4- Unfriended

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Sophia's point of view

Mas que merda de lugar é esse que eu estou? Calma, aquela ali sou eu com 14 anos. Aonde será que ela vai? A casa do lago, mas perai, que poça de sangue é essa?

"Eu sempre vou saber o que você fez."
"Eles não vão te perdoar."
"Eu sou a pessoa que vai tirar as máscaras."
"EU SEMPRE VOU SABER."
"NUNCA VÃO TE PERDOAR."
"EU VOU TIRAR AS MÁSCARAS."

Dei um pulo da cama, era só um sonho, ou melhor pesadelo. Mais um dos milhares pesadelos que eu tenho com essa maldita casa.

Respirei fundo e resolvi levantar da cama, verifiquei que era 9:30 da manhã ainda, mas Nicole não estava na cama. Estava cedo, mas depois disso, não sei se consigo dormir tão cedo assim.

Fui ao banheiro e olhei para meu reflexo. Aquele segredo morreu naquela noite, não morreu!? Ninguém nunca vai saber o que aconteceu naquele verão.

Narradora POV

A manhã transcorreu tranquila, Sophia parece ter esquecido o pesadelo de mais cedo. Depois de muito discutirem, decidiram passar o dia nadando no lago.
E assim fizeram, se vestiram com roupas de banho e foram ao encontro do lago.

[...]

O dia parecia estar bonito, todos estavam bem, menos Lully, estava distante, com pensamento bem longe daqui, sentada no campo florido, perto do lago.

— Pensando em que? — Flávio chega e desperta as meninas de seus devaneios.

— Em como eu sou boba. — Lully suspirou fundo.

— Sabe, bobo sou eu, sempre fico dando em cima das meninas e não percebo quem realmente vale a pena. — Flávio confessou sincero.

Lully apenas sorriu de canto e voltou a atenção às flores. Flávio levantou de onde estava e apanhou uma pequena margarida e colocou atrás da orelha de Lully.

— Ela é delicada e alegre igual a você. — Flávio sorriu tímido.

— Por que você é assim? Por que não consigo te odiar nem por um segundo?

— Como assim Lully?

— Esquece. Você não sabe de nada mesmo.

— Eu sei que sou idiota e falo muita merda, mas eu gosto de você e isso é a maior verdade que eu já disse. — Flávio disse suspirando.

Sophia viu aquela cena e somente sorriu vitoriosa. Ela acha que eles combinam muito. A menina continuou andando por aí, pensando na vida. Até que se depara com uma cena não tão boa, Julio estava beijando Carol.

— Aquele filho da puta! ELE ME PAGA! — Soph foi correndo até ele com os olhos cheio de fogo e raiva. — Caralho Julio! Qual o seu problema?

— Soph? O que você tá fazendo aqui?

— Eu tô vendo você aos beijos com a Carol, aquela que você falou que não tinha nada! Porra.

— Desculpa, eu sou um idiota e eu...

— Você nada. Acabou. Chega. Eu não quero mais isso pra min, você me decepcionou demais, como você consegue? — Ela estava com os olhos lacrimejando, mas não queria chorar por alguém que não a merece, então levantou a cabeça. — Não venha mais com esse papo que esqueceu essa Carol, ouviu?

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