luxo de um descanso prolongado, já era para eles terem voltado há dias.
─ Eu sei, eu sei. Esquece meus pais, eu te trouxe isso. ─ ele coloca uma caixa preta no espaço vago entre nós, esta que eu não havia notado até então. ─ Presente de aniversário!
─ Peter, eu já falei
Ele corta minha fala.
─ Tá, tá bom, você não gosta do seu aniversário, tudo bem, então aceita o presente como uma lembrança, algo que vi durante a viagem e lembrei de você.
─ Okay. ─ aceitei sem muitos rodeios pois sabia que ele insistiria até que eu aceitasse de qualquer forma.
Meu aniversário de dezesseis anos foi há uma semana atrás, dia vinte e nove de agosto. Como todos os outros, foi bem normal, porque eu quero que seja assim.
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Algumas infinidades
Tienerfictie⠀⠀Amélia Dicksen, uma jovem doce, gentil, inteligente, e dona de uma beleza avassaladora, porém, independentemente de todas as suas aparentes qualidades, muito insegura. Dicksen sempre foi uma garota genuína, inocente, e por isso, teve seu coração p...