II

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                                EVA

Meredite havia me abraçado tão forte que fiquei sem ar, e eu retribuir o afeto tão forte quanto ela. Já fazia dois anos que não nos víamos, e eram rara as vezes que conversávamos por telefone, entretanto sempre que acontecia, ela se mostrava animada. Quando me vir obrigada a ligar para ela pedindo esse enorme favor, ela aceitou sem êxita. E olhando para ela naquele momento — cabelos loiros amarrados em um rabo de cavalo e usando um vestido longo — me fez lembrar do convento e de como era os meus dias antes de Alex e Meredite. Solitários.

— Onde estão as crianças? — Meredite perguntou animada depois que nos soltamos do abraço.

— Estão no carro. — Era engraçado ver sua euforia. Até onde sei, Meredite estava morando junto com seu namorado-futuro marido-pai do bebê que estava esperando.

— Ai menina, que sortuda você é, ainda sonho com aquela cena que vir na biblioteca do convento. — ela não percebeu meu rosto ficando vermelho pois depois que falou, desceu da varanda de sua casa e foi em direção ao carro. Eu a seguir.

Alex saiu do carro no momento que ela se aproximava, ele abriu um sorriso quando viu Meredite.

— Alex! — ela o abraçou sem mais delongas. Ele fez uma careta mas acabou retribuindo o gesto.

— Bom te ver também, Meredite.

— Fiquei sabendo que você é a oitava maravilha do mundo, principalmente na cama. — e para deixar mas específico que eu havia dito aquilo, ela olhou em minha direção com um sorriso malicioso. Quase tinha esquecido que Meredite falava o que dava na telha.

— É mesmo? — Alex também olhou para mim com um sorriso malicioso. Maravilha. — E como eu ganhei esse posto?

— Quando você pegou ela de …

— Mamãe? — salvar por Ângelo !

Fui em direção ao carro e abrir a porta do carona. Ângelo havia acordado, já Miguel continuava dormindo na cadeirinha ao lado.

— Oi vida. — me debruço sobre sua cadeirinha e desfaço o cinto.

— Cadê o papai? — sua voz infantil estava sonolenta.

— Está falando com uma velha amiga da mamãe, que eu quero apresentar para você e seu irmão.

Ângelo olhou para o irmão dormindo e depois novamente para mim.

— Miguel tá dormindo. — disse coçando os olhos.

— Quando ele acorda. — tirei ele da cadeirinha e sair do carro. Quando fiquei reta, Ângelo encostou a cabeça em meu ombro cansado, também não era para menos, havíamos passado quase quatro horas na estrada.

Vou em direção a Meredite conversando com Alex. Ela para de falar quando me ver aproximar.

— Que coisa mais linda! — ela sussurra. A última vez que ela tinha visto Ângelo foi assim ele fez um ano. — Você tinha razão, ele tá a cara do Alex.

Ângelo levanta a cabeça de meu ombro e observar Meredite. Alex aproveitou a deixar e foi buscar Miguel no carro.

— Oi. — ela levantou a mão em um sinal de cumprimento.

— Oi. — Anjo responde. E eu acho que Meredite se apaixonou por ele assim que escuto sua voz. Ela abriu um sorriso mostrando todos os dentes.

— Vamos entrar, Caio deve chegar a qualquer … Oh meu pai! O que vocês dois andam dando pra essas crianças?

De volta ao Convento Onde histórias criam vida. Descubra agora